Nesta quinta-feira, 10 de fevereiro, comemora-se o Dia Mundial das Pulses. Fazem parte desse grupo de alimentos as leguminosas consumidas secas, como o feijão comum, feijão-caupi (feijão-de-corda), ervilha, lentilha e grão-de-bico. A criação da data, em 2016, tem o objetivo de incentivar a produção e consumo desses grãos.
Ricas em proteínas as pulses têm também grandes quantidades de fibras, vitaminas e aminoácidos, contribuindo para a melhoria da nutrição e saúde, reduzindo a desnutrição, o diabetes, a obesidade e a fome no mundo. No Brasil, as pulses mais consumidas são os feijões, tanto o comum quanto o feijão-caupi, que junto com o arroz, representa a base da alimentação da população, especialmente na região Nordeste. Nas últimas décadas, graças ao melhoramento genético, houve uma expansão em sua produção e atualmente se destaca também como produto para exportação.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir), Otávio Palmeira, o estado demonstra um potencial enorme para a cultura do feijão e também o trabalho institucional desenvolvido pela associação junto ao poder público e demais atores da cadeia produtiva é decisivo para o incremento da cultura da leguminosa. “A nossa representatividade foi contemplada com a responsabilidade de sediar em 2022 um evento internacional do setor em Cuiabá, e desta forma fomentando a cultura do feijão e das pulses no estado em um futuro muito breve seremos campeões nacionais em produtividade, assim como já ocorre em outros segmentos do agro”, disse.
O superintendente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, apresentou no evento um estudo realizado em 2021, em conjunto com a Aprofir sobre o impacto da cultura do feijão para a economia do estado de Mato Grosso. “A cultura tem grandes desafios para se desenvolver no futuro, ela vem crescendo nos últimos anos, chegou a perder um pouco de espaço nas últimas safras, mas tem uma relevância muito grande para as áreas irrigáveis. Os desafios que observamos tanto para dentro da porteira são: O aumento de produtividade e de competitividade com outras culturas para que realmente o produtor fomente as áreas cultivadas da cultura nas propriedades, e também para fora da porteira como o gargalo logístico, mercado consumidor e quais a tendências deste mercado e suas cobranças deste desenvolvimento”, explicou Gauer.