A estimativa da safra de laranja 2017/18 publicada em 10 de maio de 2017 pelo Fundecitrus com cooperação da Markestrat, FEA-RP/USP e FCAV/Unesp é de 364,47 milhões de caixas (40,8 kg) para o cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, que são as principais regiões produtoras.
O total inclui:
ð 68,49 milhões de caixas das variedades Hamlin, Westin e Rubi;
ð 17,42 milhões das variedades Valência Americana, Valência Argentina, Seleta e Pineapple;
ð 114,52 milhões da variedade Pera Rio;
ð 123,04 milhões das variedades Valência e Valência Folha Murcha;
ð 41,00 milhões da variedade Natal.
A área com pomares de laranja, incluindo todas as variedades, é de 415.232 hectares, 0,4% menor em comparação com o levantamento de 2016. A perda de pomares apurada em 2016 foi de 37.465 hectares e caiu para 10.577 hectares em 2017.
A entrada de 9.106 hectares de novos plantios está no mesmo patamar do ano anterior. Assim, a perda de pomares, ligeiramente acima da entrada, resultou em uma variação líquida negativa de 1.471 hectares.
Da área total, 402.566 hectares, que equivalem a 97%, estão plantados com as variedades Hamlin, Westin, Rubi, Valência Americana, Valência Argentina, Seleta, Pineapple, Pera Rio, João Nunes, Valência, Valência Folha Murcha e Natal.
Dos cinco setores do cinturão citrícola, o Centro e o Noroeste vêm perdendo área desde o levantamento de 2015, enquanto os demais setores, que estão nas extremidades do parque, reverteram as perdas de pomares em leves incrementos, mas esses ganhos ainda mantêm um saldo negativo de 28.056 hectares no acumulado, sendo menos 26.759 hectares em 2016 e menos 1.297 hectares em 2017.
Os pomares abandonados totalizavam 6.511 hectares no levantamento 2016, e neste, 1.977 hectares. A diferença de 4.534 hectares entre eles é explicada pela reativação de pomares.
Com relação aos erradicados, na safra anterior foram estimados em 28.813 hectares, e na atual, 14.307 hectares. Dessa área erradicada, 2.344 hectares foram replantados com citros, e essa renovação corresponde a 28% dos 8.476 hectares de pomares formados em 2016.
Assim, a perda de pomares, isto é, a erradicação (14.307 ha) descontada da reativação de pomares (4.534 ha), é de 9.773 hectares. A diferença entre essa perda e a área formada em 2016 (8.476 ha) fica negativa em 1.297 hectares, embora ainda seja uma retração, é menor do que a observada na safra anterior.
As árvores produtivas de laranja somam 174,78 milhões e as não produtivas 16,91 milhões, totalizando 191,69 milhões de árvores. Em comparação com o levantamento de 2016, o total de árvores diminuiu em aproximadamente 318 mil plantas. No acumulado desde 2015, a redução ultrapassa seis milhões de árvores, resultante da desaceleração de novos plantios observada nos últimos anos.
Variedades
Praticamente 90% do cinturão citrícola são formados por cinco variedades. A Pera Rio, com 34% do total, lidera desde 2007 como a variedade mais plantada, superando a variedade Valência, com 29%, deslocada para a segunda posição.
As variedades Hamlin, com 12%, a Natal, com 10%, e Valência Folha Murcha, com 4%, permanecem, respectivamente, na terceira, quarta e quinta colocação.
Percentual de árvores produtivas e não produtivas
A idade média dos pomares adultos é de 10,3 anos, o que mostra um parque relativamente novo, porém a maior parte das árvores agora entra na categoria de idade mais avançada. Os mais velhos somam 32.851 hectares ou 8% da área total. Nesse grupo estão os pomares com idade superior a 20 anos, que apresentam densidade média de 351 árvores/hectare, defasada em relação à adotada atualmente (687 árvores/hectare).
O total de 7.588 propriedades de laranja permanece inalterado, mas os dados dos seus pomares são atualizados por levantamento amostral, que reavalia a área e a proporção de árvores por idade, mortas e falhas nesses pomares. Desse total, 5.442 propriedades, ou 72%, detêm menos que 10 mil árvores, e sobe para 83% se considerar as propriedades que possuem até 20 mil árvores.
Na média, as propriedades de laranja possuem 53 hectares com nove talhões. O uso da tecnologia de irrigação está presente em quase 100 mil hectares e a metade desses se encontra no setor norte.