A agricultura urbana e periurbana vem sendo praticada no Brasil e no mundo para melhorar indicadores sociais, econômicos e ambientais das cidades. Com esse objetivo, a Embrapa Cocais está implantando – em parceria com as Secretarias Municipais de Agricultura, Pesca e Abastecimento, de Educação, Serviço Social do Comércio – SESC e organizações formais – hortas pedagógicas (em escolas) e comunitárias (em associações locais) durante os meses de agosto e setembro em São Luís-MA, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa (municípios da Grande Ilha) e em Alcântara. A iniciativa faz parte de convênio assinado com o Ministério da Cidadania no âmbito do Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana.
As hortas comunitárias estão sendo implantadas na União Beneficente dos Moradores do Rio Cachorros (São Luís), Comunidade Terapêutica do Maranhão (São José de Ribamar), Associação dos Trabalhadores e Produtores da Mata (São José de Ribamar), Associação dos Agricultores Familiar da Vila Residencial Nova Canaã (Paço do Lumiar), Associação dos Pequenos Produtores de Itapeua e comunidade vizinhas (Raposa). Já as hortas Pedagógicas, na Casa Familiar Rural Quebra Pote (São Luís), Escola Municipal Liceu Ribamarense II (São José de Ribamar) e Unidade Integrada Presidente John Kennedy (Alcaâtara). A iniciativa faz parte de convênio assinado com o Ministério da Cidadania no âmbito do Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana.
Para a chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Cocais, Guilhermina Cayres, o projeto é uma oportunidade de a Embrapa apresentar tecnologias desenvolvidas para a produção de hortaliças, em particular para a produção familiar. “As hortas pedagógicas são vitrines tecnológicas de demonstração e de aprendizagem das tecnologias da Embrapa em que técnicos e agentes multiplicadores são treinados nessas tecnologias e terão autonomia para replicar essas experiências em outros locais, garantindo segurança alimentar e promovendo também um potencial negócio familiar sustentável”
Capacitações virtuais são realizadas ao longo das etapas de preparo da área nas áreas de produção de mudas em cultivo protegido, produção de hortaliças com foco em práticas agroecológicas em áreas urbanas e periurbanas, além dos temas colheita, pós-colheita, comercialização e organização socioprodutiva. A diretora da Escola Municipal Casa Familiar Rural, Samara Tanabe Viegas, reforça a importância do projeto e diz que a parceria proporciona aos alunos e seus familiares capacitação em práticas de tecnologias sustentáveis, como produção de compostos orgânicos e biofertilizantes, entre outros,
Para o coordenador do projeto, o analista Carlos Vitoriano, espera-se contribuir com a segurança alimentar e nutricional das comunidades atendidas e a diminuição dos índices de vulnerabilidade social com a perspectiva de renda extra, contribuindo para a melhoria dos indicadores de qualidade de vida e desenvolvimento local. “O objetivo é a implantação de hortas comunitárias em espaços públicos ou de interesse social, ociosos ou não, de áreas urbanas e periurbanas dos municípios, realizando a transferência de tecnologias e a promoção de capacitação, por meio de ações coordenadas e participativas com os diversos atores interessados, para inclusão socioprodutiva de famílias em condições de vulnerabilidade econômica e de insegurança alimentar”.
Além disso, pretende-se ampliar o número de hortas pedagógicas já implantadas em São Luís no âmbito do Projeto Hortas Pedagógicas, realizada também em parceria com o Ministério da Cidadania, ampliando também o alcance para a promoção da conscientização alimentar e da alimentação saudável da comunidade escolar. Na execução das hortas pedagógicas, alia-se práticas de produção de hortaliças às práticas didático-pedagógicas da escola, estimulando crianças e adolescentes a levarem os conhecimentos para casa e comunidade, formando não só cidadãos com hábitos de alimentação saudável e com consciência ambiental, mas também multiplicadores desse estilo de vida.