Poços de Caldas, no
Sul de Minas, é destino de muitos turistas atraídos pelas belezas do município.
Agora também deseja aproveitar essa potencialidade e dar mais visibilidade para
a região, por meio da criação de uma marca coletiva de café denominada Cafés da
Região Vulcânica.
A marca foi lançada oficialmente em 2020, durante a Semana Internacional do
Café, mas segundo a produtora e secretária da Associação dos Produtores do Café
Vulcânico, Ana Maria Cagnani, o projeto para a criação da marca iniciou em
2018, com auxílio da Emater-MG, vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Seapa), e do Sebrae. De acordo com a secretária, o objetivo de
criar a marca é torná-la única, além de desenvolver ações que beneficie os
produtores, dar visibilidade ao potencial cafeeiro, além de propiciar
reconhecimento do local.
Ana Maria conta que o café produzido na região vulcânica tem uma qualidade
distinta devido à condição geográfica. “O clima mais frio e a altitude das lavouras
que variam entre 700 e 1.300 metros, o solo rico em minerais e a tradição que a
região possui no cultivo do café possibilitam uma produção diferenciada, um
produto com boa acidez e intenso”, afirma.
O extensionista agropecuário da Emater-MG Aparecido Venâncio Martins explica
que a denominação Café Vulcânico é por causa das características de área de
solo vulcânico na região, entre o sul de Minas Gerais e o nordeste do estado de
São Paulo, local onde são produzidos o café da marca coletiva.
A região abrange doze municípios localizados na caldeira de um vulcão extinto
há 80 milhões de anos. As cidades que fazem parte dessa área no estado de Minas
Gerais são Andradas, Bandeira do Sul, Botelhos, Cabo Verde, Caldas, Campestre,
Ibitiúra de Minas e Poços de Caldas. Já Águas da Prata, Caconde, Divinolândia e
São Sebastião da Grama estão no estado de São Paulo.
Ana Maria acrescenta que pretende estender a certificação da marca também para
o queijo, a uva, o azeite e o turismo rural.
A marca Cafés da Região Vulcânica é regulamentada, controlada e protegida pela
Associação dos Produtores do Café da Região Vulcânica, que está em atividade
desde 2012, sendo formada por membros e parcerias.