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Acompanhamento profissional faz toda a diferença – Alta tecnologia em irrigação pode aumentar em até 10 vezes a produção brasileira

 Equipe Rivullis, MasterGotas e produtores - Crédito Luize Hess
Equipe Rivullis, MasterGotas e produtores – Crédito Luize Hess

O Grupo Monguilod, tradicional produtor de café, foi fundado em 1998, e tem à frente Luiz Augusto Pereira Monguilod, que não abre mão de uma assistência técnica de qualidade. A produção de café acontece nas Fazendas Vitória I, Vitória II e Vitória III, localizadas em Monte Carmelo (MG), e é Luiz Carlos Coelho, gerente da Master Gotas, quem garante suporte ao Grupo na parte de irrigação. “Na Fazenda Vitória II e Vitória III fizemos a instalação dos projetos desde a sua concepção, e na Vitória I fazemos manutenção“, conta.

Ao todo são mais de 400 ha de café só em Monte Carmelo, sendo 240 ha de café nas fazendas do complexo Vitória. Luiz Augusto conta que sua preocupação com a irrigação de qualidade veio com a busca por alta produtividade. “Optamos pela fertirrigação, e nela aplicamos também os defensivos, para um uso mais consciente da água. O gotejamento também agrega economia de água“, pontua o empresário rural.

Profissionalização da cafeicultura

Luiz Coelho conta que na região de Monte Carmelo a irrigação era usada para salvar a florada. “A região do Cerrado é muito tecnificada. O Reginaldo Pena Mundim Sobrinho, responsável técnico do Grupo Monguilod, tem uma experiência grande com cafeicultura, e quando iniciaram a atividade do café todas as técnicas possíveis foram implementadas, como correção do solo, nutrição e manejo da lavoura. Chega a um ponto que não é mais possível aumentar a média de produtividade, e foi daí que os produtores da região começaram a despertar para a irrigação, que antes era usada apenas na época da florada do café como medida de socorro“, relembra.

A atitude mais consciente dos produtores foi fazer uso da água como veículo de transporte de nutrientes, e então as empresas começaram a lançar produtos com registro no Ministério da Agricultura (MAPA) para serem aplicados via água, iniciando a quimigação.

“Começamos a ter problemas de escassez de água, que é aliada no melhor funcionamento do sistema e melhor aproveitamento. Água em excesso também é prejudicial, e isso fez com que caminhássemos para um melhor aproveitamento do equipamento e tirássemos o máximo proveito dele“, relata Reginaldo.

O equipamento a que ele se refere chama-se Central de Fertirrigação Rivulis C1100, e ajudou o Grupo Monguilod a dar um passo à frente. Nas propriedades da região não há nada parecido com o que eles fazem, e como o ganho de um produtor é o ganho de todos, o Grupo mantém uma parceria com a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que permite que o manejo assertivo seja difundido para outros produtores que igualmente enfrentam a escassez de água.

“Pela introdução da fertirrigação e quimigação tem-se o melhor uso da água e hoje, comparando com o gotejamento de 15 anos atrás, consegue-se colher igual ou melhor, gastando 20% menos de água“, garante Luiz Coelho.

 O algodão é uma cultura altamente responsiva à irrigação - Crédito Amipa
O algodão é uma cultura altamente responsiva à irrigação – Crédito Amipa

Mais segurança para produzir

Reginaldo Pena ressalta que, além da economia de água, o Grupo hoje tem segurança a partir da curva de retenção de cada solo e fazenda, que informa exatamente quando e quanto irrigar. “Assim, conseguimos, de fato, explorar a irrigação com garantia de sucesso, e não somente molhar a planta“, esclarece.

O monitoramento é realizado diariamente e anotado em planilhas, o que é uma exigência até mesmo da certificação.Os sistemas de irrigação inteligente implantados na Fazenda Vitória I são da NaandanJain, na Vitória II e III são da Rivulis, esta última empresa entrando nas renovações das áreas.

Em termos de equipamentos e tecnologias, o Grupo conta com o gerenciamento do balanço hídrico diário. “Temos dois sistemas em testes de gestão de irrigação, um que é totalmente automatizado, sendo o algoritmo que decide se a irrigação será ligada por meio de tensiômetros e estação meteorológica. Existe um modelo matemático que é lido a cada cinco minutos, e só então decide se liga ou desliga a irrigação“, esclarece Reginaldo Pena.

Toda a aplicação é realizada via gotejo localizado e 100% automatizado.O Grupo ainda está testando ferramentas para entender a planta, o clima e o solo, e de acordo com as respostas o solo é irrigado. “Fazemos a leitura do balanço hídrico, do estoque de água no solo, do quanto a planta necessita, e então complementamos. O sistema foi implantado no ano passado e em 2017 está sendo implantado outro, ambos ainda em fase de pesquisa. Testamos por três anos em áreas de até cinco hectares, antes de adotar em áreas maiores“, relata Reginaldo.

Sistema GSI de irrigação - Crédito Rivulis
Sistema GSI de irrigação – Crédito Rivulis

Fertirrigação

Reginaldo Pena enfatiza o equilíbrio nutricional como uma preocupação constante do Grupo, pois se um produto está em excesso, ele desbalanceia o outro. Por isso, Nathália Gondinho, gerente regional de vendas da Rivulis destaca a importância de atentar para a aplicação adequada de nutrientes em cada fase.

Essa é parte da matéria de capa da revista Campo & Negócios Grãos, edição de outubro 2017. Adquira a sua para leitura completa.

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