20.1 C
Uberlândia
sábado, novembro 23, 2024
- Publicidade -spot_img
InícioArtigosHortifrútiHazera - Comprometida e dedicada ao desenvolvimento de cebolas

Hazera – Comprometida e dedicada ao desenvolvimento de cebolas

Cebola Rio Grande produzida na fazenda do produtor Mateus Vedovato, em São José do Rio Pardo (SP) - Crédito Hazera
Cebola Rio Grande produzida na fazenda do produtor Mateus Vedovato, em São José do Rio Pardo (SP) – Crédito Hazera

A Hazera está comprometida com a melhoria contínua de seu portfólio de cebolas, combinado com conhecimento e demandas recebidas dos parceiros que atuam neste segmento, criando assim novas variedades com melhor produtividade, resistência a doenças, armazenamento e qualidade para processamento,resultado de anos de pesquisa intensiva e muito trabalho de desenvolvimento.

“A nova genética traz avanços que toda a cadeia pode confiar. Nosso portfólio inclui variedades do tipo amarela, roxa, rosa, branca, para segmento de dias curtos, intermediários, longos, muito-longos, para frio extremo, bem como para bulbilho e cebolinha“, relata Carina Reis, Coordenadora de Marketing e Administração de Vendas da Hazera Brasil.

As variedades são desenvolvidas para diferentes regiões geográficas, estações e condições climáticas, de forma a atender às mudanças nas demandas de mercado e a preferência dos consumidores. Além de alta produtividade e qualidade, os melhoristas da Hazera focam também características como precocidade, armazenamento, firmeza, dormência, uniformidade, tolerância ao florescimento e resistência a doenças.

“Nós usamos as tecnologias mais recentes para melhorar estas características essenciais e criar variedades com melhor performance. Um ótimo exemplo deste trabalho de melhoramento é o lançamento da primeira variedade de cebola resistente ao míldio, que ocorreu há poucos anos“, lembra Carina.

Cebola Rio Grande, em Monte Alto, juntamente com a equipe da Roma Agrícola - Crédito Hazera
Cebola Rio Grande, em Monte Alto, juntamente com a equipe da Roma Agrícola – Crédito Hazera

Só elogios

A Hazera tem desenvolvido com sucesso uma ampla gama de cebolas com sabores únicos e sempre suprindo a indústria com variedades cada vez melhores, desde variedades de dias curtos adocicadas e suaves bem adaptadas para produção em regiões tropicais, até aquelas cebolas especialmente desenvolvidas para longo período de armazenamento e produção robusta, mesmo sob condições de estresse.

É o caso da cebola Rio Grande, uma variedade híbrida precoce com alta produtividade, bulbos uniformes e muito vigorosa, com excelente tolerância às doenças foliares. Com sistema radicular forte, ela apresenta ótima qualidade e retenção de casca.

Manuel Augusto, sócio gerente da Revenda Roma Agrícola, que atua nas regiões de Piranji e Monte Alto (SP), apostou na híbrida há dois anos e só tem elogios. “Para quem faz plantios iniciais (meados de fevereiro e início de março), a cultivar Rio Grande tem se desenvolvido bem, e sua pele é muito boa.As demais cultivares que também vão bem nesse período, não têm ou formam uma pele tão boa“.

Produtores e técnicos com a cebola Rio Grande, em Monte Alto - Crédito Hazera
Produtores e técnicos com a cebola Rio Grande, em Monte Alto – Crédito Hazera

Na opinião de Manuel, o melhor período para o plantio da cebola Rio Grande é de 25 de fevereiro até 10 de maio. “A nossa região tem a tradição de trabalhar com quantidade de fósforo menor do que as demais regiões produtoras de cebola. Desta forma, o gasto torna-se menor. Aplicamos a fórmula 04-14-8 no plantio.Depois fazemos a cobertura com aproximadamente 100 kg de nitrogênio e 120 kg de potássio divididos em quatro aplicações, aproximadamente“, revela.

As novidades na região de Manuel, quanto ao plantio de cebola, têm sido o uso de máquinas para plantar e o fato de 80% da produção acontecer com irrigação por pivô. “Mas, independente disso, para uma boa produção, o produtor precisa de uma cebola precoce e que tenha qualidade de pele para que, quando a cebola plantada na Bahia chegar ao mercado, a produção de São Paulo tenha condição de concorrer, visto que a pele da cebola da Bahia é muito boa. E a cultivar Rio Grande tem atendido bem essa necessidade. Além disso, acebola Rio Grande se destaca diante das outras pela alta germinação que tem, e na saída ela é muito vigorosa“, elogia.

 Flávio Manfio, em Santa Juliana (MG), na lavoura de cebola Rio Grande - Crédito Arquivo pessoal
Flávio Manfio, em Santa Juliana (MG), na lavoura de cebola Rio Grande – Crédito Arquivo pessoal

No Cerrado

A cebola Rio Grande também se adaptou muito bem à região de Uberaba, no Cerrado Mineiro, entregando excelentes produtividades. Quem garante é Emanuel Alexandre Coutinho Pereira, consultor para as culturas de HF, que iniciou um trabalho com a Hazera há quatro anos, e só progrediu. “Em Uberaba, gostamos mais do plantio tardio, em março. Para uma produção de 90 ton/ha, utilizamos 200 kg de N, 900 kg de P2O5 e 300 kg de K2O“, detalha.

