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“Economia circular é caminho para futuro sustentável”, afirma presidente do Conselho da Campo Limpo 

Agronegócio brasileiro se destaca e está à frente da maioria dos países quando o assunto é economia circular

Desde 2002, mais de 800 mil toneladas de embalagens de defensivos agrícolas foram recicladas no Brasil

Conceito que surgiu na Inglaterra, no final da década de 1980, a economia circular já é uma realidade em vários segmentos da indústria brasileira. Mas, especialmente no agronegócio, essa modalidade vem se destacando de forma intensa, muito por conta da bem-sucedida engrenagem de reciclagem de embalagens de defensivos agrícolas, que é coordenada pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). A transformação da embalagem já utilizada em uma nova é realizada em uma indústria do interior paulista, a Campo Limpo.

“Após o uso por parte do produtor rural, as embalagens podem ganhar uma nova vida, sendo recicladas, e em seguida, sendo disponibilizadas para que a indústria faça o envase do defensivo agrícola. A ação de reciclar é fundamental porque evita a contaminação do solo e da água, ajuda a diminuir a extração e o uso de recursos naturais, além de diminuir a quantidade de resíduo”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Campo Limpo, Adriano Pescarmona. 

No Brasil, a legislação obriga que, após a utilização, os produtores rurais devolvam as embalagens de defensivos agrícolas nas unidades de recebimento do Sistema Campo Limpo. As duas fábricas da Campo Limpo, uma em Taubaté (SP) e a outra em Ribeirão Preto (SP), recebem grande parte desse material e são responsáveis pela transformação das embalagens e tampas anteriormente utilizadas, em novas unidades. “A Campo Limpo chegou como uma peça que faltava e que se encaixou perfeitamente, fechando o ciclo de uma maneira muito bem pensada. Além disso, promove uma necessidade que a indústria agroquímica precisa”, avalia Pescarmona. 

Caracterizada pela extração de recursos naturais para transformação em produtos, que após o uso são descartados como resíduos, a economia linear deve aos poucos, dar lugar a práticas mais sustentáveis, é o que afirma Pescarmona. “A indústria como um todo deveria utilizar mais produtos reciclados, ou seja, que beneficiam o meio ambiente e a sociedade em geral. Campo Limpo é um caso exemplar, e, sem dúvida, esse é o caminho para um futuro mais sustentável e próspero”, finaliza. 

No Brasil, desde 2002, mais de 800 mil toneladas de embalagens já foram recicladas, evitando a emissão de cerca de 900 mil toneladas de gases do efeito estufa, o que corresponde a mais de 15 viagens em torno da Terra, de caminhão. “Esse movimento todo colocou o Brasil à frente de muitos países quando o assunto é economia circular. Isto porque, as embalagens são totalmente recicláveis, e podem voltar para o mercado, o que transforma resíduos em novos produtos. Desde 2008, já produzimos mais de 100 milhões de unidades recicladas.”, enfatiza o presidente da Campo Limpo, Marcelo Okamura.

Campo Limpo Plásticos

Fundada em 2008, a Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos S.A. atua como centro de desenvolvimento de novas tecnologias para reciclagem e produz embalagens plásticas para envase de defensivos agrícolas a partir da resina reciclada pós-consumo advinda do Sistema Campo Limpo. Esse processo é proprietário, conta com certificação UN para transporte terrestre e marítimo de produtos perigosos e recebeu uma patente verde pelo INPI.

Tudo começa com as embalagens vazias devolvidas pelos agricultores após tríplice lavagem ao Sistema Campo Limpo. A logística reversa destas embalagens realizada pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) permite a economia circular das embalagens pós consumo dentro do próprio setor.  

A companhia possui um complexo industrial que abriga duas subsidiárias localizadas na cidade de Taubaté (SP) e uma filial em Ribeirão Preto (SP), inaugurada em 2018.

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