27.6 C
Uberlândia
sábado, maio 18, 2024
- Publicidade -
InícioArtigosManejo de plantas daninhas no algodão é difícil

Manejo de plantas daninhas no algodão é difícil

Pesquisador da Fundação MT orienta o cotonicultor sobre as melhores práticas.

Controlar as plantas daninhas não é tarefa fácil e no cultivo de algodão isso não é diferente. Espécies como o capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), buva (Conyza spp.), capim-amargoso (Digitaria insularis), trapoeraba (Commelineae spp.), erva–de-santa-luzia (Chamaesyce hirta), vassourinha-de-botão (Spermacoce verticillata L.) e a corda-de-viola (Ipomea spp.) são as que mais tiram o sono do cotonicultor, principalmente com o aumento de incidência a cada safra.

Créditos: Pixabay

Com o intuito de levantar informações atuais sobre o assunto, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) desenvolveu projetos de pesquisa, nas últimas três safras, sobre o manejo de plantas daninhas no sistema soja-algodão, em diferentes locais de MT.

Difícil manejar

De acordo com o pesquisador da Fundação MT, doutor em Fitotecnia, Lucas Heringer Barcellos, o capim-pé-de-galinha e a vassourinha-de-botão são as plantas daninhas no algodão com maior dificuldade de controle. “Estas apresentam características morfofisiológicas que lhes conferem vantagem competitiva à cultura. Mostram também rápido crescimento nas condições edafoclimáticas do Cerrado e ainda grande quantidade de sementes”, explica.

Contudo, o principal fator que confere a dificuldade de controle delas, no caso do capim pé-de-galinha, é porque este apresenta resistência a diversos herbicidas, como o glifosato e os inibidores da Acetil-CoA carboxilase. Já a vassourinha-de-botão é tolerante ao glifosato, que é uma das mais relevantes opções hoje no mercado de herbicidas. “Por isso, com o avanço das plantas daninhas nas lavouras, está cada vez maior a exigência de que o produtor realize um planejamento eficaz de controle”, diz Barcellos.

Perdas

Se não for bem feita a tarefa de casa, a matocompetição gera perdas diretas, podendo comprometer a produção em áreas onde não se tem controle efetivo. “E ainda perdas por danos indiretos, depreciando a qualidade da fibra do algodão e hospedando pragas e doenças, ou seja, aumentando ainda mais o problema”, explica o pesquisador.

Para ajudar o cotonicultor, o especialista destaca quais são as principais ações para o sucesso no manejo, como integrar métodos de controle. “Além disso, conhecer a infestação e as espécies das plantas daninhas presentes na área. Planejar-se para o manejo. Começar a dessecação desde a entressafra (agora) e ainda rotacionar os talhões que irão receber algodão”, finaliza.

ARTIGOS RELACIONADOS

Manejo sustentável é aliado da preservação ambiental no Brasil

O manejo florestal desponta como uma ferramenta importante no combate ao desmatamento ilegal dos biomas brasileiros.

Mais qualidade nutricional do feijão-de-corda

Aldeir Ronaldo Silva Engenheiro agrônomo, doutorando em Fisiologia e Bioquímica de Plantas - ESALQ/USP aldeironaldo@usp.br João Pedro Ramos da Silva Engenheiro agrônomo - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFPE) joaopedro_r@outlook.com O feijão-caupi, assim como...

Manejo biológico favorece a produção de café

O uso do controle biológico para manejo de pragas e doenças na cafeicultura tem ...

Boas práticas agrícolas

Com o avanço das áreas de cultivo, aumentou também a preocupação com a incidência ...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!