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Dia de Proteção às Florestas: o combate aos incêndios e o manejo sustentável

Imagem ilustrativa

Em 17 de julho é comemorado o Dia de Proteção às Florestas. A data foi criada para conscientizar sobre a importância da conservação desse rico ecossistema. A ação humana e as alterações climáticas têm ocasionado riscos constantes de queimadas e devastação, especialmente em períodos mais secos do ano. Só no primeiro semestre de 2024 o Brasil bateu recorde de queimadas, segundo levantamento realizado pela WWF-Brasil.

No Pantanal foram detectados 3.262 focos de queimadas, um aumento de mais de 22 vezes em relação ao mesmo período no ano anterior. Na Amazônia, foram 12.696 focos de queimadas, um aumento de 76% em comparação ao mesmo período no ano passado, o maior valor desde 2004.

Atenta a esse problema que tem se espalhado ao redor do mundo e sido registrado cada vez com mais frequência no Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) elaborou documento normativo com orientações para prevenção e combate a incêndios em áreas de vegetação, matas e florestas, que há dois anos contribui para que as agências públicas governamentais, o setor privado e a população tenham conhecimentos gerais sobre o tema.

A Prática Recomendada ABNT PR 1014 especifica os requisitos mínimos e procedimentos básicos para o combate à incêndios em áreas rurais consolidadas ou nativas (florestas), para proteger a vida e o patrimônio, bem como para reduzir as consequências sociais e os danos ao meio ambiente.

Os incêndios em vegetação, matas e florestas formam condições de propagação do fogo distintas dos demais tipos de incêndio que devem ser prevenidos e controlados com técnicas e procedimentos específicos.

Para prevenir e combater incêndios florestais, a Prática Recomendada abrange informações que vão da característica dos incêndios, medidas preventivas, qualificação e capacitação das equipes combatentes, utilização dos equipamentos de proteção individual, coletivos e ferramentas, bem como os aditivos para água de combate, as viaturas e aeronaves usadas nas operações, procedimentos básicos de combate, plano de proteção, além da investigação das causas e origens.

Norma internacional
A ABNT é protagonista no processo de desenvolvimento de Norma Internacional que define requisitos e procedimentos básicos para combate a incêndios florestais, baseada na Prática Recomendada ABNT PR 1014:2021.

A ideia é estabelecer condições e procedimentos para o combate de focos em áreas de vegetação, matas e florestas, visando contribuir para que as agências públicas governamentais, bem como o setor privado e a população tenham conhecimentos gerais sobre o tema.

A Norma Internacional está sendo realizada conforme a PR 1014 na Organização Internacional de Normalização, no âmbito do Comitê ISO/TC 92 (Fire Safety), pelos especialistas dos diversos países que participam neste fórum internacional.

“A norma da ABNT, que é base para a norma internacional, foi elaborada utilizando melhores práticas adotadas no mercado brasileiro e referências técnicas estrangeiras e internacionais”, destaca o presidente da ABNT, Mario William Esper.

Manejo florestal sustentável
A ABNT em parceria com a FIEMT – Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso está desenvolvendo sistema de certificação de manejo florestal sustentável baseada na PR 1014 com a sistematização do processo de rastreabilidade.

A Prática Recomendada ABNT PR 1020 – Manejo de floresta tropical nativa — trata do processo de verificação de consistência na primeira etapa da rastreabilidade da origem da madeira, lançada durante a COP28, está sendo base para definir diretrizes normativas internacionais na ISO. O documento estabelece método para medir a área de vegetação explorada em floresta tropical nativa, de acordo com um plano de manejo florestal sustentável aprovado e em linha com as permissões ambientais pertinentes.

“Esse processo envolve monitorar e quantificar a cobertura florestal explorada para garantir que corresponda às informações na documentação de saída da madeira da Unidade de Manejo Florestal (UMF). Essa etapa é crucial para verificar se a origem geográfica do material madeireiro extraído é consistente com as quotas determinadas por geoprocessamento” explica o presidente Mario William Esper.

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