Fider Pescados exporta 10% da produção, levando a qualidade da tilápia brasileira para sete países

0
342
Divulgação

A tilápia cultivada e processada hoje, em Rifaina, interior do Estado de São Paulo, chega amanhã aos Estados Unidos. Devido à agilidade do processo, ela está fresca, pronta para consumo do maior e mais importante mercado mundial de proteínas animais.


“Esse produto diferenciado sai da Fider, um dos maiores projetos de produção de tilápia do Brasil, diretamente para a mesa de milhares de norte-americanos em apenas 24 horas. Além de grande, o mercado dos EUA é extremamente exigente. Ou seja, só estamos lá porque nossa tilápia é de alta qualidade. Além disso, há a agilidade logística, com diferentes rotas aéreas de São Paulo para aquele país. Esta é uma vantagem que nossos concorrentes asiáticos, como a China, não têm devido à distância, apesar de ter preço mais competitivo que o nosso”, explica Juliano Kubitza, gerente responsável pela Fider Pescados.


Atualmente, a Fider produz cerca de 10 mil toneladas de tilápia por ano. Cerca de 10% desse total é exportado para sete países – além dos Estados Unidos, Canadá, Taiwan, Venezuela, Bangladesh, Sri Lanka e Indonésia – na forma de filé fresco e congelado, escamas e pele. “A tilápia brasileira é de alto padrão, trabalhamos com boas práticas e somos reconhecidos por essa qualidade pelos importadores. Porém, enfrentamos pesados custos de produção e logística, que têm dificultado a conquista de novos mercados internacionais”, explica Kubitza.


Kubitza destaca que o Brasil poderia concorrer em igualdade com Colômbia e Costa Rica, outros importantes fornecedores do mercado norte-americano. “Porém, nós pagamos mais que o dobro do frete por quilo”, comenta. “O explosivo aumento dos fretes foi provocado pela instabilidade econômica causada pela pandemia. Além disso, a guerra entre Rússia e Ucrânia elevou consideravelmente os preços das commodities e do petróleo, pressionando ainda mais os custos de produção”.


Porém, destaca Kubitza, esses problemas não explicam porque a tilápia da China, mesmo pagando taxa de 25%, entra no mercado norte-americano mais barata que a nossa. “Os EUA representam um mercado fantástico. Se tivéssemos custo adequado, poderíamos conquistar percentual maior, principalmente de filé fresco, contribuindo para fortalecer ainda mais a piscicultura brasileira, que já é a quarta maior em tilápia no mundo”.

Segundo a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR), em 2021 o país exportou 8,5 mil toneladas de tilápia, com receita de US$ 18,2 milhões. Além dos custos de produção elevados e de logística, outro obstáculo ao aumento dos embarques é a suspensão, desde 2018, da entrada do peixe de cultivo do Brasil na União Europeia, devido a problemas com a pesca extrativa.


Em 13 anos de atuação, a Fider Pescados investiu mais de R$ 200 milhões no seu complexo de produção e processando, incluindo a fábrica de farinhas e óleos. No total, a empresa gera 550 empregos diretos e mais de 2.500 indiretos em Rifaina e nas cidades vizinhas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!