A ausência de manejo do percevejo e da cigarrinha podem diminuir em 17,4% e 6,6% a produção
Com o início do plantio da segunda safra de milho na região Centro-Sul, os produtores se voltam para os tratos culturais e manejos necessários para garantir a produtividade do cereal. Além dos cuidados com a qualidade das sementes e do solo, é iniciado o planejamento do controle de pragas e doenças, que vai garantir um bom desenvolvimento das lavouras. De acordo com um levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o não controle da lagarta Spodoptera poderia reduzir a produção nacional em 40% no primeiro ano de convívio, do percevejo diminuiria a oferta em 17,4%, e da cigarrinha-do-milho causaria a redução na produção de 6,6%, em um ano.
Para um controle efetivo das pragas e doenças que afetam o milho e outras culturas, é necessária a utilização de ferramentas de monitoramento como as disponibilizadas pelo Farmbox, software de gestão de propriedade rurais que possibilita um acompanhamento detalhado de cada talhão e o planejamento e controle das aplicações. “Com o Farmbox, o produtor vai ter o controle de todas as atividades de manejo de pragas e doenças, inclusive com comparativos de infestações e custos das safras anteriores”, explica o CEO da Checkplant/Farmbox, André Guerreiro Cantarelli.
O Farmbox compila dados e informações de campo e estoques como: mapas de infestação de pragas; frequência de monitoramento de cada talhão; agenda de aplicações; estoque de insumos; previsão de colheita e de custos de produção, de produtividade e rentabilidade total ou por talhão, entre outros, para o planejamento completo de cada safra.
Ainda segundo o estudo do Cepea, a redução da oferta resultaria num aumento do preço do milho, de 13,6% no caso da lagarta, de 5,9% com o não controle do percevejo e de 2,2% para a cigarrinha. “Vale destacar, que o aumento do preço não compensa as perdas de produção e os produtores passam a ter prejuízos consideráveis se não fizerem o controle efetivo das pragas e doenças”, orienta Cantarelli.
Além dos prejuízos aos produtores, as perdas agrícolas causadas pelo não tratamento de pragas e doenças na cultura do milho trariam impactos relevantes nos aumentos dos preços disponíveis aos consumidores, penalizando toda a sociedade com maiores taxas de inflação de alimentos. De acordo com os dados do Cepea, aumentaria em 5% o preço do fubá e em 4,4% o preço do leite, por exemplo, no caso da falta de manejo da lagarta. Os choques de preços do cereal tendem a impactar de forma mais expressiva, no varejo, os valores do fubá, leite, farinha de milho, carnes de suínos e de frangos e ovos.
O CEO afirma que o controle efetivo das pragas e doenças do campo, com ferramentas digitais que permitem um monitoramento efetivo, beneficiam todos os elos da cadeia produtiva e consumidora dos produtos agropecuários.