Com o término das últimas colheitas de soja no Brasil, o plantio do feijão de 3ª safra ganha espaço neste período do ano. Também conhecido como safrinha ou irrigado, a cultura requer atenção especial de técnicos e produtores por se tratar de uma lavoura de alto custo de produção. Isso porque pode chegar a praticamente o dobro do custo de outras épocas de plantio. O manejo de doenças como o mofo branco, por exemplo, pode evitar perdas de até 100% na produtividade.
Conforme o engenheiro agrônomo e gerente nacional de pesquisa e desenvolvimento da empresa Satis, Aedyl Lauar, alguns critérios devem ser adotados para amenizar e/ou evitar insucessos na lavoura. “O produtor deve fazer um manejo nutricional, fisiológico e fitossanitário muito bem feito para obter altas produtividades”.
Dentre os fatores vitais para o sucesso do feijão safrinha, o engenheiro agrônomo destaca inicialmente a correção de solo com adubação correta, pois a cultura é altamente exigente em equilíbrio nutricional. Na sequência, a escolha de sementes de qualidade influencia o número de plantas/área, componente decisivo para a rentabilidade da lavoura.
Tratamento
As sementes também exigem tratamento com produtos adequados e em doses específicas. A medida visa atender a possíveis problemas historicamente comprovados nas áreas em que serão plantadas, assim como as adubações complementares e o controle efetivo de pragas, doenças e nematoides.
Estas medidas podem ser definidas por meio de análises técnicas e/ou consultoria de profissionais especializados, como prevê o Aplik+, programa de tecnologia de aplicação desenvolvido pela Satis. Lançada no ano passado, a iniciativa orienta o produtor a obter maior eficiência das soluções utilizadas na lavoura, compartilhando informação qualificada e estreitando o relacionamento com o cliente.
Manejo de doenças
Dos cuidados fundamentais para o cultivo do feijão safrinha, Aedyl Lauar destaca em especial o manejo das principais doenças que acometem a espécie, a começar pela podridão de raízes, que pode provocar perdas de 40 a 70% na produtividade.
Causada por fungos como Fusarium e Rhizoctonia, gera grande mortalidade inicial das plantas. Para este problema, a Satis desenvolveu as soluções Fulland e Sturdy, que agem protegendo o sistema radicular das plantas e estimulando o seu desenvolvimento.
Causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, o mofo branco é uma das doenças mais complicadas e difíceis de ser manejada. Exige tratamento especial com produtos, dosagem e intervalos de aplicações específicos. Segundo Aedyl, esta doença pode condenar toda a produtividade de uma lavoura. Para combater o mofo branco, a solução Fulland auxilia no manejo junto com os defensivos específicos, aumentando significativamente o nível de controle.
Outro problema comum é a morte súbita de plantas, que acontece após o início do período reprodutivo, sendo causada pelos patógenos Fusarium oxysporum, Sclerotium rolfsii, Curtobacterium, entre outros. Seu impacto na produtividade da lavoura gira em torno de 20 a 40%.
O engenheiro agrônomo ainda destaca as bacterioses, doenças causadas por bactérias que vem incidindo cada vez mais nos últimos anos. “Devido a algumas mudanças no controle fitossanitário de outras doenças, o produtor não está dando a devida atenção a estas bactérias. Portanto, temos observado perdas em torno de 15 a 20% nas produtividades”.
Tanto para casos de patógenos quanto de bacterioses, ele também indica o uso da solução Fulland, que, além de ser uma fonte de cobre altamente sistêmico, atua no fortalecimento fisiológico das plantas.