O Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a safra 2024/25, cujo plantio está em andamento, deve atingir 166 milhões de toneladas, com crescimento de 12,6% em relação ao ciclo anterior (147,4 milhões de toneladas).
Atingir esse resultado depende de uma série de fatores, com destaque para as condições climáticas, que foram bastante desafiadoras nos últimos anos.
“As lavouras de soja têm sofrido com oscilações bruscas de temperatura, déficit hídrico, deficiência de nutrientes e compactação do solo. Todos esses tipos de estresse têm potencial para causar danos à produtividade e à qualidade dos grãos. Em tempos de instabilidade climática, é essencial estar preparado para enfrentar todas essas adversidades”, explica Samir Filho, coordenador de Desenvolvimento de Mercado da Acadian Plant Health no Brasil.
“A produtividade da soja no Brasil aumentou significativamente nas últimas décadas, passando da média de 2.751 kg/ha na safra 2000/01 para 3.202 kg/ha na safra 2023/24. Esse aumento (16,4%) se deve a diversos fatores, entre os quais estão novas cultivares de sementes, adoção do plantio direto, a inclusão tecnológica e, sem dúvida, o uso de insumos, segmento que inclui os bioestimulantes e biocontrole”, destaca o especialista da Acadian.
Tipos de estresse
Destacamos os principais tipos de estresse que impactam a produtividade da soja no Brasil. São eles:
Fotossíntese: apesar de essencial para a fotossíntese, a radiação solar em excesso ou sua falta podem ser prejudiciais para a plantação de soja. O sombreamento excessivo, causado por alta densidade de plantas ou infestação de plantas daninhas, reduz a interceptação da luz, afetando o desenvolvimento e a produção. Por outro lado, a radiação solar intensa pode levar as plantas a inclinarem suas folhas para minimizar a interceptação, reduzindo a eficiência fotossintética, especialmente em condições de baixa disponibilidade hídrica.
Fotoperíodo: o comprimento do dia (fotoperíodo) influencia diretamente o ciclo da soja, sendo crucial para o florescimento da cultura. A maioria das cultivares brasileiras floresce apenas quando o fotoperíodo é inferior a 13/14 horas. O desenvolvimento de cultivares com “período juvenil longo” permitiu o cultivo da soja em regiões de baixa latitude, onde os dias são mais curtos. As cultivares de soja são classificadas em grupos de maturação, com base na duração do seu ciclo em relação ao fotoperíodo. No Brasil, utilizam-se cultivares dos grupos 5 a 9. A escolha do grupo de maturação adequado à região e à época de semeadura são essenciais para evitar o impacto negativo da variação do fotoperíodo na produtividade.
Temperaturas extremas: a temperatura do solo e do ar afetam o desenvolvimento da soja. Temperaturas do solo abaixo de 20°C prejudicam a germinação e a emergência, enquanto temperaturas acima de 55°C podem causar danos às plântulas. A faixa ideal de temperatura para o crescimento da soja é entre 20°C e 30°C, favorecendo o acúmulo de CO2. Temperaturas abaixo de 10°C e acima de 40°C limitam o desenvolvimento, afetando o crescimento vegetativo, a floração e a retenção de legumes.
Déficit hídrico: a falta de água no solo (déficit hídrico) é um fator limitante importante para a produção de soja, reduzindo a fotossíntese e a produtividade. As fases mais sensíveis ao déficit hídrico são a germinação/emergência e o período entre a floração e o enchimento dos grãos. Durante o enchimento dos grãos, a demanda por água é alta, pois a evapotranspiração da cultura atinge seu máximo. Em áreas de produção de sementes, o déficit hídrico associado a altas temperaturas pode resultar em sementes esverdeadas com menor vigor e germinação.
Aumento da produtividade
Samir Filho assinala que uma das formas de ter uma safra saudável é usar bioestimulantes como auxílio para reduzir a fitotoxicidade do fungicida e aumentar a produtividade da soja. “Resultados de experimentos em diferentes regiões do Brasil mostram que o uso de bioestimulantes à base da alga marinha Ascophyllum nodosum em combinação com outros produtos pode aumentar a produtividade em até 8,0 sc/ha”.
Os extratos de alga marinha também representam uma solução para mitigar o estresse em plantas de soja e aumentar a produtividade, com resultados promissores em diversos estudos. “Os bioestimulantes à base de Ascophyllum nodosum demonstraram ter efeito sinérgico com biológicos, aumentando o quociente microbiano e o carbono da biomassa microbiana. Além disso, o uso de produtos como o extrato APH pode contribuir para a sustentabilidade da produção de soja, aumentando a eficiência do uso de recursos e reduzindo a necessidade de insumos químicos”, explica Samir.
Retorno sobre investimento
Os estudos apresentados pela Acadian Plant Health (APH) comprovam que o uso de bioestimulantes à base da alga marinha Ascophyllum nodosum geraram ROI (Resultado Sobre Investimento) médio de 470% na safra 23/24, considerando incremento médio de 4,0 sc/ha.
Sobre a Acadian Plant Health
A Acadian Plant Health (APH), fundada em 1981 no Canadá, é a maior empresa independente de colheita, cultivo e extração de plantas marinhas do mundo, além de líder internacional em soluções biológicas sustentáveis baseadas em ciência para cultivos de alto valor, bem como para cultivos em larga escala.
A empresa está comprometida com o desenvolvimento de produtos inovadores patenteados, com foco em sustentabilidade e agricultura regenerativa. Com atuação em mais de 80 países e cerca de 400 colaboradores no mundo, a APH se dedica a pesquisas com Ascophyllum nodosum, alga marinha que deu origem a seus bioativadores.