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Cultivo protegido aumenta produtividade em 60%

Talita de Santana Matos

Elisamara Caldeira do Nascimento

Glaucio da Cruz Genuncio

Doutores em Agronomia

Bruno Rossafa

Licenciado em Ciências Agrícolas

 

Crédito Shutterstock
Crédito Shutterstock

As variações climáticas observadas nos últimos anos têm sido uma das grandes preocupações para o agricultor. Chuvas em excesso, geada fora de época, granizo, seca, entre outros fatores edafoclimáticos fazem com que a produção agrícola diminua drasticamente ou tenha perda total em alguns casos, tanto na qualidade quanto no rendimento da produção.

Uma alternativa viável aos produtores rurais que desejam assegurar a produção de variedades em qualquer época do ano, independente das condições climáticas, é o cultivo protegido, que se caracteriza pela construção de uma estrutura para a proteção das plantas que permita a passagem da luz (irradiância e comprimentos de ondas específicos), já que essa é essencial à realização da fotossíntese.

Muito utilizada para produção de hortaliças e plantas ornamentais, a técnica do cultivo protegido tem se expandido no Brasil, devido a ser bastante promissora.

Opções

O ambiente protegido pode ser um túnel (baixo ou alto), uma estufa agrícola ou até mesmo uma casa de vegetação, em que o controle do ambiente é intensificado. Nas estruturas mais altas (pés direitos de 04 m) pode ser realizado o cultivo sem solo, mais conhecido como hidropônico.

Vantagens do cultivo protegido

O cultivo protegido consiste em uma técnica que possibilita certo controle de variáveis climáticas como temperatura, umidade do ar, radiação solar e vento, composição atmosférica, além do controle do solo.

Auxilia na redução das necessidades hídricas (irrigação), por meio do uso mais eficiente da água pelas plantas e aproveitamento dos recursos de produção (nutrientes, luz solar e CO2), resultando em precocidade de produção (redução do ciclo da cultura) e redução do uso de insumos, como fertilizantes (fertirrigação) e defensivos.

Assim, o produtor pode obter produtividades acima de 60%, tanto pelo maior acúmulo de massa quanto pela precocidade e controle da produção em épocas desfavoráveis ao cultivo (cultivo convencional)

Esses controles se traduzem em ganhos em eficiência produtiva, além do que o cultivo protegido reduz o efeito da sazonalidade, favorecendo a oferta mais equilibrada ao longo dos meses. No cultivo protegido, quando se tem conhecimento técnico, é possível aumentar a segurança na produção e valorizar ainda mais produtos que, por si só, já são rentáveis.

Sob esse sistema também é observada diminuição dos gastos com controle fitossanitário, especialmente na produção de mudas, visto que essas plantas produzidas em estufas apresentam menor incidência de pragas e doenças. O cultivo protegido mais conhecido é aquele realizado em estufas, mas pode se dar também em túneis e ripados, construídos com estruturas de madeira ou metálicas.

Mais produtividade

Os ganhos em qualidade e produtividade são apontados como principais vantagens. Um aspecto importante a ser observado é o planejamento da produção, dos custos e do mercado para que possa ser uma ferramenta de alta eficiência.

Há também a forma de cultivo conhecida como “semi-protegido“, uma vez que não se trata de controle do ambiente, mas apenas de proteção da planta contra chuvas, tendo como benefícios adicionais do cultivo semi-protegido a redução do uso de defensivos. O túnel evita excessos de chuva, falta de água ou mesmo danos provocados por granizo.

Alguns produtores da região da Chapada Diamantina, Bahia, relatam a continuidade da produção do morango por dois anos, com produtividades de até 1,4 kg/planta/ano.

Por outro lado, é necessário considerar as especificidades do cultivo protegido no manejo de solo, de água (chuva e irrigação) e, inclusive, da planta para que a ocorrência de problemas não inviabilize e torne excessivamente custosa a produção.

Principalmente no cultivo protegido em solo, cuidados como dosagem de adubos, rotatividade de culturas e aplicação de material orgânico são essenciais para que a prática seja compensadora.

Culturas beneficiadas

Deve-se conhecer muito bem as espécies que serão cultivadas, principalmente quanto às exigências ambientais e nutricionais, ou seja, conhecer as necessidades fisiológicas das plantas, o ambiente em que serão plantadas, não só em termos de região, mas de localização, coletando informações sobre temperaturas reinantes (máxima e mínima), período de maior chuva, predominância de ventos, culturas adjacentes e permanência de uma mesma cultura.

Essa matéria completa você encontra na edição de fevereiro 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

 

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