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Biogás ganha protagonismo no Brasil como fonte de energia renovável e sustentável

Expansão do setor no País é robusta, e produção pode atingir 30 milhões de metros cúbicos diários até 2030

Divulgação

Com a crescente conscientização global sobre a importância das práticas sustentáveis, o biogás se firma no Brasil como uma solução energética estratégica. Contribuindo significativamente para a preservação do meio ambiente, o biocombustível fortalece a economia circular e aprimora a gestão de resíduos e, além disso, pode ser ainda mais essencial para a transição energética do país em direção a fontes mais limpas.

No panorama global de energia renovável, o biogás se destaca pela sua capacidade de aliar a preservação ambiental à produção energética. Resultado da decomposição anaeróbica de resíduos orgânicos, ele reduz significativamente a emissão de metano, um dos gases de efeito estufa mais nocivos, sendo 21 vezes mais potente que o dióxido de carbono — e minimiza a dependência de combustíveis fósseis.

Segundo o estudo da Agência Internacional de Energia (IEA), a bioenergia, incluindo o biogás, tem potencial para crescer até 40% até 2040. No Brasil, essa expansão do setor é robusta, conforme indicado pela Associação Brasileira de Biogás (ABiogás), que projeta um aumento na produção para 30 milhões de metros cúbicos diários até 2030. O Paraná desponta como líder nesta expansão, com potencial estimado de mais de 2 milhões de metros cúbicos, consolidando sua posição como um dos principais centros de produção no país.

Uso estratégico

O biogás destaca-se por sua versatilidade, sendo amplamente utilizado não só para a geração de energia elétrica e térmica, mas também como combustível alternativo para veículos. Essa fonte de energia renovável também é essencial para o suporte a operações em setores vitais como aterros sanitários, estações de tratamento de esgoto e agroindústrias, onde a demanda por uma solução energética eficiente é mais urgente. Além disso, é fundamental para comunidades remotas, oferecendo uma alternativa viável de energia que aproveita resíduos agrícolas e pecuários para suprir necessidades locais.

A instalação de biodigestores é um componente crucial na produção de biogás, e envolve o uso de tecnologias avançadas para otimizar o processo. Entre essas tecnologias estão as geomembranas. Segundo Sueyde Fernandes de Oliveira Braghin, engenheira agrônoma e membro da equipe de Engenharia em Ação Agro da Nortène, as geomembranas, em particular, são essenciais para a impermeabilização, o que garante que não haja vazamentos de metano e maximize a eficiência da produção de biogás.

Para suprir essa necessidade, a Nortène, por exemplo, disponibiliza dois modelos indicados para uso de reservatórios. O primeiro é a geomembrana de Polietileno Linear de Baixa Densidade (PEBDL) para a cobertura e contenção de gás. Este apresenta excelente desempenho multiaxial, associando resistência e flexibilidade e alta resistência aos raios ultravioleta, essencial para aplicações expostas ao sol.  

Por outro lado, o reservatório de geomembrana de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) é indicado para revestimento do reservatório de fundo por apresentar maior resistência química e propriedade de barreira, impedindo infiltrações para o solo.  “Devido à sua natureza e composição química, ambos reservatórios de geomembrana PEBDL E PEAD são imunes a ataques biológicos de microrganismos e são atóxicos, comparados com outros tipos de geomembranas que podem ser suscetíveis a ataques biológicos devido à sua composição”, destacou a profissional.

Impacto econômico

O biogás não apenas serve como uma fonte de energia renovável, mas também desempenha um papel significativo no estímulo ao desenvolvimento econômico, particularmente em comunidades rurais. Sua produção cria uma série de empregos locais, desde a construção e manutenção de biodigestores até a gestão e operação das instalações de produção.

O processo de digestão anaeróbia transforma resíduos orgânicos em biogás e também em digestato, um subproduto rico que pode ser utilizado como condicionador de solo. O uso do digestato em práticas agrícolas promove a agricultura sustentável e reduz a dependência de fertilizantes químicos, diminuindo os custos para os agricultores e mitigando os impactos ambientais associados à agricultura convencional. “O biogás promove tanto a sustentabilidade ambiental quanto o progresso econômico e representa uma oportunidade para o país liderar na adoção de tecnologias verdes e inovadoras no cenário global”, finaliza a profissional.

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