Autores
Franciel Eduardo Rex
francielrexx@gmail.com
Emmanoella Costa Guaraná Araújo
manuguarana@gmail.com
Doutorandos do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal – Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Iací Dandara Santos Brasil
iacidandara@yahoo.com.br
Gabriel Mendes Santana
gsantanaflorestal@gmail.com
Ernandes Macedo da Cunha Neto
netomacedo878@gmail.com
Mestrandos do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal – Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Primeiramente é importante ressaltar que o termo “drone” é apenas um nome genérico, uma vez que essas pequenas aeronaves são conhecidas por diferentes nomes. Todavia, a terminologia drone é a nomenclatura mais conhecida, originada nos Estados Unidos, e vem se difundindo mundo afora, para caracterizar todo e qualquer objeto voador não tripulado, seja ele de qualquer propósito (profissional, recreativo, militar, comercial, etc.) origem ou característica.
Já as siglas ARP/ARP (Aeronave Remotamente Pilotada) surgiram no Brasil com a iniciativa da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC de regulamentar o uso dessas ferramentas (Munaretto, 2015). Também é possível encontrar a nomenclatura VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), que caracteriza-se como toda aeronave projetada para operar sem piloto a bordo, esta, porém, há de ser de caráter não-recreativo e possuir carga útil embarcada.
Opções
Gyro 500: mini-VANT de fabricação nacional que utiliza tecnologias em propulsão elétrica, sistema inercial e GPS.
Nos últimos anos o uso de drones no Brasil tem se intensificado devido à sua aplicabilidade no uso de diversas atividades. De modo geral, o uso destas aeronaves vem crescendo de forma acelerada pelas vantagens econômicas e também técnicas, tais como: velocidade no processo de obtenção de informações, elevada qualidade no imageamento, alcance de locais de difíceis acessos e perspectivas diferenciadas.
Além do mais, são relativamente baratos e de fácil utilização. Apresentam sensores e recursos de imagem cada vez mais avançados, auxiliando no aumento de produtividade, uma vez que possibilitam o monitoramento em tempo real (Rodrigo, 2016).
No meio florestal, as aplicações com drones são várias, podendo citar o uso consolidado para o mapeamento e o monitoramento de áreas florestais; quantificação de áreas; detecção de mudanças e o monitoramento da alteração do uso e cobertura da terra; contagem de árvores; detecção de focos de incêndios; uso na gestão e no planejamento de construções de estradas e alocações de pátios; identificação de falhas no plantio, identificação de ataque de pragas entre outras várias atividades que já foram e vêm sendo melhoradas com o uso desses veículos.
Heveicultura
Uma cultura que vem se apresentando de grande valia no setor florestal é a da seringueira (heveicultura), que existe no Brasil desde a época do extrativismo, e é parte da história do Brasil em que os índios conheciam o látex antes mesmo do descobrimento da América.
É uma cultura de ciclo perene, que começa a produzir logo nos primeiros anos, e permanece assim por cerca de 40 anos. A seringueira se adapta a quase todos os tipos de solos, sendo fácil encontrar plantios desta espécie em vários Estados brasileiros.
Inicialmente, essa cultura tinha como objetivo principal a produção de borracha, porém, com o passar dos anos e com o avanço tecnológico, outras opções de aproveitamento têm sido apontadas, indo além do látex natural. A exploração da madeira tem sido a alternativa complementar importante extraída quando o período produtivo das árvores se encerra. Ademais, o mercado de carbono, composição de reservas florestal e das próprias mudas são demandas crescentes inerentes à heveicultura (Machado et al., 2014).
Tratos culturais
Numa cultura perene é necessário tomar o máximo cuidado com as práticas agrícolas adotadas, pois não há como refazê-las. E é da escolha das melhores práticas, em todas as fases da cultura, que dependerá o sucesso do empreendimento.
Durante a condução, fazer o replantio o mais rápido possível para promover a uniformidade do estande. As adubações, tanto de cobertura como as demais, devem ser feitas sempre de acordo com análise de solo. Não descuidar da desbrota, que deve ser feita nos brotos laterais até 2,50 m de altura.
Para controle das plantas daninhas, fazer capinas e/ou aplicações de herbicidas, deixando, pelo menos, uma faixa de 0,5 m de cada lado da linha de plantio (Gonçalves et al, 2010). No primeiro ano, proteger as mudas, se fizer uso de herbicidas, e realizar monitoramentos periódicos de pragas e doenças e, se houver ocorrência, realizar o controle rapidamente. Não fazer a indução da copa, deixando que se forme naturalmente.
Uso dos drones na heveicultura
O drone surgiu no campo para facilitar, agilizar e baratear o plantio florestal. Em processamentos mais avançados é possível ter a topologia do terreno antes do plantio, facilitando o planejamento correto do plantio e auxiliando em projeções de biomassa e a futura produção.
Com as imagens de alta resolução de drones, pode-se ver com detalhes cada indivíduo de um plantio e monitorar com frequência o desenvolvimento deles, podendo realizar o replantio das espécies de seringueiras que morreram rápido, visualizar rapidamente a ocorrência de pragas e doenças no meio do plantio, e tomar decisões antes de um estrago maior. A rapidez, exatidão, diminuição do trabalho operacional diminuem os custos de produção.
A seringueira, desde o crescimento no viveiro, dos primeiros anos de desenvolvimento das plantas no campo e a fase adulta é afetada por várias doenças. Por exemplo, a causada pelo fungos Microcyclus ulei e Phytophthora spp, chamada de mal das folhas, causando a intensa desfolhas, diminuição da produção de látex e até morte do indivíduo. O drone monitora a ocorrência de doenças com essa efetivamente.