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Importância dos bioativos para viticultura

Manejo com tecnologias de origem natural reflete a expansão do cultivo de uvas e a boa produção de vinhos no Brasil.

Um dos mais importantes produtores de uvas do mundo, o Brasil viu esse cultivo se expandir nos últimos anos. Além do plantio nas tradicionais áreas de clima temperado, como o sul do país, regiões subtropicais do centro até o tropical no semiárido brasileiro agora despontam como grandes produtores de uvas, inclusive para exportação. Isso só é possível devido ao avanço de tecnologias, cultivares adaptadas e manejo adequado.

Aline Mabel analisando a qualidade da uva
Fotos: Villa Aurum

Nesse cenário, a multinacional irlandesa BioAtlantis mirou o mercado brasileiro e desde 2020 atua junto a produtores e indústrias do vinho, com suas tecnologias de origem natural para mitigação de estresse e desenvolvimento das culturas. O portfólio de bioestimulantes da BioAtlantis ganhou alta adesão no manejo de vinhedos e vinícolas de diversos estados do país.

Na prática

Na Vinícola Don Guerino, no Rio Grande do Sul, há cerca de três anos o SuperFifty chegou à propriedade de 60 hectares, dos quais 50 são destinados aos vinhedos. Localizada em Alto Feliz, na Encosta Sul da Serra Gaúcha, o espaço da tradicional vinícola concentra desde o plantio das mudas até a elaboração e comercialização dos vinhos e espumantes, feitos com uvas próprias.

Mas, no  período de renovação dos vinhedos, um desafio: as mudas importadas não chegavam na época adequada ao plantio e não acompanhavam o desenvolvimento das demais mudas, como explica o enólogo e responsável técnico de viticultura da Don Guerino, Tiago Dal Castelli Assis. “Geralmente plantamos em agosto e as mudas chegavam em outubro, perdíamos dois meses de crescimento e os vinhedos ficavam com falhas, sem crescimento uniforme das plantas. Outro fator que atrapalhou foram os anos de seca – mesmo irrigando, ainda não se atingia uniformidade. Entramos em contato com o consultor Francisco, que nos falou do insumo à base de algas para o desenvolvimento das mudas mesmo em condições de estresse hídrico, calor ou frio excessivos. Testamos nas mudas e atualmente o SuperFifty faz parte do nosso cronograma de aplicações. Começamos com uma aplicação a cada 15 dias e observamos os melhores resultados já obtidos na Don Guerino ao longo dos anos”, destaca Tiago.

Nesse contexto, o SuperFifty foi um diferencial no manejo, pois além de mitigar os estresses climáticos, atua na fisiologia das plantas e, por ser uma tecnologia limpa, não deixa resíduos no ambiente e nem para quem manuseia. “Durante o manejo das mudas, amarração e desbrote, é preciso entrar na área das plantas a todo momento, então isso também é uma vantagem”, complementa Tiago. 

Por atuar no desenvolvimento pleno da planta, a produção de uvas se torna mais uniforme do início ao fim do ciclo. “Nossas mudas hoje são formadas no ciclo que a gente quer, tanto as importadas quanto as nacionais – o desenvolvimento, espessura do tronco no padrão desejado e notamos que as plantas não param de crescer. Ainda, não se notam os efeitos do estresse hídrico que poderiam interferir. Quando a estiagem prolonga, encurtamos um pouco as aplicações”, acrescenta o técnico de viticultura da Don Guerino.

A tecnologia do SuperFifty integra o portfólio AgriPrime, desenvolvido e validado cientificamente na Europa. Hoje, estão disponíveis aos viticultores brasileiros produtos como o SuperFifty e SuperFifty Prime para mitigação de estresse climático e desenvolvimento pleno da cultura; NutriSurge para aporte de aminoácidos, auxiliando as plantas durante a recuperação pós-estresse por herbicidas e AtlantiCal, para um maior tempo de prateleira e firmeza do fruto. 

“Estas tecnologias atuam diretamente mitigando os efeitos do estresse abiótico (clima) nas videiras, e melhorando seu potencial produtivo e qualitativo, e também nos efeitos causados por aplicações de defensivos. Assim, percebemos muitas melhorias no desenvolvimento vegetativo, pegamento, alongamento de cacho e tamanho de baga”, destaca Francisco Bino Lacerda, especialista em viticultura e o responsável da BioAtlantis pelo suporte técnico e comercial a vinícolas e vinhedos em quase todo Brasil.

O caso Vitácea

Outra parceria que rendeu frutos foi entre a multinacional e o maior viveiro de mudas de videira do Brasil, a Vitácea, que atende vinhedos em formação e adultos nos estados de MG, SP, RJ, ES e GO.

No manejo dos 40 projetos de viticultura em andamento com a Vitácea, o uso de SuperFifty trouxe melhoras em vinhedos jovens e adultos, como explica Aline Mabel, engenheira agrônoma e doutora em Viticultura. “Assessoramos a produção em várias propriedades, desde a muda até a vinificação. O uso dos bioinsumos possibilitou um melhor desenvolvimento e vigor de crescimento de vinhedos jovens. Já em vinhedos adultos, houve uma melhora na fertilidade e cachos maiores, além de maior espessamento das folhas, o que pode ter auxiliado no controle fitossanitário. Ainda, SuperFifty se mostrou ótimo aliado antiestresse, destravando vinhedos que foram atingidos por deriva de herbicidas”, explica Aline.

A empresa

A multinacional BioAtlantis atua, hoje, em vários cenários mundiais relacionados à vitivinicultura, como explica o diretor técnico da empresa, Andres Bascope. “Atualmente, temos presença comercial em mercados muito importantes para a viticultura mundial, como Espanha, Portugal, Itália, Califórnia, Chile, Peru, Argentina, Brasil, México, entre outros”, enfatiza.

Nos últimos anos, houve um fortalecimento no intercâmbio técnico entre o Chile e o Brasil, organizando visitas dos principais consultores e produtores de uvas de ambos os mercados com o objetivo de conhecer as diferentes realidades e compartilhar a experiência entre países.

“No caso da viticultura chilena, o SuperFifty Prime foi muito bem recebido e penetramos exponencialmente no mercado, apoiados por bons resultados de campo. Hoje trabalhamos com os principais vinhedos, consultores e vinícolas do país. A indústria necessita de soluções sustentáveis para maximizar o potencial produtivo face aos desafios colocados pelas alterações climáticas”, finaliza Bascope.

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