Mais de 6.000 inscrições, realizadas por sojicultores de vários perfis e diferentes cidades brasileiras. Esse cenário mostra que, mesmo com adversidades climáticas, dificuldades de produção e desafios econômicos, os sojicultores aderiram ao tradicional Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB).
Desafio CESB em números – Das mais de 6.000 inscrições, foram obtidas 980 áreas auditadas, sendo que, 481 delas superaram a marca de 90sc/ha com uma média de produtividade CESB na ordem de 89sc/ha, frente a média nacional que gira em torno de 53sc/ha. Foram mais 1.100 municípios participantes em 20 estados da federação, atingindo aproximadamente uma área de mais de 3,9 milhões de hectares. São números impressionantes, que mostram o engajamento e o espírito competidor, resiliente e dedicado dos sojicultores brasileiros.
Campeões do Desafio – O Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja é dividido em duas categorias: Irrigado (que premia o campeão nacional) e Sequeiro (que reconhece os vencedores das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, e, com base nesses resultados, premia o campeão nacional). Os campeões da safra 23/24 foram anunciados durante a 16ª edição do Fórum Nacional de Máxima Produtividade, realizado, em São Paulo (Capital), no dia 04 de julho. Confira abaixo o quadro dos Campeões:
GRANDE CAMPEÃO NACIONAL/SUL (categoria sequeiro)
Campeão Nacional: Fazenda Mariedda (Candoí – PR)
Produtividade: 138,95 sc/ha
Produtor: Ernest Milla Agrícola
Consultor: Rafael Managó
Tamanho da propriedade: 5.681 hectares
Área de soja: 1.509 hectares
Produtividade média: 93,75 sc/ha
CATEGORIA IRRIGADA NACIONAL
Categoria irrigada: Fazenda Fratelli (Itapeva, SP)
Produtividade: 133,79 sc/ha
Produtor: Silvio Maluta
Consultor: Robson Santos
Tamanho da propriedade: 2.800 hectares
Área de soja: 2.500 hectares
Produtividade média irrigada: 81 sc/ha
Produtividade média fazenda: 70 sc/há
CAMPEÃO REGIÃO SUDESTE (categoria sequeiro)
Campeão: Fazenda Congonhal (Nepomuceno, MG)
Produtividade: 137,28 sc/ha
Produtor: João Lincoln Reis Veiga
Consultor: Gerson Justo
Tamanho da propriedade: 384 hectares
Área de soja: 43 hectares
Produtividade média: 96,30 sc/ha
CAMPEÃO REGIÃO CENTRO-OESTE (categoria sequeiro)
Campeão: Fazenda Reunidas Baumgart (Rio Verde, GO)
Produtividade: 119,03 sc/ha
Produtor: Reunidas Baumgart
Consultor: Fernando Almeida Pereira
Tamanho da propriedade: 25.150 hectares
Área de soja: 8.466 hectares
Produtividade média: 77,75 sc/ha
CAMPEÃO REGIÃO NORDESTE (categoria sequeiro)
Campeão: Fazenda Aliança (Baixa Grande do Ribeiro – PI)
Produtividade: 117,04 sc/ha
Produtor: Ralf Karly
Consultor: Luiz Gabriel de Moraes Jr
Tamanho da propriedade: 22.000 hectares
Área de soja: 11.200 hectares
Produtividade média: 73,5 sc/ha
CAMPEÃO REGIÃO NORTE (categoria sequeiro)
Campeão: Fazenda Fronteira 2 (Mateiros – TO)
Produtividade: 104,42 sc/ha
Produtor: Grupo Ilmo da Cunha
Consultor: Luciano Biancini
Tamanho da propriedade: 7.560 hectares
Área de soja: 5.770 hectares
Produtividade média: 76,4 sc/ha
Competitividade – De acordo com Marcelo Habe, Presidente do CESB, o Comitê estimula a sustentabilidade oferecendo uma plataforma de competitividade e boas práticas agrícolas.
“Ao equilibrarem de uma forma sólida a produtividade com a defesa da sustentabilidade, os produtores rurais ampliaram os índices produtivos de uma forma impactante, o que ampliou o grau de competividade do Desafio. Para contar com auditoria oficial do CESB, basta realizar o acionamento em nosso site”.
Luiz Silva, Diretor Executivo do CESB, acrescenta que a auditoria utiliza rigorosos protocolos, o que confere total transparência ao Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja. “A cada ano, o CESB avalia a eficiência técnica do processo de auditagem da última safra a fim de melhorar o processo. Novas regras e possíveis mudanças no processo são compartilhadas em tempo hábil para que a equipe de auditores receba a devida capacitação”.
