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Brasil registra 65% a mais de queimadas em 2016

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou mais de 53 mil focos de incêndio neste ano no território brasileiro

20/08/12. Crédito: Ana Rayssa. Brasil. Brasília - DF. incêndio próximo ao setor de clube sul.
Crédito: Ana Rayssa. Brasil. Brasília – DF. incêndio próximo ao setor de clube sul.

Desde o início do ano foram registrados mais de 53 mil focos de queimadas e incêndios florestais no País. O número representa um aumento de 65% em relação ao mesmo período do ano passado. O registro foi feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).

Segundo o coordenador de Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais do INPE, Alberto Setzer, o País está na temporada de queimadas, que atingiu o pico em setembro. Ele alerta sobre a necessidade de intensificar a fiscalização para evitar que a população coloque fogo na vegetação nesta época do ano ” a ação do homem, aliada ao tempo quente e seco, é uma das principais causas dos incêndios florestais.

O Acre apresenta uma das situações mais graves, com 844 focos ” três vezes mais que 2015. No Amazonas, foram registrados até agora 3.022 registros de queimadas, um crescimento de 284% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números são do Programa de Monitoramento de Queimadas e Incêndios Florestais do INPE.

Fibria adota tecnologia pioneira no controle de incêndios

Combater com eficácia os incêndios florestais e minimizar as perdas que eles provocam é um desafio para as empresas de base florestal. A Fibria vem aprimorando a sua estratégia nessa área e, com essa finalidade, está adquirindo uma nova frota de veículos adaptados e equipados com tecnologia capaz de controlar rapidamente os focos de incêndio.

Eles utilizam o sistema CAFS “gerador de espuma com ar comprimido (na sigla em inglês), cujo uso no combate a incêndios florestais será feito de forma pioneira no Brasil pela Fibria.

Com maior poder de combater o fogo, cada veículo leva 10 mil litros de água, mas é como se levasse o equivalente a nove caminhões-pipa, ou seja, um volume de cerca de 90.000 litros. O diferencial é que os tanques da frota da Fibria também levam espuma e ar comprimido, aumentando em até 20 vezes o volume de água equivalente, o que amplia a eficácia no controle do fogo com menor uso de água.

Com esse novo sistema, em que cada caminhão-tanque conta com duas mangueiras de aspersão, possibilitando fazer o combate simultâneo em dois pontos, a expectativa da empresa é reduzir em 40% a extensão de áreas queimadas por focos de incêndio em suas propriedades.

Esse modelo de proteção florestal é pioneiro no Brasil e coloca a empresa na vanguarda em termos de tecnologia. “A nova estratégia garante mais agilidade e assertividade às nossas operações de combate a incêndios florestais“, observa o gerente de Silvicultura e Viveiro da Fibria, Rodrigo Zagonel.

Tecnologia

A adição de ar comprimido e espuma na água, multiplica em muitas vezes o seu volume, o que contribui para combater os incêndios em menor tempo e com menos água, segundo explica Edmilson Bitti, coordenador de Desenvolvimento Operacional da Fibria.

Com a nova estratégia, a empresa espera reduzir para até 20 minutos o tempo de resposta no controle de incêndios florestais e, consequentemente, os impactos ambientais e econômicos deles decorrentes.

A nova frota de nove veículos de combate a incêndios atuará em áreas localizadas nas regiões de Aracruz e Conceição da Barra (ES), e em municípios do sul da Bahia. Ela vai reforçar o trabalho das equipes de Silvicultura e de Restauração Ambiental na proteção das áreas florestais da Fibria (plantios de eucalipto e reservas nativas).

 Caminhão de combate a incêndio, adotado pela Fibria - CréditoFibria
Caminhão de combate a incêndio, adotado pela Fibria – CréditoFibria

Big Brother Florestal

A estratégia de combate a incêndios da empresa inclui também o monitoramento a partir de câmeras distribuídas nos plantios florestais, que transmitem informações em tempo real para uma central de monitoramento. Esse acompanhamento permite detectar mais rapidamente os focos de incêndio e atuar no combate antes que o fogo se alastre. “É uma espécie de Big Brother Florestal“, compara Edmilson.

O coordenador de Desenvolvimento Operacional da Fibria explica que os recursos tecnológicos são importantes, mas a empresa também conta com uma equipe treinada e preparada para atuar no controle de incêndios sempre que a situação exige.

Incluindo as áreas de silvicultura, restauração ambiental e proteção florestal, no Espírito Santo e na Bahia são mais de 400 profissionais que recebem treinamentos todos os anos e estão sempre prontos para eventuais necessidades envolvendo ocorrência de incêndios em áreas da empresa.

A preocupação com os incêndios florestais é maior nessa época do ano, quando a estiagem e os ventos contribuem para propagar o fogo.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de novembro/dezembro 2016  da revista Campo & Negócios Floresta. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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