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Energia a partir da biomassa tem espaço para crescer

Camila Leite Santos

Graduanda em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Lavras (UFLA)

camila_leite96@hotmail.com

Marinês Ferreira Pires Lira

Professora adjunta “DBI do Setor de Botânica Estrutural da UFLA

marines.pires@dbi.ufla.br

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

Terceira fonte de energia mais utilizada no Brasil, a biomassa vem ganhando cada vez mais espaço na matriz energética brasileira, sendo responsável por pouco mais de 9% da eletricidade consumida no País.

A energia de biomassa é aquela obtida pela queima de materiais orgânicos, ou seja, substâncias de origem animal e vegetal, além de ser uma das fontes para produção de energia com maior potencial de crescimento nos próximos anos, tendo em vista que o setor sucroalcooleiro gera uma grande quantidade de bagaço de cana, que pode ser aproveitado como biomassa.

Oportunidade

O investimento em energias renováveis se firma cada vez mais como uma oportunidade garantida de negócios. Dentro desse cenário, a biomassa merece destaque, pois o Brasil é um dos maiores produtores mundiais dessa fonte renovável, boa parte devido à forte produção agropecuária, que somente em 2017 teve um crescimento de 13%.

Tanto no mercado nacional quanto externo ela é considerada uma das principais alternativas para diversificar a matriz energética e reduzir, assim, a dependência de combustíveis fósseis.

Sustentabilidade

Essa fonte energética é renovável, pois a sua decomposição libera CO2 na atmosfera, que, durante seu ciclo, é transformado em hidratos de carbono, por meio da fotossíntese realizada pelas plantas. Sendo assim, a utilização de biomassa, desde que usada de forma controlada, não agride o meio ambiente.

A biomassa pode ser utilizada diretamente como combustível ou pela conversão a partir de processos de pirólise, gaseificação, combustão ou co-combustão de material orgânico que se encontra presente no ecossistema.

Vale lembrar que a queima de biomassa provoca a liberação de dióxido de carbono na atmosfera, mas como este composto havia sido previamente absorvido pelas plantas que deram origem ao combustível, o balanço de emissões de CO2 é praticamente nulo.

Conversão

Pirólise: consiste na degradação térmica de materiais orgânicos em ausência total ou quase total de um agente de oxidação, como o oxigênio do ar.

Gaseificação: é uma das técnicas mais promissoras para a produção de energia a partir da biomassa, e pode ser feita com ar ou com vapor em altas temperaturas. O produto da gaseificação da biomassa é uma mistura de gases contendo principalmente óxidos de carbono e hidrogênio, e nitrogênio (no caso da oxidação parcial com ar). O produto gasoso também contém pequena quantidade de metano e hidrocarbonetos leves.

Combustão: o processo de combustão consiste na transformação da energia química existente nessas fontes de biomassa em calor. Para fins energéticos, a combustão direta da biomassa é feita em fornos e fogões.

Co-combustão: a co-combustão apresenta vantagens, entre as quais se destacam a redução do total de emissões por unidade de energia produzida, permitir diminuir os níveis de emissão de poluentes associados à composição típica destes combustíveis, como os óxidos de enxofre, os metais pesados ou as dioxinas e furanos, a minimização de desperdícios e, dependendo da composição química da biomassa utilizada, a redução dos níveis de poluição do solo e água.

Essa é parte da matéria de capa da Revista Campo & Negócios Floresta, edição de setembro /outubro de 2018. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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