Checagem Eco Ambiental – Todos os Campeões do CESB passaram por um processo minucioso de checagem eco ambiental na qual práticas ESG voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e transparência empresarial são levadas em consideração. Um exemplo é a importante análise de ecoeficiência, que tem como objetivo integrar a Avaliação de Ciclo de Vida e custos para gerar um indicador combinado, seguindo padrões internacionais conhecidos. O escopo da análise engloba todas as fases da produção, desde o cultivo até a colheita e considera insumos agrícolas, combustíveis e água que contribuem para a produtividade auditada.
Os dados são obtidos diretamente dos produtores, e cada campeão de produtividade é comparado com a média eco ambiental de sua região. Os resultados mostram que os campeões superam suas médias regionais em ecoeficiência, ilustrando o impacto positivo das melhores práticas agrícolas.
Desta forma, a fim de obter-se um panorama ambiental das propriedades e contribuir para possíveis ações sustentáveis, os auditores devem solicitar, no momento de realização das auditorias e/ou por telefone, a coleta do Cadastro Ambiental Rural (CAR) das propriedades envolvidas no Desafio CESB.
Todas as informações obtidas são tratadas com sigilo e confidencialidade, sem divulgação de detalhes específicos das fazendas e em conformidade com as leis vigentes de proteção de dados. Este ano todos os Campeões do CESB receberam um reconhecimento de honra ao mérito por seu desempenho ecoeficiente identificado em suas lavouras.
Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja – Além de anunciar os campeões, o Fórum destaca-se por ser um tradicional evento de atualização do conhecimento sobre a cultura da soja de alta produtividade sustentável no Brasil e por promover discussão sobre as estratégias de manejo e de tecnologias utilizadas pelos Campeões do CESB, o qual neste ano, destacou também as principais práticas do conceito ASG-P.
Marcelo Habe, presidente do CESB, explica que é fundamental promover e incorporar o “P” de Produtividade à tão consolidada sigla ASG (ambiental, social e governança), transformando-a em ASG-P.
“Diversos são os fatos que comprovam essa necessidade. Um exemplo simples para explicar é quando correlacionamos os fatores produtividade e área agrícola. Levando em conta que a produtividade de grãos estivesse estagnada no nível da década de 70, seriam necessárias cerca de 3,3 vezes mais áreas destinadas à produção agrícola, para produzir a mesma quantidade de grãos que o Brasil produz atualmente. Com evolução nas práticas e tecnologias aplicadas ao campo e com maior conhecimento, a produtividade tornou-se um componente crucial para enfrentar os desafios climáticos globais, a segurança alimentar e a pujança e competitividade do nosso agronegócio.
A Produtividade é uma verdadeira poupança de terra e outros ativos naturais e não podemos esquecer como um fator importante da sustentação financeira para o país!”, explica Habe.
O presidente do CESB destaca que essa análise mostra o quanto a produtividade, suportada pela inovação, tecnologias e boas práticas produtivas são impactantes para o meio ambiente, segurança alimentar, produção de energia “verde” (etanol de cana, de milho, cogeração), entre outras temáticas. “Além de eficiente e competitivo, o agronegócio tem um importante papel para preservar ativos naturais como carbono de solo, água e biodiversidade que convivem dentro da propriedade rural”, destaca.
Sustentabilidade financeira – Dentro deste contexto, Habe observa que é imperativo conectar a questão da sustentabilidade financeira do produtor e da sua cadeia produtiva com os temas ASG.
“Eles precisam prosperar, serem competitivos e valorizados frente às demandas ASG que estão surgindo. Para preservar e produzir de modo sustentável necessita-se de conhecimento difusão de tecnologias e técnicas, tempo de maturação e investimentos que precisam ser contabilizados. Por fim, a sustentabilidade financeira garante os recursos necessários para o produtor rural continuar produzindo, em direção de uma maior eficiência e excelência, em consonância com as demandas de mercado interno e externo com relação aos indicadores de responsabilidade ASG”, contextualiza.
“Por este prisma, percebemos como a sigla ASG-P (ambiental, social, governança e produtividade) faz total sentido e aponta para as questões do futuro, como aumentar a produtividade para promover a sustentabilidade e neste processo promover o uso racional de recursos naturais, sem abrir mão da produção”, finaliza o presidente do CESB.
O CESB é composto por 19 membros especialistas e 21 organizações patrocinadoras que acreditam e contribuem para o avanço sustentável dos mais altos índices de produtividade de soja no Brasil, são elas: BASF, BAYER, SYNGENTA, JACTO, Alltech, Atto Sementes, Bioma, Brandt, Brasmax, Corteva, Eurochem, Ferticel, ICL, Koppert, Mosaic, Stoller, Sumitomo Chemicals, Timac Agro, TMF, Ubyfol, Yara, Elevagro e IBRA. Mais informações pelo telefone: (15) 3418.2021 ou pelo site www.cesbrasil.org.br