Estudo realizado pelo Pecege Consultoria e Projetos, em parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), apresenta dados sobre o impacto da broca da cana-de-açúcar no custo de processamento industrial do etanol e de açúcar.
De acordo com a pesquisa as perdas causadas pela broca da cana refletem diretamente nos custos de processamento industrial. Em média, as unidades sucroenergéticas do Centro-Sul enfrentaram um aumento significativo nas despesas relacionadas à contaminação da matéria-prima e à menor eficiência fermentativa na cana processada. Essas alterações impactam especialmente a produção de açúcar e etanol, com custos ajustados em função da quantidade de produto gerado.
O levantamento do Pecege Projetos mostra o custo agroindustrial em função da eficiência fermentativa e qualidade da cana por produto. Quanto maior o índice de infestação, menor a qualidade. Uma cana com infestação de broca de 8,5%, por exemplo, tem um custo de processamento do açúcar branco 6% maior do que uma cana com zero infestação (R$ 231 contra R$ 218 por tonelada). Na produção de etanol, o impacto é mais expressivo. Uma cana-de-açúcar com infestação de 8,5% resultará em um custo de processamento de etanol 18% maior em comparação a uma cana sem broca (de R$285 contra R$235 por tonelada).
“Este levantamento reforça a relevância de compreender os danos causados pela praga e os impactos econômicos no setor sucroenergético. Os dados obtidos não apenas quantificam as perdas, mas também evidenciam a necessidade de estratégias mais eficazes de controle e mitigação”, destaca Haroldo Torres do Pecege Projetos.
“O uso da tecnologia Bt na cana-de-açúcar apresenta uma eficácia de controle da broca da cana acima de 95%, praticamente zerando os danos causados pela praga tanto na área agrícola quanto no processamento industrial. Nosso compromisso é continuar oferecendo alternativas que contribuam para o aumento da produtividade, sustentabilidade e competitividade do setor. Disponibilizar ao setor uma solução que elimina o problema da broca da cana-de-açúcar foi apenas a primeira entrega do CTC e da biotecnologia ao nosso setor”, afirma Ricardo Neme, gerente de marketing do CTC.
O estudo no íntegra pode ser acessado pelo link https://radarcompara.com/