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Planejando a colheita florestal

Juliano dos Santos Depoi

Francieli de Vargas

devargasfrancieli@gmail.com

Engenheirosflorestais e mestrandos em Engenharia Agrícola ” Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

CatizeBrandelero

Doutora em Manejo Florestal e professora – UFSM

Valmir Werner

Doutor em Engenharia Agrícola e professor -UFSM

 

Fotos Gustavo Castro Feller
Fotos Gustavo Castro Feller

Empresas do setor de florestas plantadas visam melhorias, inovações e qualidade nos processos e procedimentos operacionais. Buscam, ainda, a redução de custos, o aumento da produtividade e a segurança nas atividades. Para isso, faz-se necessário um planejamento coerente e eficiente.

Com a evolução do mercado florestal se requer a gestão profissional dos negócios. Quanto maior o conhecimento sobre a saúde financeira e a atividade exercida, menores serão as chances de erro ao longo do tempo, otimizando a alocação dos recursos, formando assim a base do planejamento e da gestão integrada.

Logo, o planejamento da colheita florestal é de suma importância, pois atualmente a colheita e o transporte florestal representam mais de 50% nos custos de produção. Assim, as operações que integram esta atividade devem ser organizadas nos aspectos: técnico, econômico, operacional e ambiental. A complexidade destes aspectos interfere na modelagem, melhoria, implantação, integração e coordenação dos empreendimentos florestais.

 A colheita e o transporte florestal representam mais de 50% nos custos de produção - Fotos Gustavo Castro Feller
A colheita e o transporte florestal representam mais de 50% nos custos de produção – Fotos Gustavo Castro Feller

Excelência florestal

Atualmente, é visível que as empresas do setor estão buscando a excelência nas suas estruturas para garantir o gerenciamento de seus processos. Com a eficiente gestão da qualidade, poderão ser avaliados continuamente os resultados e seus indicadores, assim como a quantidade de recursos utilizados, as melhorias e as inovações necessárias para se manter no mercado de forma sustentável e competitiva.

Tendo em vista o número de variáveis que atuam diretamente nas operações florestais, essas devem ser previstas no planejamento. Logo, se faz necessário o controle diário que permite o monitoramento e o gerenciamento das mesmas. Assim, pode-se garantir o cumprimento das metas estabelecidas no planejamento estratégico.

Planejamento dos processos

No planejamento, além de informações precisas e detalhadas, é fundamental entender que todos os processos estão conectados, e a variação em um destes impacta diretamente nos demais, como consequência, no resultado do conjunto. Por isso a importância do planejamento integrado das operações.

Na busca pelo sucesso, a empresa deve buscar constantemente novas tecnologias, alocar recursos frente às oportunidade e desafios, aumentar a produção, diminuir custos, assegurar os padrões de qualidade e segurança. A equipe precisa ter visão multidisciplinar, gestão ampla dos processos e fluxos dinâmicos. Com este respaldo, as operações tornam-se mais eficientes e diminuem os gargalos, como exemplo, pode-se citar uma equipe de manutenção com operador mantenedor.

Objetivos claros

As empresas são programadas de modo que seus recursos gerados variem conforme a finalidade do produto e do mercado atual. Por isso, para o ganho de competitividade ao longo de toda a cadeia de produção buscam-se decisões estratégicas.

Além disso, metas volumétricas de produção e receita, metas sociais ou ambientais, assim como os recursos físicos e financeiros proporcionam a continuidade do empreendimento.

A equipe da empresa deve ser envolvida e participativa, para garantir a eficiência e a eficácia do planejamento nos processos de gestão, além de estar atenta às constantes mudanças nos cenários internos e externos e, se necessário, rever suas estratégias para adequá-las aos objetivos, a fim de minimizar os riscos.

Planejamento

O planejamento tem como objetivo principal abordar os fatores que podem interferir nas operações florestais. É organizado em estrutura hierárquica em diferentes níveis, planos, objetivos e tempos distintos, sendo estes:

ÃŒEstratégico: está focado na organização da atividade principal como um todo, ou seja, nas diretrizes gerais. Considera o longo prazo em torno de 30 anos. Neste, muitos fatores internos e externos precisam ser avaliados para diagnosticar cenários.

ÃŒTático ou gerencial: trata da organização dos setores de forma individual, porém, aborda também as conexões entre estes. Elabora os planos para cada setor, de acordo com suas demandas e recursos individuais, e compreende intervalos de dois a cinco anos. Pode ser subdividido em macro e microplanejamento.

ÃŒOperacional: direcionado para cada unidade ou divisão do setor. Caracteriza-se por ser de curto prazo, podendo ser mensal, semanal ou diário.

O planejamento estratégico é elaborado pelo maior nível hierárquico da empresa. Por sua vez, o tático é constituído e detalhado em nível de gerência, enquanto que o operacional é elaborado normalmente pelos chefes de divisões, supervisores ligados diretamente à realização das operações.

No setor florestal os conceitos de macro e microplanejamento são amplamente utilizados, como descritos a seguir.

Macroplanejamento

Consiste na organização das operações a serem realizadas fora dos talhões. Abrange todo o projeto, desde a instalação até a entrega da matéria-prima na fábrica. Neste são considerados os aspectos relativos à produtividade da floresta; a rede viária (própria e externa); os fluxos de distribuição da madeira e a terceirização das operações.

Também assegura a sustentabilidade do empreendimento, análise das restrições de logística, transporte e de recursos. Ainda, as demandas econômicas, ambientais e sociais. Nesta etapa é importante considerar a segurança e o bem-estar dos operadores, gestores e demais funcionários, sejam primários ou terceirizados.

O investimento em segurança do trabalho demonstra o comprometimento da empresa com a saúde e bem-estar de todos. Esse sentimento de cuidado e de proteção gera um ambiente saudável e produtivo. Automaticamente a equipe passa a evitar as condições inseguras presentes no ambiente de trabalho, que podem colocar em risco a integridade física e/ou a saúde do trabalhador, bem como a segurança das instalações e dos equipamentos.

Essa matéria completa você encontra na edição de julho/agosto de 2018 da Revista Campo & Negócios Floresta. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

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