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ESG no agronegócio: planejamento precisa sair do papel em 2023

A governança ambiental, social e corporativa já é uma realidade nas prioridades das empresas mas agora elas precisam sair do papel.

Bernardo de Castro, presidente da divisão de Agricultura da Hexagon 

A discussão sobre a adoção dos princípios ESG (Environmental, Social and Governance) ganha cada vez mais destaque no planejamento das empresas ano a ano. Acompanhando o debate entre as companhias do setor do agronegócio, é possível perceber o amadurecimento do desenvolvimento sustentável, que passou de uma questão opcional a uma agenda obrigatória. 

A mudança de postura frente à implantação de práticas que levem em consideração os princípios ESG parte da compreensão da urgência do tema, que é cobrado inclusive pelos consumidores. O resultado é que, em 2023, ele deve figurar como ponto central nos negócios. No setor de tecnologia, por exemplo, a consultoria Gartner colocou a sustentabilidade entre as 10 principais tendências estratégicas que as organizações precisam explorar neste ano.

No relatório, ela não aparece como uma questão isolada, mas sim uma prática que deve atravessar todas as tendências tecnológicas em 2023. Em um estudo recente do Gartner, os CEOs relataram que as mudanças ambientais e sociais estão agora entre as três principais prioridades dos investidores, depois do lucro e da receita. Os executivos devem passar a investir, então, em mais soluções inovadoras projetadas para atender à demanda ESG e cumprir as metas de sustentabilidade. 

Segundo a consultoria, para fazer isso, as organizações precisarão de uma nova estrutura de tecnologia que aumente a eficiência energética e material dos serviços, permita a sustentabilidade empresarial por meio de tecnologias como rastreabilidade, análise, energia renovável e Inteligência Artificial (AI) e implemente soluções para ajudar os clientes a atingir suas próprias metas de sustentabilidade.

Na Hexagon, líder global em sensores, software e soluções autônomas, por exemplo, a estratégia de sustentabilidade é pautada no papel que os produtos e soluções desempenham no mercado, assim como os processos e ações da empresa. Para alcançar o maior impacto possível, a Hexagon realizou uma análise e avaliação de risco completas e definiu cinco áreas-chave de sustentabilidade, que abrangem um amplo espectro de oportunidades, para minimizar riscos e maximizar o impacto sustentável. 

Foto: Freepik

Cada uma está vinculada a claros compromissos e ações, fornecendo uma direção global e permitindo sinergias em todas as iniciativas ESG. Esses compromissos e ações incluem:

Possibilitar o desenvolvimento sustentável por meio das soluções da Hexagon;
Operar de forma sustentável para melhorar a própria pegada ambiental;
Impulsionar a sustentabilidade na cadeia de suprimentos;
Impulsionar a sustentabilidade por meio da cultura e pessoal e
Envolvimento em atividades que apoiem soluções para desafios sociais.

Ter objetivos claros e bem definidos é um importante primeiro passo para desenvolver a estratégia ESG em qualquer empresa. Com o mercado dando cada vez mais espaço para as pautas relacionadas ao tema, não é difícil buscar inspiração e conhecimento de como fazer. As grandes empresas do agronegócio já têm projetos mais consolidados na área e, agora, vejo que há um esforço dos agricultores médios e pequenos para voltar o olhar para a criação de iniciativas. Ainda há muito caminho para evoluir, mas trabalhar para alcançar um futuro mais sustentável para o nosso planeta é um compromisso que não pode ficar para o ano que vem. 

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