Por Eduardo Weisberg é presidente da ABIS e vice-presidente do Conselho Gestor do Instituto Giro
Novos decretos, nas esferas Municipais, Estaduais e Federal, vem movimentando o setor de logística reversa e reciclagem. Há vinte anos, já trabalhávamos e prevíamos um futuro próximo com maior responsabilidade socioambiental. De lá para cá as exigências só aumentaram e o interesse na discussão, com ações efetivas, também. O planeta dá sinal de que o momento de mudança é o agora, por isso precisamos de união. Empresas, entidades gestoras, associações, parceiros e toda a cadeia produtiva estão envolvidas na mesma jornada: a construção de um país melhor e mais sustentável.
Hoje vejo que os avanços serão mais céleres, pois há uma maior conscientização das pessoas quanto à necessidade de tratarmos os nossos resíduos, principalmente nas gerações mais jovens e nas empresas conscientes, inovadoras e antenadas com as necessidades do presente e do futuro.
Temos uma geração que quer o novo, fazer diferente, melhor. Precisamos aproveitar o interesse e adesão ao leque de propostas para essas ações importantes de melhoria ambiental e reciclagem. É aqui que o nosso compromisso e esforços contínuos se tornam elementos-chave para mantermos o trabalho em constante evolução.
Contudo, um dos maiores desafios é expandir a missão e levar o conhecimento para pessoas em todo o território nacional. Precisamos fazer com que elas participem das discussões com informações confiáveis, transparentes e seguras para parte do público que ainda desconhece as iniciativas relativas à sustentabilidade.
Para tal, fornecer informação aos que estão distantes das tecnologias e inovações no setor. E aqui, não basta apenas levar informação. A nossa responsabilidade também é de educar a sociedade. E é no dia a dia que o público se aproxima do setor de logística reversa. Como? Atualmente, o setor conta com mais de 11.000 empresas no Brasil e 92% delas são micro e pequenas. Por tanto precisamos conscientizar a todas da necessidade de aderirem à logística reversa de embalagens.
Junto a entidades gestoras, como o Instituto Giro, observamos um sistema prático, seguro, de menor custo e capaz de atender as necessidades, visando estarmos todos em conformidade com os requisitos legais municipais, estaduais e federais. Além da lei Federal, a maioria das Unidades Federativas já estão trabalhando nas suas próprias leis, em termos de compromissos e conscientes do papel delas que é fundamental para o sucesso e o crescimento dos percentuais de reciclagem no país.
Os associados das Entidades, por meio dos Certificados de Crédito de Reciclagem, têm a oportunidade de comprovar que estão cumprindo as exigências legais e reciclando, pelo menos, 22% da massa de suas embalagens colocadas no mercado. Mas muitas empresas ainda não estão informadas sobre a logística reversa e os respectivos certificados. Essa conscientização também passa pelas nossas mãos. Não apenas para um país melhor para nós, mas também, e principalmente, para as futuras gerações.
Pensemos nas nossas famílias, amigos, vizinhos e em como nosso bairro, cidade e estado podem se unir em benefício coletivo. Acreditamos que com o nosso esforço e de outras entidades de classe mostraremos um horizonte mais claro, com esperança e perspectivas de crescimento. Para isso, temos o dever de cobrar e acompanhar as mudanças, para garantir que elas ocorram.