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quarta-feira, dezembro 18, 2024
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Análise foliar do cafeeiro

Autores

José Braz Matiellojb.matiello@gmail.com

Saulo Roque de Almeida

Lucas Bartelega

Engenheiros agrônomos – Fundação Procafé

Diego B. Rocha Técnico agropecuário – COOPADAP

Café – Créditos: Shutterstock

A análise química das folhas em cafeeiros deve ser combinada com a observação do estágio vegetativo/produtivo da lavoura, o que facilita adotar a época adequada para a análise, de forma a permitir, em seguida, a interpretação correta dos seus resultados e a aplicação de medidas nutricionais corretivas.

A análise química do solo é importante para o conhecimento da sua disponibilidade de nutrientes, constituindo a base para o suprimento e equilíbrio desses nutrientes, adicionados pelas adubações. Eles são translocados para a parte aérea das plantas, onde as folhas mantêm a maior parte das reservas nutricionais da planta.

Assim, a análise foliar é uma ferramenta auxiliar e complementar da análise de solo, pois reflete a capacidade das plantas em aproveitarem os nutrientes disponíveis nesse solo.

A época mais usual e indicada para realizar a análise foliar em cafeeiros deve coincidir no início da granação dos frutos que, normalmente, ocorre em janeiro, cerca de três meses após a floração. Nessa ocasião, os cafeeiros já tiveram tempo para absorver boa parte dos nutrientes do solo e, em contrapartida, a folhagem já vem sendo exigida, pela transferência de reservas para formação dos grãos.

Essa época é adequada, ainda, porque os padrões ou níveis foliares limiares dos nutrientes nas folhas, determinados pela pesquisa e indicados para comparação, foram obtidos por meio de análises também efetuadas nessa fase do cafeeiro. Além disso, com base nos resultados da análise foliar, ainda vai ser possível fazer ajustes na adubação programada.

Análises foliares de cafeeiros realizadas muito cedo podem mostrar níveis irreais, normalmente altos, pois as folhas ainda não foram exigidas. Ao contrário, se efetuadas muito tarde podem expressar níveis muito baixos, estes devido à forte demanda pelos frutos, em estágios mais avançados.

Em campo

No boletim de análises do laboratório, mostrado na tabela 1, podem ser observados resultados de níveis nutricionais em folhas de cafeeiros coletadas e analisadas em fins de março, revelando grande pobreza em boa parte dos nutrientes.

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Pode-se verificar que esses resultados se encontram mascarados pela época de coleta das amostras. Eles, agora, pouco servem, apenas indicam que os cafeeiros poderão sofrer estresse no pós-colheita, mesmo porque, nessa época, já não é possível fazer muita coisa nutricionalmente.

Os padrões de níveis de nutrientes em cafeeiros, considerados em três faixas de suficiências, conforme indicados na publicação Cultura do Café no Brasil – Manual de Recomendações, da Fundação Procafé, estão na tabela 2, podendo ser usados para comparação.

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