A Expocafé 2019, iniciada no dia 14 e encerrada em 17 de maio, alcançou desempenho semelhante ao da última edição, movimentando cerca de R$ 200 milhões em negócios. “Notamos que, apesar do momento de baixa nos preços da safra, as negociações foram mantidas nos níveis dos anos anteriores. A troca do café por produtos (seja insumos, máquinas pequenas ou grandes), sistema chamado barter, potencializou bastante os negócios, fazendo com que o índice se mantivesse em relação às outras edições do evento. As condições de financiamento realizadas pelas instituições financeiras também favoreceram que os produtores não voltassem para casa de mãos vazias, mas com boas soluções para sua lavoura.
Que a baixa do preço café trouxe temor, ninguém nega. Por outro lado, isso fez com que as empresas se reinventassem e trouxessem outras alternativas para o produtor, seja no tipo de negócio ou na apresentação das soluções. “Menos custos, com a mesma ou uma produção superior, foi o objetivo de todos que passaram por aqui”, avalia o coordenador de negócios da feira, Antônio Fernando Nunes.
Ainda de acordo com ele, o momento de retração no mercado trouxe uma mudança no comportamento de expositores e compradores. “As empresas tentaram se reinventar para conseguir outras maneiras de atrair o produtor, seja na forma de negociação, seja na apresentação do produto. No momento atual, o foco é a redução de custos de produção e os cafeicultores estão em busca implementos e equipamentos mais baratos e eficientes”, completa.
Para 2020
Vários expositores já manifestaram o interesse de participar da próxima edição da Expocafé. “Na contramão do momento atual do mercado, tivemos em 2019, um recorde no número de empresas participantes, 167, e de empresas estreantes, 31. Para 2020, esperamos um número maior de expositores. A procura já está acontecendo, tanto por parte de expositores tradicionais, quanto por novas empresas”, conta Antônio Nunes.
Público e expositores
Mais de 15 mil visitantes passaram pela Expocafé, que atraiu um público mais seleto, neste ano, em busca de alternativas que os ajudem a atravessar o momento. Para a próxima edição, o coordenador de negócios antecipa que está trabalhando no aumento do número de expositores, sendo que muitas reservas já foram feitas durante o evento. “Tanto os expositores já posicionaram para aumentar sua área quanto os visitantes já confirmaram que querem voltar no próximo ano”, declara.
Antônio Fernando, em nome de toda a equipe que trabalhou na Expocafé, agradece o voto de confiança das instituições parceiras e, principalmente, dos visitantes produtores, pois todo o esforço conjunto da Epamig, que é a realizadora do evento, é para que eles possam ter acesso à tecnologia, conhecimento e acesso aos produtos, desde os mais simples aos mais sofisticados.
A Expocafé
Criada em 1998 pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Expocafé acontece no Campo Experimental de Três Pontas. Desde 2010 é realizada pela Epamig, com o apoio da UFLA, da Emater-MG, da Prefeitura Municipal de Três Pontas, da Cocatrel e do Consórcio Pesquisa Café.