21.3 C
Uberlândia
sexta-feira, novembro 22, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosFlorestasBrasil registra 65% a mais de queimadas em 2016

Brasil registra 65% a mais de queimadas em 2016

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou mais de 53 mil focos de incêndio neste ano no território brasileiro

20/08/12. Crédito: Ana Rayssa. Brasil. Brasília - DF. incêndio próximo ao setor de clube sul.
Crédito: Ana Rayssa. Brasil. Brasília – DF. incêndio próximo ao setor de clube sul.

Desde o início do ano foram registrados mais de 53 mil focos de queimadas e incêndios florestais no País. O número representa um aumento de 65% em relação ao mesmo período do ano passado. O registro foi feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Segundo o coordenador de Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais do INPE, Alberto Setzer, o País está na temporada de queimadas, que atingiu o pico em setembro. Ele alerta sobre a necessidade de intensificar a fiscalização para evitar que a população coloque fogo na vegetação nesta época do ano ” a ação do homem, aliada ao tempo quente e seco, é uma das principais causas dos incêndios florestais.

O Acre apresenta uma das situações mais graves, com 844 focos ” três vezes mais que 2015. No Amazonas, foram registrados até agora 3.022 registros de queimadas, um crescimento de 284% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números são do Programa de Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais do INPE.

Fibria adota tecnologia pioneira no controle de incêndios

Combater com eficácia os incêndios florestais e minimizar as perdas que eles provocam é um desafio para as empresas de base florestal. A Fibria vem aprimorando a sua estratégia nessa área e, com essa finalidade, está adquirindo uma nova frota de veículos adaptados e equipados com tecnologia capaz de controlar rapidamente os focos de incêndio.

Eles utilizam o sistema CAFS “gerador de espuma com ar comprimido (na sigla em inglês), cujo uso no combate a incêndios florestais será feito de forma pioneira no Brasil pela Fibria.

Com maior poder de combater o fogo, cada veículo leva 10 mil litros de água, mas é como se levasse o equivalente a nove caminhões-pipa, ou seja, um volume de cerca de 90.000 litros. O diferencial é que os tanques da frota da Fibria também levam espuma e ar comprimido, aumentando em até 20 vezes o volume de água equivalente, o que amplia a eficácia no controle do fogo com menor uso de água.

Com esse novo sistema, em que cada caminhão-tanque conta com duas mangueiras de aspersão, possibilitando fazer o combate simultâneo em dois pontos, a expectativa da empresa é reduzir em 40% a extensão de áreas queimadas por focos de incêndio em suas propriedades.

Esse modelo de proteção florestal é pioneiro no Brasil e coloca a empresa na vanguarda em termos de tecnologia. “A nova estratégia garante mais agilidade e assertividade às nossas operações de combate a incêndios florestais“, observa o gerente de Silvicultura e Viveiro da Fibria, Rodrigo Zagonel.

Tecnologia

A adição de ar comprimido e espuma na água, multiplica em muitas vezes o seu volume, o que contribui para combater os incêndios em menor tempo e com menos água, segundo explica Edmilson Bitti, coordenador de Desenvolvimento Operacional da Fibria.

Com a nova estratégia, a empresa espera reduzir para até 20 minutos o tempo de resposta no controle de incêndios florestais e, consequentemente, os impactos ambientais e econômicos deles decorrentes.

A nova frota de nove veículos de combate a incêndios atuará em áreas localizadas nas regiões de Aracruz e Conceição da Barra (ES), e em municípios do sul da Bahia. Ela vai reforçar o trabalho das equipes de Silvicultura e de Restauração Ambiental na proteção das áreas florestais da Fibria (plantios de eucalipto e reservas nativas).

 Caminhão de combate a incêndio, adotado pela Fibria - CréditoFibria
Caminhão de combate a incêndio, adotado pela Fibria – CréditoFibria

Big Brother Florestal

A estratégia de combate a incêndios da empresa inclui também o monitoramento a partir de câmeras distribuídas nos plantios florestais, que transmitem informações em tempo real para uma central de monitoramento. Esse acompanhamento permite detectar mais rapidamente os focos de incêndio e atuar no combate antes que o fogo se alastre. “É uma espécie de Big Brother Florestal“, compara Edmilson.

O coordenador de Desenvolvimento Operacional da Fibria explica que os recursos tecnológicos são importantes, mas a empresa também conta com uma equipe treinada e preparada para atuar no controle de incêndios sempre que a situação exige.

Incluindo as áreas de silvicultura, restauração ambiental e proteção florestal, no Espírito Santo e na Bahia são mais de 400 profissionais que recebem treinamentos todos os anos e estão sempre prontos para eventuais necessidades envolvendo ocorrência de incêndios em áreas da empresa.

A preocupação com os incêndios florestais é maior nessa época do ano, quando a estiagem e os ventos contribuem para propagar o fogo.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de novembro/dezembro 2016  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua para leitura integral.

 

ARTIGOS RELACIONADOS

Projeto Meu Primeiro Pivot chega a João Pinheiro, Minas Gerais

A cidade de João Pinheiro, MG, recebeu na última semana o projeto Meu Primeiro Pivot, realizado pela Valley Irrigação. O evento aconteceu em uma...

Fertilizantes organominerais beneficiam solo e geram economia de custos

  Bruno Nicchio Doutorando em Agronomia, Grupo de Pesquisa “Silício na Agricultura“, Universidade Federal de Uberlândia (UFU) bruno_nicchio@hotmail.com Marlon Anderson Marcondes Engenheiroagrônomo,especialista em Segurança no Trabalho eprofessor no Colégio...

Paraná tem o maior número de focos de ferrugem; há alternativas para o controle da doença

A principal doença que atinge a cultura da soja no Brasil, a Ferrugem asiática, também está causando prejuízo nesta safra. O estado com maior...

Fosfito aumenta área foliar da batata

Douglas José Marques Doutor e professor de Olericultura e Melhoramento Vegetal da Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS) douglas.marques@unifenas.br   A batata é uma fonte cada vez mais...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!