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sexta-feira, maio 3, 2024
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Consumo de café solúvel cresce 5,3% no trimestre, para 5.235 toneladas

Setor vem em expansão desde 2016; avanço reflete investimentos em qualidade, diversidade, formação e capacitação de ‘IC Graders’

Exportação de café solúvel do Brasil bate recorde
Crédito Miriam Lins

O consumo de café solúvel no Brasil alcançou 5.235 toneladas no primeiro trimestre de 2024, volume que implica crescimento de 5,3% na comparação com as 4.970 toneladas consumidas de janeiro ao fim de março do ano passado. Os dados fazem parte de relatório estatístico da Associação Brasileira da Indústria do setor, a Abics.

Para Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da entidade, o avanço do volume consumido no Brasil se faz constante desde 2016 e reflete as ações adotadas pelo segmento industrial de café solúvel.

“As empresas do setor vêm realizando investimentos permanentes em qualidade e diversidade de produtos, os quais, alinhados com as estratégias de promoção e de emprego em outras formas de consumo, como na gastronomia, impulsionam o resultado. Essa maior percepção qualitativa e da versatilidade do produto pelos consumidores brasileiros é fomentada pela campanha ‘Descubra Café Solúvel’ nas redes sociais e junto a profissionais de barismo e cafeterias, que a Abics desenvolve com parceiros no Brasil e, no exterior, junto à ApexBrasil”, explica.

Entre essas ações, ele destaca a criação e a implantação do protocolo de análise sensorial do café solúvel, construído com a participação de especialistas de todas as empresas associadas à Abics, tendo as atividades coordenadas pela própria Associação em conjunto com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL).

Um dos pontos focais da entidade com o protocolo é a formação e a constante calibragem de especialistas de todas as indústrias associadas na sua aplicação, que são denominados “IC Graders”, ou Instant Coffee Graders.

“Com essas ações, o café solúvel brasileiro impõe maior protagonismo e amplia a visibilidade no mercado. Aliadas à capacidade de fornecimento de produtos com valor agregado em tecnologias, qualidade, volume e competitividade, tais iniciativas consolidam a posição do Brasil como líder mundial de produção e exportação, não se esquecendo que o berço de toda essa iniciativa é o mercado interno, o primeiro a ser beneficiado”, completa.

A oficina mais recente de calibragem de “IC Graders” foi realizada na semana passada, coordenada pela cafeóloga, especialista em avaliação sensorial e consultora da Abics, Eliana Relvas. “A calibragem é importante para a acuidade da certificação e a atualização dos profissionais constantemente, uma vez que a troca de informações e de conhecimento é continua e enriquecedora”, comenta.

Segundo Eliana, as oficinas também são oportunidades de troca de experiências, engajamento e contínuas qualificação e atualização do protocolo. “Essa capacitação, praticamente um networking, permite que as indústrias permaneçam desenvolvendo novas qualidades de café solúvel e produtos para outras formas de consumo, como os voltados à gastronomia e novos produtos de varejo, como barras de cereais ou superfoods”, exemplifica.

O supervisor de Produto da Cocam, José Tadeu Alves de Siqueira, que integrou a turma de calibragem, destaca a importância do projeto de desenvolvimento para avaliação sensorial do café solúvel no intuito de contribuir com a criação de um método próprio, categorização dos cafés, uniformização da linguagem dos atributos sensoriais e comparação dos solúveis em categorias.

“Se fazem necessárias as calibrações presenciais para que as avaliações sejam consenso entre todos os especialistas, junto à coordenação do projeto, para a tomada de decisões em futuras amostras, as quais serão submetidas para classificação dentro das categorias ‘Excelente’, ‘Premium’ e ‘Clássico’, que serão feitas individualmente pelos ‘IC Graders’. Esse processo presencial de atualização é importante à categorização de novos cafés que surjam”, avalia.

O profissional da Cocam completa que, para as empresas, é importante ter os especialistas “IC Graders” no controle de qualidade e no processo fabril. “Com esses profissionais à frente dessas etapas da produção, é possível otimizar os produtos e desenvolver novos, por meio da aplicação dos conceitos de avaliação que permitem categorizar os cafés dentro de cada perfil desejado”, conclui.

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