Onze regiões brasileiras produtoras de café com Indicação Geográfica, incluindo a Região do Cerrado Mineiro (RCM), em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), marcaram presença na World of Coffee 2023, realizada de 22 a 24 de junho em Atenas, Grécia.
O evento contou com a participação de mais de 300 expositores dos principais países produtores e consumidores, especialmente da Europa, além de especialistas, torrefações, exportadores, importadores e representantes do setor de máquinas e equipamentos para café.
Promovido anualmente pela Specialty Coffee Association, o evento oferece uma programação que inclui palestras, competições, degustações e proporciona uma oportunidade única para a troca de conhecimentos, networking e exposição dos melhores cafés.
Os visitantes do estande da BSCA tiveram a oportunidade de conferir uma exposição sensorial dos cafés das regiões com Indicação Geográfica, que chamou a atenção do público. As amostras foram apresentadas em taças, decoradas com frutas, chocolate, entre pontos elementos que representam e ressaltaram as notas sensoriais únicas dos grãos de cada região.
O presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Glaucio de Castro, esteve presente na World of Coffee 2023 e destacou a importância da participação das regiões brasileiras produtoras de café com Indicação Geográfica em um dos maiores eventos da cafeicultura mundial. Ele ressaltou o sucesso do trabalho da barista Paula Dulgheroff, que apresentou cafés de 11 das 12 regiões brasileiras com IG aos visitantes do estande da BSCA, incluindo a Região do Cerrado Mineiro.
“Esses cafés possuem alto potencial e qualidade. A presença das 11 regiões proporcionou uma verdadeira experiência sensorial, demonstrando a diversidade dos cafés produzidos no Brasil. Isso contribui para aumentar a visibilidade do café brasileiro no mercado internacional”, pontua Glaucio.
Café brasileiro na vanguarda
Para Vinicius Estrela, diretor-executivo da BSCA, apresentar as diversas regiões produtoras de cafés especiais no Brasil, entre elas a do Cerrado Mineiro, com o diferencial de rastreabilidade que uma Denominação de Origem (DO) oferece, foi muito importante, uma vez que o café especial produzido com qualidade e rastreabilidade seguramente posiciona o Brasil como a origem mais preparada para atender as novas demandas do consumidor europeu.
Segundo Cecília Nakao, diretora-presidente da Associação de Produtores de Cafés Especiais (APEC), gestora da Denominação de Origem Caparaó, a ação inédita de apresentar cafés de 11 regiões com Indicação Geográfica foi muito positiva. “Em um dos eventos mais importantes da Europa conseguimos comunicar a existência de Origens Controladas no Brasil, com diferentes características territoriais e também de terroir”, avalia Cecília.
Para Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, a ação em parceria com a BSCA teve grande êxito pela complementariedade dos objetivos em torno da origem, qualidade e sustentabilidade, como também pelo empenho de todas as regiões que enviaram seus cafés e ainda algumas que enviaram representantes para o evento. “Destaque ainda para nosso parceiro Sebrae, que colaborou no desenvolvimento de um livreto com informações das 13 IGs de café do Brasil”.