É ponto pacífico que o hidrogênio tem se mostrado como uma das principais soluções para a adoção de uma matriz energética de baixo carbono em diversas indústrias, uma vez que conta com diversas aplicações, como matéria-prima na siderurgia, nos fertilizantes e no refino de petróleo; como combustível, para veículos de passageiros; para frete ferroviário e para navios graneleiros; como fonte de energia para aquecimento e uso em turbinas; entre outros.
Além disso, o insumo coloca o Brasil em evidência no cenário internacional já que o país tem abundância na geração de energia eólica e solar, e, por isso, é um dos líderes mundiais na produção de hidrogênio verde. A Unigel está construindo a primeira fábrica de hidrogênio verde do País.
O que poucos sabem é que existem diferentes fontes de hidrogênio e que, para cada fonte, o hidrogênio é conhecido por uma cor diferente.
Pensando nisso, Luiz Felipe Fustaino, Diretor Executivo da Unigel, uma das maiores empresas químicas da América Latina e maior fabricante de fertilizantes nitrogenados do Brasil, explica o que é cada tipo de hidrogênio de baixo carbono e quais suas diferenças.
São esses:
Hidrogênio cinza é o mais comum, feito a partir do gás natural. No momento de separação das moléculas, o hidrogênio é capturado e o gás carbônico é lançado na atmosfera. Em geral, são emitidos 10kg de gás carbônico para cada 1kg de H2 produzido. Quando esse gás carbônico é capturado e armazenado (normalmente reinjetado no solo), o hidrogênio é chamado de azul, com emissão entre 1 e 3 kg de CO2 para cada 1kg de H2;
Hidrogênio musgo, que é feito a partir de biomassa ou biocombustíveis, com substituição do metano (CH4) de origem fóssil por biometano ou por etanol (C2H5OH), com menor emissão de CO2 quando comparado ao hidrogênio cinza.
Hidrogênio verde é gerado a partir da eletrólise da água. Nesse processo, o hidrogênio e o oxigênio são separados por meio do uso de fonte de energia renovável, seja eólica ou solar. Trata-se de um hidrogênio carbono zero, do início ao fim.