StoneX acentua produção enxuta da oleaginosa, destacando a perda gaúcha, com estimativa de colher 60% menos do que o alcançado no ciclo 2020/21
Em sua revisão de março, a StoneX trouxe mais um corte expressivo da safra 2021/22 de soja, com a produção ficando em 121,17 milhões de toneladas, recuo de 4,2% frente ao número de fevereiro e de 16,5% em relação ao recorde estimado anteriormente para o ciclo, em 145,1 milhões de toneladas.
O clima seco no Sul do Brasil continuou penalizando as safras do Rio Grande do Sul, do Paraná e do Mato Grosso do Sul, com destaque para a produção gaúcha, cuja estimativa ficou em apenas 8,9 milhões de toneladas, 60% a menos que o alcançado no ciclo 2020/21. Minas Gerais também teve uma perda de potencial produtivo nesta revisão.
“Nem mesmo os ajustes positivos, em Goiás, Mato Grosso, São Paulo, estados do Nordeste e do Norte, conseguiram compensar significativamente as fortes perdas esperadas”, ressalta a especialista de Inteligência de Mercado do grupo, Ana Luiza Lodi.
Com essa oferta menor, já que a produção foi estimada em 121,17 milhões de toneladas, a demanda também vai precisar se ajustar. Foi realizado mais um corte no número de exportações 2021/22, que passou de 80 para 75 milhões de toneladas, e o consumo doméstico foi ajustado para 47,8 milhões de toneladas.
Apesar da possibilidade de mudanças significativas, principalmente pelo lado da demanda, as perspectivas apontam para um balanço de oferta e demanda restrito, com os estoques finais estimados em 2,3 milhões de toneladas.