A verdade é que as festas só acontecem porque os agricultores seguem mantendo altos níveis de produtividade e disponibilidade do produto a todos os brasileiros.
Para se ter uma ideia do tamanho desta contribuição, somente na segunda safra que se encerrou agora maio foram produzidas 96.137,5 mil toneladas, pouco mais de 10 mil toneladas superior à obtida na safra 2021/22, tornando-a a maior da história, segundo o 8º Levantamento da Safra 22/23 realizado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). E, no total da safra 22/23, o órgão prevê uma produção de 125,5 milhões de toneladas de milho, o que representa um aumento de 11% em relação à safra anterior.
Esta conquista dos produtores rurais é resultado de muito investimento em tecnologia e inovação em cada um dos ciclos de produção. E também, graças à proteção dos cultivos contra o ataque de pragas e plantas daninhas, garantida pelo uso correto e seguro dos defensivos agrícolas, permitindo que o milho pudesse crescer e dar frutos.
A tarefa não é fácil. Por ser um país tropical (quente e úmido), com mais de uma safra anual, o combate às pragas se torna um dos maiores desafios para os agricultores. A mais recente pesquisa de campo do Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal) detectou aumento significativo, de 10,8% na incidência de percevejos no milho na safra 22/23 em comparação com a safra anterior. Conheça aqui outras pragas que atacam o milho.
A própria Conab mostrou que, apesar dos números recordes de produção, os agricultores de grandes regiões produtoras tiveram que superar essas ameaças com muita técnica e manejo, como foi o caso do enfrentamento dos pulgões no Mato Grosso do Sul e da cigarrinha em Minas Gerais.
Além de interferir na qualidade dos alimentos, uma quebra de safra por ataque de pragas pode levar ao aumento de preços dos produtos da festa junina, pois gera escassez e, até, desabastecimento. Um exemplo disso é o que ocorreu na Bahia, em que a área cultivada de milho sofreu uma redução de 33% devido ao aumento dos custos de produção, à baixa atratividade da comercialização e à forte presença da cigarrinha na última safra. O Brasil está iniciando agora o plantio do milho terceira safra, com aumento de 2,6% da área semeada, e expectativas de mais produtividade. É por isso que a aplicação de defensivos agrícolas de maneira correta e segura seguirá tão necessária para o desenvolvimento da agricultura brasileira.