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Embrapa lança três cultivares de soja na Tecnoshow

A Embrapa irá lançar no dia 27 de março, às 11h, na  sua Vitrine de Tecnologias, na Tecnoshow 2023, três cultivares de soja (BRS MG534, BRS 7981IPRO e BRS 7781). Além disso, haverá demonstração de diferentes soluções tecnológicas para os sistemas produtivos e os pesquisadores irão ministrar palestras técnicas no auditório do Centro Tecnológico Comigo. A Tecnoshow será promovida pela cooperativa Comigo, de 27 a 31 de março, em Rio Verde (GO). Conheça as tecnologias:

Lançamento de soja BRS MG534 – A BRS MG534 é uma cultivar de soja convencional com alta produtividade, estabilidade de produção e que ainda agrega a tecnologia Shield, que apresenta genes de resistência à ferrugem-asiática. Desenvolvida pela Embrapa Soja e Fundação Meridional, a cultivar Shield é uma ferramenta genética importante no contexto do manejo integrado. Mesmo não dispensando o uso de fungicidas, proporciona maior eficiência e segurança ao manejo químico da doença. A cultivar se destaca ainda por apresentar resistência às principais doenças da soja (pústula bacteriana, mancha olho de rã, cancro da haste), moderadamente resistência ao oídio e aos dois principais nematoides de galha. A cultivar é do grupo de maturidade 7.2, o que permite a realização de uma segunda safra, tanto de milho quanto de algodão ou sorgo. A BRS MG 534 é indicada para diferentes regiões de Goiás (RECs 301, 302, 303, 304 e 401), Distrito Federal (REC 304), Minas Gerais (RECs 302, 303, 304 e 401), São Paulo (REC 302) e Mato Grosso (REC 402).

Lançamento de soja BRS 7981IPRO – A BRS 7981IPRO apresenta ciclo médio (cerca de 120 a 125 dias no DF e região e em torno de 115 dias no Oeste baiano e em Mato Grosso). Desenvolvida na  parceria com a Fundação Cerrados e a Fundação Bahia, apresenta elevado potencial produtivo e pode ser cultivada no Brasil Central, na região do MATOPIBA, no Tocantins e em Mato Grosso, estado onde é uma opção para o produtor que pretende plantar safrinha de milho. A cultivar tem como grande diferencial a rusticidade, com raízes que se aprofundam no solo. A cultivar suporta veranicos acima de 15 dias com certa tranquilidade, pois vai entregar boas produtividades. A BRS 7981IPRO também pode ser utilizada em sistemas de integração com outras culturas, como o sistema soja-cana, tecnologia que em breve será lançada pela Embrapa. 

Lançamento de soja BRS 7781 – A BRS 7781 é uma cultivar de soja convencional de ciclo que varia conforme a região de indicação, sendo semiprecoce (Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal) e precoce (Oeste da Bahia). Desenvolvida na  parceria com a Fundação Cerrados e a Fundação Bahia, possui alto potencial produtivo, permitindo maior retorno econômico ao produtor. A planta tem porte ereto e é resistente ao acamamento e ao nematoide formador de galhas Meloidogyne javanica, o que possibilita  melhor manejo de áreas contaminadas por esse fitonematoide. Por ser convencional, tem a vantagem de receber prêmios no preço de comercialização dos grãos nos mercados de “Soja Livre”.

Feijão BRS FC415 – Desenvolvida pela Embrapa Arroz e Feijão, a cultivar de feijão carioca BRS FC415 apresenta alta produtividade, excelente qualidade comercial e tolerância a patógenos de solo. A cultivar destaca-se pela grande adaptação às diferentes regiões produtoras, potencial produtivo de aproximadamente 3.915 kg/ha e excelente qualidade comercial dos grãos, que possuem escurecimento lento, uma das demandas mais importantes exigidas pelo mercado atualmente. De arquitetura semiereta, ideal para colheita mecanizada, a BRS FC415 apresenta ciclo normal (85 a 94 dias, da emergência à maturação fisiológica), com resistência moderada à murcha de Fusarium, viabilizando a adoção em áreas antigas de cultivo. Esse lançamento deverá contribuir para reduzir o uso de defensivos agrícolas e, consequentemente, o impacto no meio ambiente e na saúde humana, favorecendo o aumento da sustentabilidade na produção agrícola. 