Segundo ele, deve haver retração nas áreas plantadasneste ano, devido aos preços dos anos anteriores. Entretanto, os produtores têm se profissionalizado e estão mecanizando cada vez mais sua colheita com plantadeiras de última geração, o que vem de encontro aos materiais de cebola, como a Rio Grande. “A busca é incessante por sanidade e uniformidade de bulbos. Nossa expectativa é de superar a qualidade e produtividade. Devido às condições climáticas favoráveis, projetamos médias de 60 a 70 ton/ha“, calcula.

 Emanuel Alexandre Coutinho Pereira, consultor - Crédito Arquivo pessoal
Emanuel Alexandre Coutinho Pereira, consultor – Crédito Arquivo pessoal

Dicas importantes

Renato Agnelo da Silva é pesquisador na área de cebolas, no Cerrado Mineiro. Ele diz que, para o sucesso do plantio de cebola nesta região, o primeiro ponto é fazer a análise de solo, que dará os teores de nutrientes. “Em seguida, é preciso aplicar doses corretas de nitrogênio, porque não deve haver exagero nem falta do nutriente. Nada em excesso, porque aumenta as doenças. A análise deve acontecer pelo menos três meses antes do plantio, mas o ideal mesmo é que se faça com seis meses de antecedência“, recomenda.

A frequência da adubação da cebola também depende da recomendação e do que o solo está oferecendo. “O produtor do cerrado costuma plantar cenoura ou batata, e nesse caso a cebola pode ter disponível no solo o residual da cultura anterior“, esclarece o pesquisador.

Ainda segundo ele, os maiores desafios da cebola no Cerrado Mineiro são míldio, podridão branca, alternária, botrites e estenfílio, além das doenças de solo, como raiz rosada, mal que pode ser controlado com material resistente, e as bacterioses, como principais problemas da cultura.

“O manejo contra esses males basicamente é o uso de fungicidas. No caso da raiz rosada, apenas material resistente pode resolver o problema. Já a alternária, estenfílio, míldio e botrites requerem uso de fungicidas, enquanto bacterioses e esclerotínia requerem manejo alternado de controle biológico com bactericida.Resumindo, é preciso integrar produtos biológicos com fungicidas, variedades e até mesmo o equilíbrio nutricional, que influenciará na resistência da cultura“, ensina o especialista, indicando que as aplicações preventivas aconteçam a cada sete ou dez dias.

Além disso, em tempo de chuva o produtor tem que estar atento, porque a umidade é favorável às doenças. Nesse caso, as aplicações preventivas devem acontecer entre quatro e sete dias.

Experiência também conta

Mateus Vedovato produz cebola no município de São José do Rio Pardo (SP) há 15 anos, no Sítio Nossa Senhora das Graças. A produção é comercializada para terceiros.

Há dois anos ele iniciou o plantio da cebola Rio Grande, da Hazera, sendo o primeiro ano uma forma de experimentar o material. “O resultado me agradou por ser uma cebola tolerante, com boa uniformidade, boa casca e resistente às doenças da região. A área do primeiro ano foi restrita (um hectare), por ser experimento, mas no segundo ano já triplicamos a área. No próximo plantio já vamos passar para cinco hectares da Rio Grande, do total de 20 hectares que plantamos com cebola“, conta o produtor.

O problema que ele enfrenta na região é adoença de solo chamada raiz rosada, à qual a Rio Grande se apresentou bastante tolerante, mostrando-se uma solução eficiente. Além disso, a parte aérea desta cebola também é tolerante às doenças incidentes na região, como botrites e míldio.

A produtividade média obtida com a Rio Grande foi de 60 toneladas por hectare, enquanto as demais ficaram entre 45 e 60. Segundo Mateus, a Rio Grande possui ciclo mais precoce, sendo uma cebola mais rápida de produzir, o que é bom porque reduz riscos e custos de produção. “Em termos de preço de venda, a Rio Grande não conseguiu se destacar ainda por ser um material novo. Mas, como seu custo de produção é um pouco menor (R$ 35 mil), porque o material é mais resistente e fica menos tempo no campo, então consigo uma margem melhor de lucro“, pontua.

Essa matéria completa você encontra na edição de abril 2017  da revista Campo & Negócios Hortifrúti. Adquira já a sua para leitura integral.

 

 

ARTIGOS RELACIONADOS

Silício – Ferramenta de manejo de nematoides no cafeeiro

Os nematoides parasitas de plantas são organismos microscópicos e incolores que vivem misturados no solo. Estes apresentam grande potencial de causar prejuízos às culturas agronômicas. Apesar de causarem problemas em todo território nacional, regiões de solos arenosos e com temperatura elevada, entre 25 a 30ºC, são mais favoráveis à infecção pelos nematoides, principalmente em condições de cultivo irrigado.

Aminoácidos proporcionam mais qualidade para o repolho

Autores Stefani Silva Bustamonte stefanibustamonte@gmail.com Thalita Helena Magalhães thalitahmagalhaes@gmail.com Alan Bordim de Oliveira bordimalan@gmail.com Graduandos em Engenharia Agronômica, UNESP/ FCAT Pâmela Gomes Nakada...

Trabalho da Emater-MG melhora produção de mandioca no Alto Paranaíba

Parceria com a Embrapa irá beneficiar a atividade em sete municípios da região Uma parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do...

Deficiência de cálcio causa queda de flores e frutos no pimentão

Devido a ser um elemento estrutural na planta, o cálcio é um elemento pouco móvel, e os sintomas de sua deficiência podem ser observados em partes novas das plantas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!