Para Luís Roberto Belém Silveira Lopes, diretor comercial da Wiser, é importante participar do Congresso de Pesquisas Cafeeiras para apresentar os trabalhos da empresa e fazer contato com os clientes.
Nesta edição, foram apresentados dois trabalhos, todos relacionados aos bioestimulantes e à nutrição de plantas. “Neste ano, o público foi uma grata surpresa para nós, com muito mais movimento que nos anos anteriores.Na ocasião, fizemos o lançamento de um produto à base de silício, chamado Armurox, recomendado para várias culturas, principalmente nematoide e broca. Para o controle de broca no café ele ainda está sendo testado“, explica Luís Roberto.
Tratam-se de cristais que se fixam na membrana da planta, fazendo com que o inseto desgaste seu aparelho bucal antes de conseguir penetrar nela. A aplicação é feita via foliar ou no sulco de plantio. O produto foi lançado em 2017, mas na Europa ele já está há 10 anos em uso.
Resultados de campo
Para a broca-do-café o produto ainda está em teste, mas para nematoides os resultados são bons, segundo Luís Roberto. “Depois que o endosulfan foi proibido, estamos testando as armas que temos para combater a broca. Não garantimos a solução para o controle da praga, mas imaginamos que vamos dar uma boa ajuda ao agricultor“, diz.
José Roberto Martins, representante comercial da Wiser,fez um ensaio na fazenda da Fundação Procafé em Varginha (MG) sobre vários tratamentos com produtos da empresa durante o ciclo produtivo do café. “Na safra 2015/16 tivemos um resultado bem interessante, com produtividade de 104 sacas por hectare com o tratamento Wiser, contra 91,7 sacas do tratamento padrão da fazenda.No ano seguinte, que foi de carga baixa, nossa produtividade foi de 22,0 sacas por hectare, contra 18,9 do tratamento da fazenda“, relata.
Na média, o tratamento dos dois anos é de 63 sacas por hectare do tratamento Wiser contra 55,3 do tratamento da fazenda, o que representa aproximadamente 10% de ganho de produtividade, com retorno do investimento na mesma safra. “O custo do tratamento saipor menos de um saco por hectare, considerando todos os produtos, usados cada um em sua época de aplicação“, calcula Martins.
Os dois trabalhos publicados no Congresso do Café tiveram muitos resultados. O primeiro foi realizado em Araguari (MG) com o produto Glucona de Cobre, por meio da ACA e em convênio com a Procafé. O segundo avaliou a produtividade, e foi realizado na estação de Varginha (MG), todos com muito sucesso.