Bioinsumos no milho e na braquiária –  Resultados da Embrapa comprovam que as sementes de milho inoculadas com a bactéria Azospirillum brasilense (estirpes Ab-V5 e Ab-V6) têm possibilitado a redução média de 25% da adubação nitrogenada de cobertura, considerando a dose de 90 quilos (kg) por hectare de nitrogênio. A tecnologia de inoculação do milho com a bactéria Azospirillum brasilense permite ainda um incremento médio de 3,1% na produtividade de grãos.

A Embrapa Soja também irá demonstrar a tecnologia de inoculação multifuncional de pastagens, que associa microrganismos com propriedades multifuncionais (Azospirillum brasilense e Pseudomonas fluorescens). Essa inovação tem potencial para aumentar, em média, em 22% a produção das pastagens com braquiárias, além de ampliar a absorção de nutrientes. A inoculação com bactérias Azospirillum via sementes ou via foliar em pastagens estabelecidas, resulta em aumento médio de 13% no teor de N e de 10% no teor de K na parte aérea. Por sua vez, a inoculação via sementes ou foliar com Pseudomonas possibilita em incremento de 11% no teor de potássio (K) e de 30% no de fósforo (P), na parte aérea. Durante a TecnoShow, os visitantes poderão acompanhar unidades demonstrativas inoculadas e sem a inoculação dos bioinsumos para avaliar os benefícios da tecnologia

Amendoim forrageiro – O amendoim forrageiro BRS Oquira, desenvolvido pela Embrapa Acre, é rico em proteína e apresenta alta produção de forragem. A tecnologia é alternativa para intensificar a produção de carne e leite e viabilizar uma pecuária a pasto mais sustentável nos biomas Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado. Os estudos da Embrapa mostram que, em cultivos adubados e irrigados, o teor de proteína bruta na planta chega a 29%, valor que garante alimento de qualidade para o rebanho e melhora a produtividade animal. Em experimentos sem adubação e irrigação, a cultivar BRS Oquira apresentou 22% de proteína bruta, teor de fibra em torno de 43% e 68% de digestibilidade de matéria seca (forragem). Os resultados das pesquisas mostraram, ainda, que a BRS Oquira é tolerante a solos encharcados. Essa característica possibilita ainda o consórcio com gramíneas adaptadas a essa condição.

Grão de Bico – A cultivar de grão-de-bico BRS Kalifa, desenvolvida pela Embrapa Hortaliças, tem polinização aberta e apresenta estabilidade de produção, o que a torna apropriada para o cultivo na estação seca, com semeio de fevereiro a março. No cultivo irrigado, a semeadura deve ocorrer de abril a maio em áreas com altitudes superiores a 600 metros. Ela também é indicada para o plantio em safrinha (sequeiro) por apresentar maior precocidade.  A cultivar é altamente produtiva, podendo atingir 2.500 kg/ha em áreas irrigadas e 2.000 kg/ha em sequeiro. A cultivar BRS Kalifa apresenta efeito supressivo sobre lagartas pequenas (Helicoverpa armigera e Chloridea virescens), tolerância ao nematoide-das-galhas (Meloidogyne javanica) e reduz os níveis populacionais da raça 5 do nematoide-do-cisto-da-soja. A cultivar é rica em proteína, com teores variando entre 25,3% a 28,9%; entre outras características nutricionais relevantes.

Trigo para o Cerrado
A Embrapa Cerrados estará demonstrando cultivares de trigo com elevado potencial de rendimento de grãos, qualidade tecnológica alinhada às exigências da indústria. A BRS 264 tem indicação de cultivo irrigado para os estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e o Distrito Federal. Também pode ser utilizada em sistema de sequeiro no Sul de Minas Gerais. Apresenta ciclo superprecoce, espigamento em 40 dias e maturação em 110 dias (média), sendo extremamente produtiva e com excelente aceitação pela indústria. A cultivar tem altura média de planta de 80 cm, produtividade média de 6.000 kg/ha e peso de mil sementes de 40g. É moderadamente resistente ao acamamento e resistente à debulha.

Além de ser a mais plantada no Cerrado do Brasil Central, a cultivar BRS 404, para cultivo de sequeiro, apresenta ciclo precoce, classe comercial pão e estabilidade na produção de farinha. A BRS 404 foi a primeira cultivar a apresentar maior tolerância à brusone, importante doença fúngica que acomete a triticultura da região. É indicada para cultivo em Goiás, no Distrito Federal e em Minas Gerais. Apresenta potencial de rendimento de 40 sc/ha e foi desenvolvida para áreas de sequeiro com altitudes iguais ou superiores a 800 metros.

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