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Aminoácidos podem recuperar o cultivo de alface?

Autor

Jean de Oliveira Souza
Engenheiro agrônomo e doutor em Agronomia/Produção Vegetal
jsoliveira1@hotmail.com
Crédito: Shutterstock

Na produção de mudas e no cultivo intensivo da alface são utilizados diversos produtos para o aumento da produtividade e melhora da qualidade, tais como o uso de bioestimulantes, substâncias húmicas, vitaminas e aminoácidos.

O uso de aminoácidos na exploração da alface tem sido uma alternativa viável. Sua aplicação nas diversas culturas tem como objetivo ativar o metabolismo fisiológico das plantas, melhorando a fotossíntese, diminuindo a fitotoxidade de alguns defensivos e conferindo às plantas maior tolerância às pragas e doenças e promovendo uma melhor absorção e translocação de nutrientes aplicados via foliar, tornando o sistema radicular mais desenvolvido e com mais vigor.

Além de sínteses vitamínicas de vários compostos, como enzima, hormônio e clorofila, armazenamento e transporte de nitrogênio, os aminoácidos têm ação direta para um maior desenvolvimento vegetal e com um gasto energético reduzido, maior tolerância ao estresse hídrico e aumento da qualidade pós-colheita das alfaces.

Respostas

Por se tratar de uma cultura composta basicamente por folhas, a alface responde muito à adubação nitrogenada e a fertilizantes orgânicos. O fornecimento do nitrogênio à planta favorece a produção de biomoléculas fundamentais, como proteínas e aminoácidos, além de ser o constituinte das moléculas de clorofila.

A aplicação de aminoácidos, além de influenciar a eficiência da adubação nitrogenada, tão importante no manejo nutricional da alface, regula a absorção do nitrogênio pelas raízes, explicada pela atividade proteolítica que libera aminoácidos nas folhas. 

Resultados

O melhor desempenho de mudas de alface tratadas com aminoácidos tem sido observado em trabalhos de pesquisas que citam que a utilização de aminoácidos pode influenciar na fertilidade do substrato pela liberação de nutrientes, pela melhoria das condições físicas e biológicas e pela produção de substâncias fisiologicamente ativas, melhorando assim o crescimento da planta.

É atribuída aos aminoácidos a capacidade de estimular as respostas das plantas às doenças e estresses abióticos, conferindo melhor crescimento geral da planta e, como consequência, melhor desempenho produtivo e qualitativo, além de favorecer vantagens competitivas, principalmente quando o produtor decide semear a alface em épocas desfavoráveis, como em períodos chuvosos e quentes.

Resultados de pesquisas mostram que o aumento das concentrações de aminoácidos promove o acréscimo linear significativo na massa seca da parte aérea (MSPA), número de folhas (NF), altura da planta (AP) e diâmetro das plantas (DP). Vários estudos com o uso de aminoácidos têm comprovado a eficiência no aumento significativo da produtividade da alface no campo.

Esse maior número de folhas (NF) proporciona maior fotossíntese e, por consequência, maior será o tamanho e volume de planta. Para a comercialização da cultura da alface, o número de folhas tem importância, pois influencia diretamente no tamanho da planta e, consequentemente na venda.

 Já o diâmetro das plantas (DP) está diretamente relacionado ao tamanho foliar, principalmente aos basais. Plantas de alface com maior diâmetro terão uma melhor característica de escolha visual e também melhor aceitação no mercado e maior valor recebido pelo produto, obtendo assim melhor rentabilidade para o produtor.

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