Dentre os problemas que podem prejudicar o crescimento das plantas de soja, os nematoides são os que, se o produtor não ficar atento, podem ter grande prejuízo. Monitorar frequentemente as áreas é fundamental. Identificar as espécies é outra ação necessária. Quantificar os nematoides também é importante. Com todo o diagnóstico em mãos é hora de decidir qual manejo deve ser adotado para diminuir as populações e evitar perdas de produção.
“Além do manejo com resistência varietal, químicos e biológicos, é importante adotar também conjuntamente as coberturas de solo. Todo cuidado para não disseminar ou evitar a disseminação dentro da fazenda, ou até de uma fazenda (área) para outra são necessários. A escolha dos materiais é um ponto fundamental e a utilização de técnicas eficientes para cada espécie é outra ferramenta que ajuda a ter maior controle dos nematoides”, explica Tatiane Zambiasi, Engenheira Agrônoma, Pesquisadora e Consultora da Agromax.
Muitas vezes os nematoides são considerados inimigos ocultos da lavoura, pois não são visíveis ao olho nú. Isso exige muita atenção, cautela e precaução do produtor e sua equipe. Se não for feito monitoramento constante e eficiente, pode se ter áreas com grandes perdas devido às altas populações dos nematoides.
De acordo com Tatiane, o ideal é mapear as áreas, assim como é feito com relação à fertilidade do solo. “Acredito que ainda temos muito a evoluir na parte genética, principalmente para o nematoide das lesões (Pratylenchus brachyurus); com os nematoides de cisto temos um desafio enorme com relação às raças, que cada vez mudam mais frequentemente e o produtor nem sempre tem essa informação; para o nematoide das galhas (Meloidogyne sp.) temos ainda poucos materiais resistentes.
Mas já evoluímos muito em produtos químicos e biológicos, coberturas e informações de manejo integrado. Cautela e fazer um mapeamento constante, é um bom caminho para quem não quer ter perdas por causa de nematoides.”
Segundo Tatiane, as chuvas contribuíram para a multiplicação dos nematoides nas lavouras de Mato Grosso, causando problemas mais severos em algumas propriedades. “Os nematoides de cisto e das lesões puderam ser vistos com muita frequência e a disseminação foi muito rápida e eficiente”, destacou a especialista.