Cooperativas de crédito apostam na retomada econômica e social de seus associados
A pandemia do novo coronavírus e o consequente isolamento social têm modificado as relações econômicas em todo o mundo. A empresa de softwares In Loco, em parceria com a Universidade de São Paulo, estima que 58,3% dos brasileiros estão atualmente em situação de isolamento social. Nesse cenário, com a menor circulação de capital, as empresas se esforçam na busca por uma adaptação sem prejuízos para si e para a sociedade. Buscando esse equilíbrio, recentemente o Banco Central do Brasil (Bacen) anunciou que poderá injetar até R$1,2 trilhão em liquidez no mercado. A intenção dessa medida é dispor aos bancos volumes de recursos suficientes para conceder crédito ao público em geral por meio de empréstimos e refinanciamento das dívidas das pessoas e empresas afetadas pela crise.
Dentre as principais medidas anunciadas, está a medida provisória n°944, o Programa Emergencial de Suporte a Empregos, que oferece financiamento emergencial às folhas de pagamento de pequenas e médias empresas. Isso facilitará a irrigação da economia, ou seja, favorecerá que o dinheiro continue circulando apesar do isolamento social. No entanto, as empresas possuem outros tipos de gastos que podem comprometer sua receita mensal, como aluguel, perecibilidade dos estoques, investimentos em maquinários, etc. Esse comprometimento pode se agravar com a visão conservadora dos analistas de crédito dos grandes bancos, que dificulta a obtenção de crédito para pagamento posterior à retomada da economia.
Uma boa opção são as cooperativas de crédito, que têm sido incentivadas pelo Bacen por meio da agenda bc#, que dentre outras coisas, dispõe de mecanismos de proteção como o FGCoop, que resguarda o cooperado em até R$250 mil reais. Além disso, as cooperativas têm como princípio a promoção do desenvolvimento econômico e social dos seus cooperados, proporcionando serviços financeiros a custos inferiores aos do sistema financeiro bancário tradicional.
Com todas essas medidas e possibilidades, Danilo Pereira de Brito, Gerente Regional de Negócios da Unicred Aliança, é otimista em relação à consolidação das cooperativas no mercado financeiro. “As instituições cooperativas bem desenvolvidas, como a Unicred por exemplo, possuem solidez patrimonial, gestão moderna, eficiente e aderente às exigências da legislação vigente. Isso tudo contribui para uma retomada mais rápida da economia em geral.”, comenta.