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Eficiência da nutrição via foliar no tomateiro

 

Nilva Terezinha Teixeira

Engenheira agrônoma, doutora em Solos e Nutrição de Plantas e professora de Nutrição de Plantas, Bioquímica e Produção Orgânica do Centro Universitário do Espírito Santo do Pinhal (UniPinhal)

nilvatteixeira@yahoo.com.br

Crédito Ana Maria Diniz
Crédito Ana Maria Diniz

O tomateiro é uma solanácea bastante exigente em nutrientes. A absorção de nutrientes pelo tomateiro é baixa até o aparecimento das primeiras flores. Daí em diante a absorção aumenta e atinge o máximo na fase de pegamento e crescimento dos frutos (entre 40 e 70 dias após o plantio), voltando a decrescer durante a maturação dos frutos. A adubação é um dos fatores que mais contribui para a produtividade do tomateiro.

Via foliar

 A absorção de nutrientes pelo tomateiro é baixa até o aparecimento das primeiras flores - Crédito Shutterstock
A absorção de nutrientes pelo tomateiro é baixa até o aparecimento das primeiras flores – Crédito Shutterstock

A adubação foliar é uma possibilidade de completar a técnica via solo, propiciando rápido fornecimento de nutrientes, por meio da parte aérea das plantas, e permitindo a correção de eventuais deficiências nutricionais antes que haja redução drástica de produtividade.

Não se trata de substituir a adubação no solo, mas apenas complementá-la, fornecendo macronutrientes, pois, devido às exigências nutricionais do tomateiro, seriam necessárias muitas pulverizações para suprir as necessidades da planta, o que tornaria o processo muito caro.

Em relação aos micronutrientes, que são exigidos em pequenas quantidades pela planta, a adubação foliar poderá suprir todas as exigências da cultura.

Vantagens

Entre as vantagens da adubação foliar está o baixo custo e a possibilidade de aplicá-la associada a defensivos agrícolas nas pulverizações fitossanitárias. A aplicação de fertilizantes foliares tem sido praticada pelos tomaticultores visando, principalmente, o fornecimento de cálcio e boro, embora a prática possa ser empregada para o fornecimento de qualquer nutriente, complementando a adubação via solo (tradicional ou por fertirrigação).

Contra doenças

 A adubação é um dos fatores que mais contribui para a produtividade do tomateiro - Crédito Shutterstock
A adubação é um dos fatores que mais contribui para a produtividade do tomateiro – Crédito Shutterstock

Para a prevenção do distúrbio designado podridão apical, causado, entre outros fatores, pelo fornecimento inadequado de cálcio (Ca), recomendam-se pulverizações foliares com o nutriente (na forma de quelatizados ou de sais) a partir do início do florescimento das plantas.

O cálcio, além de ativador enzimático, é importante na formação da parede celular, afetando a divisão celular, a floração, o pegamento dos frutos e seu desenvolvimento.

A carência de cálcio induz, no tomateiro, à podridão estilar. Trata-se de elemento pouco móvel na planta: os sinais visuais de sua falta ocorrem nos órgãos mais novos e, no caso da cultura, surge primeiro em flores e frutos. Trata-se de um nutriente que é indispensável a sua aplicação via foliar no tomateiro: inclusive deve ser dirigida aos frutos.

O boro

A pulverização com boro, na forma de ácido bórico, boratos solúveis ou formulados complexados com polióis, tem proporcionado excelentes resultados em floração, pegamento dos frutos, número e massa de frutos.

O boro é um micronutriente que influencia no transporte de carboidratos nas plantas, participa na síntese do triptofano, um aminoácido precursor do ácido indolilacético (AIA ” hormônio de crescimento que responde pela divisão celular e crescimento meristemático de raízes e parte aérea) e na formação da parede celular (é indispensável na formação do ácido péctico, precursor da parede celular), afeta a economia de água das plantas e regula o metabolismo e carboidratos, entre outras funções.

Pesquisas

No Curso de Engenharia Agronômica do UniPinhal, a engenheira agrônoma Pamela Santos, então graduanda e estagiária do setor de Nutrição de Plantas, estudou o uso da adubação foliar em tomateiro (Lycopersiconesculentum, Mill) cultivado no campo.

Essa matéria completa você encontra na edição de setembro de 2018 da Revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira o seu exemplar para leitura completa.

 

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