Wantonny Yves Rodrigues do Nascimento
nwt156@gmail.com
Igor dos Reis Oliveira
reisigor07@gmail.com
Graduandos em Agronomia – Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
Thiago Feliph Silva Fernandes
Engenheiro agrônomo e mestrando em Agronomia/Produção Vegetal – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCAV/UNESP)
thiagofeliph@hotmail.com
O mercado de vegetais em miniatura vem crescendo no País a taxas médias anuais entre 15 e 20%, sendo a alface uma das hortaliças mais consumidas no País. O mercado de mini alfaces segue a mesma ideia, visto que tal produto apresenta as características de interesse por parte dos consumidores, como o visual, que tem um maior apelo chamativo, a facilidade do consumo pelo tamanho, tornando-os também mais interessantes para muitos na área gastronômica (Campoli et al., 2013).
O segmento de mini alface tem despertado interesse em alguns produtores e, de forma especial, de consumidores que possuem maior poder aquisitivo. Em vista disso, alguns chefes de cozinha têm usado nos restaurantes esse tipo de alface a fim de conceder um toque de originalidade e requinte às saladas gourmets (Purquerio e Melo, 2011).
Quando comparada com as cultivares de tamanho normal, as cultivares do tipo mini são caracterizadas por apresentarem tamanho reduzido. As mini hortaliças estão sendo introduzidas no mercado e podem estimular o consumo da população, principalmente das crianças, que são simpatizantes de produtos de tamanho menor.
As mini hortaliças, de forma geral, são variedades desenvolvidas pelo melhoramento genético focado na obtenção de alimentos de menor tamanho.
Hidroponia
O sistema hidropônico possibilita a produção de mini alfaces mais “limpas”, que também permite maior durabilidade do produto em pós-colheita, além de o sistema facilitar a produção de um produto mais chamativo, visto que o mesmo recebe os nutrientes nos níveis ideais para o seu bom desenvolvimento, produzindo uma alface visualmente mais chamativa (Silva et al., 2015).
Desse modo, com um produto mais chamativo e saudável, a comercialização do mesmo é bem mais efetiva, possibilitando maior crescimento nas vendas desse produto no mercado, que conforme os anos passam, a tendência é aumentar.
Para implantar o sistema hidropônico, deve-se levar em conta vários fatores, como o investimento inicial e os equipamentos necessários, além de ser feito com acompanhamento de um profissional da área com conhecimento técnico.
O sistema pode ser feito de acordo com orçamento disponível, devendo-se levar em conta também a distância até o mercado consumidor, visto que pode afetar no valor do frete (Sebrae, 2017). Após toda questão de organização, analisar o local de implantação do sistema, observando as características do terreno, a qualidade da água no local, declividade, etc.
Composição
O sistema é composto por bancadas com suportes e canais de cultivo feitos com canos. Deve contar com um sistema elétrico e hidráulico, sendo necessário a construção da casa de bomba, junto de uma caixa d’água, para que haja o fornecimento da solução para as plantas, e também instalação dos injetores de alimentação dessa solução (Silva et al., 2019).
A composição do sistema pode variar, indo de acordo ao sistema e com o orçamento disponível. Deste modo, é importante consultar um técnico especializado na área.
No sistema hidropônico vários fatores devem ser levados em conta para o funcionamento correto do sistema, como condutividade, pH, temperatura, luminosidade, dentre outros fatores.
Nutrição equilibrada
A solução nutritiva é um ponto muito crucial, visto que é por meio dela que a planta receberá os nutrientes essenciais, que devem ser disponibilizados na quantidade correta, sendo esse um dos principais pontos do sistema hidropônico.
A condutividade elétrica é outro ponto de grande relevância, sendo necessário conhecer a qualidade biológica e química da água que será utilizada no cultivo. O ideal é que a condutividade seja abaixo de 0,50 mS/cm (Oliveira, 2019).
Luz é fundamental
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O manejo do sistema deve levar em conta a quantidade necessária de exposição luminosa que a alface necessita, posicionando o sistema de modo a possibilitar a exposição da alface à radiação solar, visto que a luz é importante para o processo de fotossíntese e consequentemente para o desenvolvimento da planta.
A temperatura do sistema deve ser em um nível ideal, não sendo baixa demais a ponto de causar impedimento na absorção dos nutrientes da solução nutritiva disponibilizada para a alface, e nem alta demais a ponto de prejudicar o desenvolvimento da planta (Ferreira et al., 2017).
Produtividade
A mini alface cultivada no sistema hidropônico recebe uma quantidade ideal de nutrientes para se desenvolver, fazendo com que haja uma maior produção em comparação com o cultivo convencional.
De forma geral a produtividade obtida em sistemas hidropônicos é superior quando comparada ao cultivo em solo, o que ocorre porque, no sistema hidropônico, os nutrientes são fornecidos de forma prontamente disponível às plantas (Jordan et al., 2018).
Assim, a produtividade em sistema hidropônico pode chegar a 50% a mais do que no sistema convencional, tornando a planta mais produtiva, visto que no sistema por não utilizar o solo, a planta acaba desenvolvendo mais a parte área, que é de interesse econômico (Zanatta, 2019).
