Um passeio que oferece uma mistura de história – relembrando o Brasil colonial, gastronomia e contato com a natureza. Assim pode ser resumida a visita guiada oferecida pela Fazenda Barra Grande, em Itirapuã/SP, na região de Franca. Detentora do mais antigo e único engenho movido à roda d’água do Estado de São Paulo, que produz as cachaças Barra Grande e Santo Grau Itirapuã, a propriedade abre suas portas neste segundo semestre, como uma opção de visita para conhecer a produção artesanal da bebida e turismo rural com almoço.
Localizada 37 quilômetros de Franca e 135 de Ribeirão Preto, a Fazenda Barra Grande fabrica cachaça desde 1860 e está na mesma família há 5 gerações. Hoje é o empresário Maurílio Cristófani que está à frente da propriedade e trabalha para preservar a história da civilização do açúcar e da bebida mais popular do Brasil.
“A Fazenda Barra Grande proporciona aos visitantes uma experiência única de resgate histórico e contato com a natureza. O visitante pode conhecer o engenho de produção de cachaça, onde também se fazia melado, rapadura e açúcar mascavo, além de toda a infraestrutura da propriedade, antiga usina hidroelétrica, máquina de beneficiar arroz, moinho de fubá, monjolo e paiol.”, revela.
O passeio acontece todos os sábados e feriados, em dois horários, às 11h30 e às 15h e aos domingos às 11h30. A duração é de 1h30, no caso do tour completo pela propriedade ou 40 minutos, se for escolhida apenas a visita ao engenho. Os valores dos passeios vão de R$15 a R$35 e em ambos os passeios existe a opção com e sem degustação. O tour pela fazenda é feito por um guia treinado e morador da Barra Grande. Para grupos maiores, escolas e empresas é pedido agendamento antecipado.
O roteiro completo também inclui passagem por uma cachoeira, moinho de fubá, monjolo e permite conhecer objetos antigos utilizados na agricultura da época. Os turistas têm ainda a oportunidade de visitar um paiol, a adega de envelhecimento das cachaças e a fachada da casa sede, local em que o guia conta um pouco da história da propriedade.
O passeio pela Barra Grande é concluído com um almoço (cobrado à parte) feito com alimentos cultivados na propriedade. O restaurante localizado na fazenda conta com cardápio a lá carte, serve drinks das cachaças produzidas no engenho e conta com loja de produtos e souvenir. O local foi selecionado pela Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo, como um dos integrantes da Rota Gastronômica da Região dos Lagos do Rio Grande, Alta Mogiana e Caminhos da Mogiana. O destaque é a carne de lata que acompanha a polenta feita no moinho de pedra mó, o croquete de carne de lata recheado com queijo e a tilápia empanada no fubá.
“A visita guiada é voltada para todas as pessoas que gostam de história. É um passeio que agrega conhecimento, proporcionando aos visitantes conhecer as estruturas movidas pela força motriz da água, ver o moinho de pedra mó fazendo o fubá, saborear a polenta e outras opções feitas com ele, e ainda levar para casa o produto. É uma experiência única conhecer todo o processo de produção da cachaça, formas de envelhecimento, degustar, tomar os drinks do restaurante, entre outras opções. Indicamos para todos”, completa Maurílio.
A fazenda
Atualmente a Fazenda Barra Grande produz além da cachaça, fubá feito em moinho de pedra mó, movido à roda d’água, café e cana de açúcar e trabalha com pecuária de corte e madeira nobre.
A fazenda já foi finalista, por dois anos consecutivos, do Prêmio Fazenda Sustentável da Revista Globo Rural e do Prêmio Novo Agro, promovido pelo Banco Santander e pela Esalq USP. Hoje a propriedade é certificada pela Produzindo Certo, a maior certificadora de Fazendas Sustentáveis do País.
Serviço
Fazenda Barra Grande
Onde: Itirapuã – SP
O que: Turismo rural com visita guiada a um engenho de cachaça movido a roda d’água, além de outras estruturas também movidas pela água.
Dias: Sábados, domingos e feriados
Duração: tour completo 1h30, tour no engenho 40min
As fotos estão em alta e por isso seguem pelo link https://we.tl/t-tZTgqTvl6i
Os créditos são Wilker Maia/Casa da Comunicação Franca