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ANPII alerta sobre os riscos de sementes pré-inoculadas

 

Embrapa Soja oferece avaliação do número de bactérias por grão

 

Crédito ANPII
Crédito ANPII

O Brasil pode ser considerado, hoje, o líder na utilização dos benefícios da fixação biológica do nitrogênio (FBN) com a cultura da soja. Isso é resultado de meio século de pesquisas para o processo de fixação e avanços nas formulações e produção de inoculantes pelas indústrias brasileiras.

A utilização de inoculantes para fixar nitrogênio na cultura da soja aumenta, em médiaOK, 8% a produtividade das lavouras, mas a inoculação deve ser realizada via semente ou no sulco e o plantio feito na sequência.

A Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) alerta os agricultores sobre o uso de sementes pré-inoculadas, pois mesmo com os avanços tecnológicos dos grandes fabricantes, pesquisas realizadas pela Embrapa Soja têm verificado que essas sementes, às vezes, carregam somente rizóbios mortos. “As indústrias também evoluíram, encontrando adesivos e protetores para as bactérias. Contudo, ainda existem limites sérios para essa compatibilidade e que o agricultor precisa conhecer“, afirma Mariângela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja.

O ideal

Já consta como indicação para a cultura da soja que o inoculante deve ser aplicado em quantidade e concentração suficientes para fornecer 1,2 milhão de bactérias por semente. Contudo, esse é um cálculo teórico, pois nem tudo fica aderido às sementes, contando muito o tempo de exposição, o uso de adesivos e protetores, a formulação do inoculante, entre outros.

Em uma série de análises e ensaios de campo conduzidos na Embrapa Soja nos últimos cinco anos, foi constatado que a recuperação desejável de células nas sementes de soja para garantir boa nodulação deve ser de, no mínimo, 100.000 bactérias por semente. “Então, vale a pena verificar antes da semeadura se as sementes pré-inoculadas ou com inoculação antecipada contêm essa população. E é esse tipo de análise que a Embrapa Soja passou a oferecer“, explica Mariângela.

A análise é feita seguindo uma metodologia oficial do MAPA, que consta de instrução normativa de métodos oficiais e consiste na avaliação do número da bactéria Bradyrhizobium recuperado da soja. O produtor que desejar ter suas sementes pré-inoculadas analisadas deve fazer a solicitação junto à Embrapa Soja e, após o envio da amostra, o resultado sairá em até 10 dias.

Fica o alerta

A ANPII reforça a importância desse serviço, pois assim o agricultor pode saber se o produto utilizado está adequado para sua cultura. “Queremos que o agricultor tenha os melhores resultados. Existem avanços inegáveis em relação à pré-inoculação, e com certeza novos avanços serão obtidos a cada ano. Mas, é necessário distinguir a cada passo o que é possível ou não levar a campo. E, com certeza, a análise das sementes indicando quantas bactérias fixadoras de nitrogênio sobrevivem ao tratamento e armazenamento das sementes é essencial“, conclui Solon Araújo, consultor da associação.

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