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Os visitantes puderam conferir, a campo, os resultados surpreendentes dos produtos Bejo Sementes, que nesta edição teve inúmeros lançamentos
De 18 a 20 de agosto, Bragança Paulista (SP) sediou o Bejo a Campo, que entra em sua nona edição. Realizado anualmente em sua estação experimental, o evento contou com a visita de aproximadamente 900 produtores e demais elos de toda a cadeia produtiva, vindos de todas as partes do País.
Como todos os anos, a Bejo mostrou a sua linha de produtos expostas em condições reais de cultivo, além de muitas novidades em termos de tratos culturais, mecanização e tendências de mercado.
Paulo Christians, diretor geral da Bejo, explica: “numa época em que a economia e o clima têm afetado fortemente a nossa agricultura, decidimos manter uma agenda positiva, com o nosso tradicional evento, mostrando que mesmo em anos difÃceis há a possibilidade de bons negócios e de bons resultados“.
Lançamento Cenoura Natuna
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Renato Andreazza, consultor técnico de vendas do Sul de São Paulo e do Paraná, e Marcos Barbosa, CTV para os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Leste de Minas Gerais, falaram sobre as cenouras, dando especial atenção ao lançamento da Natuna, uma cenoura muito refinada, com arranque inicial muito rápido, excelente padronização e fechamento de ponta.
“Trata-se de um material muito bonito, com coloração laranja intensa, lisa, além de ser muito adaptada à colheita mecanizada. É um material bastante precoce, característica muito importante para o produtor“, conclui Renato.
Natuna é um material que, quando cortado, apresenta miolo pequeno. Com o corte transversal, verifica-se que é um material muito bonito, não só externamente como internamente. O miolo da cenoura também tem um alaranjado muito intenso.
Além da Natuna, também foram apresentadas outras cultivares de cenoura da Bejo já conhecidas e consagradas no mercado: a Baltimore, material mais vendido no Centro-oeste, com arquitetura de folha muito ereta, ciclo de 120 dias, excelente qualidade de raiz, formato e fechamento de ponta, com excelente adaptação à região de São Gotardo. E também a cenoura Belgrado, um material adaptado de Norte a Sul, extremamente precoce, com arquitetura de folha muito ereta, o que proporciona colheita mecanizada, excelente resistência foliar e produtividade.
E, completando o conjunto de cenouras apresentadas estava a Bermuda, que alia excelente qualidade de raiz a uma altÃssima produtividade. Essa cultivar, lançada há dois anos, vem confirmando sua versatilidade e se apresenta como mais uma excelente alternativa ao produtor.
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Cebolas e beterrabas
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Felipe Scodro, consultor da Bejo nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e Christiano Veiga, que atua em Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, foram os responsáveis pela estação de cebolas e beterrabas.
“Em nosso campo de beterrabas tivemos quatro variedades, mas o destaque entre as híbridas ainda é a Boro, com padrão de qualidade nacional, seguida pela Bettollo, conhecida pela sua resistência ao calor, muito plantada no Nordeste. A novidade, entretanto, é a Manzu, altamente resistente à Rhizomania, uma das doenças mais preocupantes da Europa e que já foi detectada no interior Paulista. Para esse mal não há controle químico ou manejo eficiente. A saÃda é cultivar materiais resistentes em áreas que apresentam esse vírus, transmitido por um fungo de solo“, recomendam.
A Bejo trouxe a Manzu para o Brasil visando solucionar esse problema, e já no próximo ano estará disponibilizando o material de forma comercial. “A qualidade da Manzu se aproxima muito da Boro. E se essa doença vier para trazer dor de cabeça aos produtores, eles já contarão com a resistência“, expõe Felipe.
Cristiano destacou a Boldor, uma beterraba amarela bastante saborosa, além da Avalanche, branca, sem similares no mercado. Além disso, ainda apresentou toda a linha de opções para a produção de “baby-leaf“ de beterraba, incluindo a exclusiva Soldier.
Na linha de cebolas, a Bejo tem cebolas adaptadas a todas as regiões. “Para o Sul do Brasil temos a Thesis, tipo Bola, com maior teor de matéria seca e maior período de armazenamento. Para o Brasil Central oferecemos a Maragogi, de alta precocidade (em torno de três a quatro semanas em relação à maioria das opções no mercado), de formato globular, além da interessantÃssima Alvara, para plantio no cedo, resistindo bem às chuvas da época“, contam os consultores.
No campo eles também apresentaram a cebola Pirate, direcionada para as regiões de São José do Rio Pardo e Monte Alto, no interior Paulista. “Produtores que passaram no nosso estande falaram que no campo estão tendo uma superprodução com a Pirate – de 80 a 100 toneladas por hectare“, orgulham-se.
A Bejo tem, ainda, cebolas para o Nordeste, do tipo Grano, como a Alison, Reforma, Hacienda e a Red Hunter, esta última um material de cebola roxa.
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Estação brássicas
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Hermes de Paula Oliveira foi o coordenador da estação experimental da Bejo e apresentou as brássicas, enfatizando os repolhos resistentes a Xanthomonas, com boa aceitação no mercado, por terem cabeças compactas, pesadas e boa resistência a viagens.
Dos repolhos verdes foram destacados: Capture, Cerox e Excalibur, enquanto entre os roxos estavam Cairo e Kosaro e entre os crespos o Melissa, que tem sido bem aceito pelo seu aspecto visual.
No caso da couve-chinesa, Deneko e Suzuko têm resistência à hérnia e o brócolis Burney, um material bastante precoce, tem formação de cabeça única e resistência ao calor, apresentando ótima sanidade foliar.
Mateus Barreto, CTV de São Paulo, apresentou no Bejo a Campo os materiais comerciais de couve-flor, com ênfase para as cultivares Flamenco e Tarifa, além de vários outros materiais em fase de introdução comercial, sendo atualmente testadas em todas as principais regiões produtores do Brasil.
“Os materiais da Bejo apresentam bom formato, coloração e densidade. São materiais muito pesados, fatores essenciais à agricultura, já que muitos produtores comercializam por peso“, completa Esmailly Pessoa, CTV para a região Nordeste.