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Rally Cocamar de produtividade

Vista aérea da propriedade do cooperado Antônio Carlos Campos Banhos de Primeiro de Maio

Soja: lavouras chegando e outras ainda no começo

No norte do Paraná, estiagem no final de 2020, seguida de má-distribuição de chuvas, produziu atrasos e diferenças nas regiões, o que vai tornar a safra mais longa

Duas realidades bem diferentes em relação à safra de soja em andamento foram observadas em visitas realizadas nesta semana pela equipe do Rally Cocamar de Produtividade. Enquanto já tem produtor começando a planejar a colheita, com suas lavouras repletas de vagens, outros estão ainda na fase inicial de desenvolvimento da cultura.

Boa lavoura – Na tarde de terça-feira (12) em Floresta, região de Maringá, o produtor Luiz Alberto Palaro recebeu o Rally afirmando poucas vezes ter visto uma lavoura tão bem formada e repleta de vagens – ainda em fase de formação. “Com toda a minha experiência de mais de 30 anos como produtor, estou admirado”, disse Palaro ao lado do engenheiro agrônomo Renan Valdez, da unidade local da Cocamar, que lhe presta orientação técnica.

Capricho – Quem conhece o produtor sabe que ele é cuidadoso, interessado em novas tecnologias e possui um histórico de alta produtividade. Sua expectativa é iniciar a colheita em meados de fevereiro, projetada entre 70 a 74 sacas/hectare. “Se o tempo ajudar, vai ser uma safra muito boa”, completa.

Normalidade – Por ora, o clima está ajudando. Depois de um início marcado por fatores adversos, como estiagem, altas temperaturas e má-distribuição de chuvas, que atrasaram o plantio, a situação é de normalidade, intercalando períodos de sol e umidade. A única preocupação agora é que não venha chuva demais nas próximas semanas, o que poderá trazer doenças à cultura.

Começando – Mas, se por um lado há produtores na reta final do ciclo da cultura, de outro há os que estão apenas começando. Foi o que Rally constatou na quarta-feira (13) ao passar pelos municípios de Alvorada do Sul e Primeiro de Maio, banhados pela barragem de Capivara, no norte do estado. Abundante no reservatório, a água fez falta nas lavouras.

Estresse – “Os produtores passaram por um enorme estresse com a longa estiagem e alguns que se arriscaram a plantar no pó tiveram que replantar”, afirmou o gerente da unidade da Cocamar, Gabriel Garcia. Providenciais, as chuvas do final de novembro criaram as esperadas condições para o plantio, que foi completado em sua maioria na primeira semana de dezembro – um atraso de 40 a 45 dias em comparação ao período tradicional. Segundo Garcia, os replantios atingiram de 10 a 15% das áreas do município.

Sem danos – Orientado pelo agrônomo João Massan, da cooperativa, o cooperado Paulo José dos Santos cultiva 113,7 hectares, a maior parte em arrendamento. Santos contou que nesta safra, diferente dos anos anteriores, preferiu ser mais cauteloso. Mesmo acostumado a plantar em meados de outubro, disse que o atraso não deve ocasionar prejuízos à lavoura, que se desenvolve bem: “Plantios mais tardios têm dado bons resultados por aqui”.

Produtividade – Santos acredita também que irá plantar o milho de inverno dentro do prazo do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) do Ministério da Agricultura, que termina dia 30 de março. Para isso, conta com a estimativa de fazer a colheita de soja nos últimos dias daquele mês. “Se tudo der certo, esperamos manter nossas médias de produtividade”, afirmou. Santos colhe geralmente entre 61 e 66 sacas/hectare, bem acima da média do município, de 45,4 sacas/hectare.

Replantio – Em Alvorada do Sul, o cooperado Antonio Carlos Campos Banho só conseguiu plantar na primeira quinzena de dezembro. “O que eu plantei no dia 23 de outubro foi perdido”, comentou. Em 60,5 hectares, teve que replantar três vezes. “Cheguei a desanimar, mas agora vai dar tudo certo”. Banho possui 242 hectares em sociedade com o cunhado Kazuto Yoshi e a expectativa de colheita ficou para os meses de março e abril.

Viçosa – Sob a orientação técnica do engenheiro agrônomo Jacson Bennemann, da unidade da Cocamar, Banho citou que tradicionalmente planta em novembro e suas médias têm ficado ao redor de 49,5 sacas/hectare. Com as chuvas dos últimos dias, a lavoura está viçosa. Na visita à propriedade, além de Bennemann, o Rally foi acompanhado do gerente da cooperativa, Cristiano Bergamasco.

Estágios – O gerente técnico da Cocamar, Rafael Furlanetto, integrou a equipe do Rally nas visitas a Alvorada do Sul e Primeiro de Maio. Segundo dados levantados pelo departamento técnico, considerando todas as regiões de atuação da cooperativa, nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, 40% das lavouras estão em fase de formação de vagens, 50% em florescimento e 10% ainda em desenvolvimento vegetativo.

“Com o atraso na fase de plantio, vamos ter uma safra mais longa, com a colheita se estendendo pelo mês de abril”, informou o gerete.

Sobre o Rally

O Rally Cocamar de Produtividade, em sua sexta edição consecutiva, tem como patrocinadores principais: Basf, Fertilizantes Viridian, Fairfax do Brasil Seguros Corporativos, Sicredi União PR/SP e Zacarias Chevrolet. Patrocinam também a realização: Cocamar Máquinas, Texaco Lubrificantes, Cocamar Irrigação, Estratégia Ambiental, Zoetis e Nutrição Animal Cocamar.

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