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quinta-feira, maio 2, 2024
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Conscience Carbon é lançada no mercado de carbono

Créditos Shutterstock

Com a missão de democratizar o acesso ao mercado de carbono, como pelo reconhecimento dos esforços de pequenos proprietários na prestação de serviços ambientais, a desenvolvedora e negociadora Conscience Carbon é lançada no mercado, e desenvolverá projetos de geração de créditos de carbono que contemplem desde pequenas a grandes áreas, sejam elas de propriedade de empresas e pessoa física, que podem estar situadas nos diferentes biomas brasileiros.

A inclusão de pequenas áreas para geração de créditos de carbono é algo relativamente inédito no mercado, assim como a compensação de carbono em outras áreas que não estejam concentradas no bioma amazônico e, por esse motivo, a Conscience será uma das desenvolvedoras pioneiras no mundo quando se trata de desenvolvimento de projetos que contemplem áreas verdes de diferentes escalas e biomas.

Todo o projeto será custeado pela desenvolvedora Conscience Carbon e a empresa fará, ainda, toda a gestão e comercialização desses créditos, remunerando assim os serviços ambientais prestados pelos proprietários por meio do mecanismo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), financiando diretamente a manutenção e conservação das florestas em pé.

Cuidado com a floresta

Presidente da empresa, a bióloga e mestra Adriana Oliveira reforça a importância de se olhar para quem cuida da floresta, e de compensá-los de alguma forma, pelo ofício que desempenham como verdadeiros guardiões do meio ambiente. “Queremos levar o crédito de carbono para outra esfera, desenvolvendo projetos em todos os biomas brasileiros e em diferentes escalas, num processo de inclusão, onde serão reconhecidos os esforços de quem cuida e preserva a floresta em pé. A Conscience Carbon é uma empresa formada por um grupo de investidores que financia todo o processo de geração de crédito de carbono: desde o desenvolvimento de projetos, passando pela gestão, até a comercialização dos créditos”, reitera Adriana Oliveira.

Comercialização

Um dos gargalos do mercado em relação às propriedades de pequena escala é a dificuldade desses proprietários, muitas vezes inseridos no contexto de agricultura familiar, em aportar recursos para investir em projetos de créditos de carbono, sem previsão de retorno financeiro.

Também impulsionada por esse entrave é que a desenvolvedora Conscience Carbon facilitará toda a cadeia produtiva do projeto, dispondo nela, por exemplo, uma plataforma digital de negociação exclusiva, que permitirá que os proprietários acompanhem, através de um acesso individual, de forma segura, todo o processo de comercialização dos créditos.

Na plataforma digital de negociação, cujas transações serão rastreadas de ponta a ponta, os proprietários que venderam os créditos gerados por uma área de floresta nativa poderão acessar nessa plataforma exclusiva a quantidade de créditos em sua conta, assim como a quantidade vendida.

Por sua vez, os compradores terão acesso aos seus históricos de compras, suas compensações e seus certificados de créditos de carbono. 

Etapas

A cadeia produtiva dos projetos desenvolvidos pela Conscience Carbon, envolve etapas como a elaboração do projeto, a partir de estudos técnico-científicos, auditoria e a certificação dos créditos de carbono em si.

Mesmo após essa certificação, o projeto é monitorado constantemente pelo rigor da Conscience, e verificado periodicamente, com a elaboração de relatórios de vistoria in loco que atestam a conservação da floresta e a permanência dos ativos ambientais, entre outros relatórios anuais de transparência.

Uma vez passado pelas etapas de auditoria e devidamente certificado, o crédito de carbono também é colocado à disposição do mercado financeiro por meio da Cédula de Produto Rural Verde (CPR Verde), atraindo até mesmo investidores internacionais, e fundos de investimentos que possam adquirir os títulos que ela representa.

Toda a cadeia produtiva minuciosa da Conscience Carbon garante um dos seus objetivos mais zelosos: que o recurso realmente chegue nas mãos de quem está realizando a conservação da floresta – seja ele um pequeno proprietário da agricultura familiar ou um médio e grande proprietário rural do setor do agronegócio.

Agronegócio e a “Safra de floresta em pé”

Um estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Territorial, com o geoprocessamento dos dados do Censo Agropecuário 2017 e do Sistema Nacional do Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) evidenciou que as áreas de preservação da vegetação nativa pelo agronegócio representam 33,2% do território brasileiro.

Uma das frentes de atuação da Conscience Carbon Group será o agronegócio, permitindo que médios e grandes proprietários rurais possam gerar créditos de carbono em áreas protegidas, como áreas de Reserva Legal, de Preservação Permanente (APPs) ou seus excedentes de Vegetação Nativa, resultando no financiamento de uma nova “espécie” de safra – a “Safra de floresta em pé”.

A Conscience Carbon mira parcerias para desenvolver projetos com o setor, reconhecendo seu esforço na conservação das matas nativas, em um formato de agronegócio sustentável de baixa emissão de carbono, contribuindo na mitigação do aquecimento global, e na preservação dos ecossistemas naturais, sem comprometer a alta produtividade do setor e sua potência e relevância incontestável como propulsor da economia brasileira.

Contribuição nas metas

Com a sua atuação mais ampla, contemplando o desenvolvimento de projetos para compensação de carbono em áreas protegidas, a Conscience Carbon irá contribuir no compromisso que o governo brasileiro assumiu em novembro do ano passado, durante a Conferência do Clima da ONU (COP26) em Glasgow, na Escócia, para redução das emissões de carbono.

Na ocasião, o Brasil aumentou a meta de redução de gases poluentes de 43 para 50% até 2030, na nova Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) – que foi criada durante a COP21 em Paris, no ano de 2015, quando foi assinado o Acordo de Paris.

Além dessa meta, há em discussão os termos do decreto publicado pelo governo federal em maio de 2022, que regula o mercado de carbono no Brasil, e que deverá estipular metas de compensação dos GEE por parte de alguns setores da economia, que envolve a indústria, mineração, construção civil, transportes, farmacêuticas, agropecuária e geração e distribuição de energia elétrica.

O decreto está em consonância com o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), tendo em vista o compromisso assumido pelo governo para redução de poluentes até 2030.

Portanto, nesse cenário surge a desenvolvedora Conscience Carbon, capaz de atuar em diferentes setores da economia, atendendo sem distinção as demandas provenientes de geração de créditos de carbono de áreas de diferentes escalas e biomas, beneficiando assim quem cuida da vegetação nativa, contribuindo para uma nova economia verde de baixo carbono, promovendo a floresta em pé e assegurando os serviços ecossistêmicos.

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