Mais da metade do algodão brasileiro, na safra 2020\2021, está na faixa premium para o índice micronaire.
O acompanhamento da cadeia é realizado por meio do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) que tem a qualidade como foco, padronizando a classificação instrumental do algodão
Elevar a qualidade e o padrão do algodão do Brasil é um compromisso contínuo dos cotonicultores. Balanço da qualidade do produto, no ano safra 2020\2021, aponta evolução em alguns parâmetros da fibra, como resistência, cor (brilho), comprimento (fibras curtas) e o índice micronaire (componentes de finura e maturidade). A análise realizada em 11 laboratórios e 66 máquinas nas regiões produtoras mostra que 95% do algodão produzido no País está de acordo com as exigências do mercado, desse total 56,6% estão na faixa premium micronaire.
O acompanhamento da cadeia é realizado por meio do programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) que tem a qualidade como foco, padronizando a classificação instrumental do algodão, informatizando o acesso aos dados de classificação.
No período, foram monitorados 11.993.790 fardos de algodão provenientes de cinco regiões produtoras: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Minas Gerais e Goiás. Desse total, 9.808.336 análises (81,8%) constam no sistema de identificação da Abrapa com todas as informações, entregando transparência, credibilidade e confiabilidade. “Os dados atestam o crescimento da qualidade da fibra brasileira na safra 2020\2021. O desafio, no entanto, é termos a máxima adesão dos produtores ao SBRHVI que visa garantir a qualidade das análises de algodão realizadas por laboratórios de classificação no País. Essa transparência, certamente, valorizará ainda mais a fibra produzida no Brasil”, destaca o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato.
As análises apontaram que 95% do algodão brasileiro apresentou o índice de micronaire na faixa de 3,50 a 4,90, sendo que 56% ficaram na faixa premium (3,5 a 4,2), característica que determina a boa qualidade do produto e melhor valor de mercado, 83% apresentaram uma resistência superior a 28 gramas por tex; 84% com comprimento UHML superior a 1,11 polegada; 81% com índice de uniformidade superior a 80%; 72% com índice de fibra curta menor que 10%; 98% com grau de reflexão superior a 75% e 81% com grau de amarelamento menor que 9%.
Apesar dos fatores climáticas terem prejudicado a safra 2020/21 (permanência de “La Niña” até abril de 2021 e ondas de frio em maio e junho), o algodão brasileiro apresentou resultados positivos considerando a série histórica de cinco safras. Além disso, 96,5% do algodão brasileiro na safra 2020/21 apresentou um CG (HVI) nos tipos 11, 21,31,41 e 51 (padrões de cor do tipo Branco).
O desafio é agregar e avançar no programa Standard Brasil HVI (SBRHVI) para que as próximas safras manifestem todas as características e exigências desejadas pelo mercado.