27.1 C
Uberlândia
quinta-feira, novembro 21, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosGrãosAlgas marinhas evitam estresse na lavoura

Algas marinhas evitam estresse na lavoura

Tiago Henrique Costa Silva

Engenheiro agrônomo, mestrando em Proteção de Plantas ” IFG Urutaí-GO

tiago@agronomo.eng.br

Crédito Luize Hess

O estresse hídrico na soja pode resultar em problemas na germinação, com redução no estande e no crescimento das plantas, podendo ocasionar perdas na produtividade. Adicionalmente, pode causar aborto de flores e vagens novas, reduzindo, por exemplo, o número de sementes por vagem, o enchimento de grãos e seu tamanho, além de prejudicar a produtividade e a qualidade de forma relevante.

Estudos têm demonstrado o efeito positivo das algas marinhas na tolerância das plantas ao déficit hídrico.

 

Para a soja

 

A cultura da soja, como qualquer outra, tem seu potencial produtivo genético já estabelecido em seu DNA, podendo chegar até uma média 140 sc/soja/ha. Porém, hoje a média Brasil está na casa de 50-55 sc/ha, bem abaixo do seu potencial, e em casos isolados, em áreas menores, observamos campeonatos de produção que já chegam à média de 100 sc/soja/ha.

Para que a soja expresse seu alto potencial produtivo genético, precisamos ter a implantação e condução da lavoura nas melhores condições exigidas pela cultura, principalmente em se tratando de nutrição, condições climáticas e proteção a ataques de pragas e doenças.

Por mais que tenhamos ciência desses principais fatores, sempre temos condições adversas que acabam estressando as plantas e gradativamente reduzem sua entrega em produtividade, chegando aos patamares de média Brasil.

Daí a importância de se utilizar produtos organominerais à base de algas marinhas, que comprovadamente auxiliam na manutenção do potencial produtivo da cultura da soja.

 

Quem são elas

 

As algas são ricas em hormônios anti-estresse, e quando tratadas com estes hormônios as plantas tendem a ficar mais fortes e menos suscetíveis aos diferentes tipos de estresses. Mais resistentes, elas direcionam suas energias para atingir seu maior potencial produtivo, refletindo assim em maior produtividade ao agricultor e, consequentemente, maior rentabilidade.

 

Benefícios

 

De acordo com estudos e observações a campo, uma planta de soja tratada com extrato de algas apresenta:

ÃŒ Maior tolerância ao estresse por meio de maior balanço hídrico, assegurando a capacidade produtiva da planta;

ÃŒ Maior estabelecimento uniforme do estande inicial da lavoura, diminuindo bastante o número de plantas dominadas na plantação, convertendo essa vantagem em produtividade;

ÃŒComo normalmente os produtos já vêm enriquecido com nutrientes minerais, as plantas se tornam mais nutridas e fortes, com maior enraizamento, mais absorção de água e nutrientesdo solo, ficando ainda mais resistentes aos estresses hídrico, salino e amplitude térmica;

ÃŒ Ganho expressivo em produção, entre 5,0 e 20% a mais.

 

Recomendações

 

É importante sempre seguir a orientação das pesquisas realizadas a campo, tanto pelas empresas fabricantes dos produtos quanto por pesquisadores idôneos que estudam suas eficácias.

De forma geral, o posicionamento que mais realizamos é a aplicação de extrato de algas em forma de produtos organominerais, junto ao tratamento de sementes (TS), visando a aceleração da germinação, estabelecimento de estande inicial homogêneo, incremento em enraizamento e posteriormente plantas iniciais mais sadias e fortes, resistentes ao estresse.

Depois de realizar essa aplicação via semente, é bom fazer uma aplicação foliar de manutenção próximo ao estádio reprodutivo da soja (R1). Isso porque a soja, quando entra na fase reprodutiva, fica muito frágil e suscetível a ataques de pragas e doenças.

Portanto, neste momento inicial da fase reprodutiva realizamos uma dose de manutenção do extrato de algas, fortalecendo e repondo o que foi aplicado nas sementes, deixando a planta ainda mais vigorosa e resistente ao estresses. Esse manejo se converterá em produtividade, devido ao maior apegamento e retenção de flores e vagens.

Quanto à dosagem, como cada lavoura tem sua particularidade, é importante ser orientado por um engenheiro agrônomo ou técnico agrícola para sanar suas dúvidas sobre o melhor produto e dose a se utilizar, as restrições que podem ocorrer e a disponibilidade de produtos à base de extrato de algas no mercado brasileiro.

 

Essa matéria completa você encontra na edição de novembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Grãos. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

ARTIGOS RELACIONADOS

Produção de tomate hidropônico em vaso

  João Ricardo Rodrigues da Silva Engenheiro agrônomo - ICIAG-UFU joaoragr@hotmail.com Ernane Miranda Lemes Engenheiro agrônomo, fitopatologista e doutor em Produção Vegetal ernanelemes@yahoo.com.br Diego Tolentino de Lima diegotolentino10@hotmail.com Daniel Lucas Magalhães Machado danielmagalhaes_agro@yahoo.com.br Engenheiro agrônomo...

Benefícios dos aminoácidos para o abacateiro

Cinthia Röder Doutora em Produção Vegetal "Universidade Federal do Paraná (UFPR) cinthia.roder@gmail.com Guilherme Nacata Mestre e doutorando em Fitotecnia - ESALQ/USP guilhermenacata@usp.br Mariana Neves da Silva Bióloga...

Mostarda hidropônica: Cresce a procura por qualidade

Autores Júlio César Ribeiro Engenheiro agrônomo, mestre em Tecnologia Ambiental e doutor em Agronomia - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) jcragronomo@gmail.com...

O minipepino ainda é pouco explorado

Autor André Rocha Duarte Engenheiro agrônomo e Mestrado em Fitopatologia - Universidade Federal de Viçosa (UFV) agronomia@finom.edu.br O minipepino (Melothria pendula L.) é uma planta,...

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!