Pelo quarto ano consecutivo, evento da Fundação MT cumpre com a difusão de informações
A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, realizou pelo quarto ano consecutivo, em Nova Mutum (MT), o Fundação MT em Campo, entre os dias 26 e 27 de janeiro.
Apesar do período de colheita e planejamento da safrinha no Estado, quase 700 pessoas de 11 Estados brasileiros compareceram nos dois dias, fortalecendo mais uma edição do já tradicional dia de campo.
Nos dias 02 e 03 de fevereiro o evento aconteceu também na região de Rondonópolis, noSul de Mato Grosso, no Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD) da instituição.
Foco
Neste ano, o Fundação MT em Campo incentivou pensar a agricultura e o sistema de produção do Estado através do tema “A decisão que influencia o amanhã“, representada por um cubo mágico.
Nesta linha de raciocÃnio, Leandro Zancanaro, gestor de Pesquisa da Fundação MT, acrescentou que hoje o resultado final de qualquer atividade agrícola (soja, milho, algodão ou outra cultura) depende da sincronia perfeita de todas as práticas realizadas o ano inteiro, desde o planejamento até a colheita. “No passado testávamos o encaixe de uma peça por vez, como num quebra-cabeças. Hoje mudou, temos que encaixar várias peças ao mesmo tempo, ter sincronia entre todas, de modo que se mudarmos uma das faces do cubo mágico interferimos nas outras, ou seja, não podemos mais pensar em um fator isolado, mas sim no sistema produtivo como um todo, no conjunto“, completa.
Participante das quatro edições do evento, o produtor mato-grossense Natalino Bigolin, que cultiva soja e milho em Sapezal, levou funcionários e dois filhos para que o aprendizado fosse adquirido pela equipe. “Sempre focamos mais nas estações que tratam de manejo de doenças em soja e milho e, neste ano, gostamos muito dos dados sobre tecnologia de aplicação, tudo muito útil para o nosso dia a dia e que nos leva a pensar diferente, a ter o controle do sistema completo em nossas mãos. Quanto mais informação, melhor“, detalhou.
Patrocínio
Além das 11 estações de pesquisa, o evento no médio norte contou com meteorologista à disposição do público e informações também a campo com as empresas patrocinadoras, que em 2017 foram Arysta, Basf, Bayer, Dow, Du Pont, Jacto, Kleffmann Group, Mosaic, Nufarm, Syngenta, TMG, UPL e Vale, além do apoio da Aprosoja/MT.
O diretor presidente, Francisco Soares Neto, enfatizou na abertura do evento em Nova Mutum que a Fundação MT estará sempre à disposição dos produtores e técnicos para ajudar a tornar ainda mais viável a agricultura do Estado, visando sustentabilidade e rentabilidade. “Agradecemos a todos que fazem esse trabalho voltado ao bem social e da agricultura, que tornam viável o trabalho de anos e anos de pesquisa, com dedicação apesar da complexidade que existe. Vamos todos, pesquisa e campo, continuar a exercer isso, compartilhando conhecimento para que possamos fazer todos os lados do cubo mágico“, colocou.
Rondonópolis
No CAD Sul, como é chamada a área experimental onde foi realizado o evento no início de fevereiro, a Fundação MT, por meio de sua equipe técnica, compartilhou resultados de pesquisa aplicada.
O público recebeu a informação, visualizou e debateu os dados ao mesmo tempo, com a vantagem de poder entender as situações interligadas umas com as outras. “Tivemos a campo ensaios que envolveram genética, culturas antecessoras, tecnologia de aplicação, arranjo de distribuição de plantas, fungicidas, ou seja, várias pesquisas para tratar de soluções integradas e não isoladas“, explica Zancanaro. Ao todo foram 10 estações com entrada gratuita.
A Fundação MT
A história da Fundação MT começou em 1993, em uma época em que alcançar altas produtividades em terras onde o cultivo sustentável de soja não passava de um sonho, 23 homens cheios de vontade, movidos por desafios e com o olhar no futuro, viram uma grande oportunidade.
Eles resolveram unir forças com o intuito de encontrar soluções para o desenvolvimento da agricultura, de forma sustentável e rentável, em uma região que poucos acreditavam. “Assim nasceu a nossa história, uma nova história para a agricultura de Mato Grosso“, conta o diretor presidente da instituição, Francisco Soares Neto.
“Nesses 23 anos temos conseguido realizar um importante papel no desenvolvimento do agronegócio, servindo de suporte à classe agrícola na nobre missão de mover, alimentar e vestir o mundo. Não foi e ainda não é uma tarefa fácil, mas sabemos que é possível – prova disso é que hoje Mato Grosso é um dos maiores produtores de grãos do mundo“, orgulha-se.
A Fundação MT foi construÃda com ações baseadas em princípios e valores, entre eles o da sustentabilidade econômica e socioambiental. A pesquisa agronômica desenvolvida e difundida se preocupa com o aumento da produtividade aliada ao bom uso do solo, permitindo que as mesmas áreas possam continuar produzindo ao longo dos séculos, sem degradação e com ganhos na fertilidade.