Uma antiga técnica de manejo contra as plantas daninhas vem se mostrando cada vez mais importante para o atual momento da agricultura mundial, que sofre com o aumento de resistência destas plantas daninhas a herbicidas amplamente usados. A aplicação de herbicidas na pré-semeadura de culturas como a soja, por exemplo, tem se mostrado tão eficaz que órgãos de pesquisa, como a Embrapa, estão reforçando a necessidade de sua adoção, juntamente a outras atitudes que englobam o Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD).
Um dos principais eventos sobre o tema, o XXXII Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas, que acontece em Rio Verde (GO) entre os dias 25 e 28 de julho, também tratará sobre a importância de diferentes métodos de manejo das plantas daninhas, visando evitar a resistência aos ingredientes ativos de controle.
Segundo o pesquisador e especialista Pedro J. Christoffoleti, ex-docente da ESALQ/USP, e atual diretor da PJC Consultoria Agronômica Ltda., antes da chegada das biotecnologias, que aconteceu na década de 2000, o uso de herbicidas em pré-emergência da soja era fundamental, pois os produtos pós-plantio da época causavam sérios danos de seletividade à cultura — além disso, o plantio direto ainda não era difundido de forma tão ampla como hoje.
“Após o surgimento da soja RR (Roundup Ready), tolerante ao glifosato, os produtos pós-plantio para soja se tornaram a principal ferramenta de controle das plantas daninhas, com um custo baixo e um bom controle, fazendo com que os herbicidas usados na pré-emergência caíssem em desuso”, afirma.
Entretanto, nos últimos anos, várias medidas passaram a compor o MIPD, como o uso de novos ingredientes ativos, algo muito importante para manter as biotecnologias atuais funcionando de forma eficiente. “E é aí que os herbicidas usados na pré-semeadura da soja voltam a ter um papel importante, pois ajudam a lavoura a ficar limpa antes da semeadura”, explica Christoffoleti.
“Costumo usar o exemplo de uma disputa de corrida contra o Usain Bolt. Se em uma corrida contra ele largarmos com uma vantagem de 90 metros, há até chance de vencê-lo em uma disputa de 100 metros rasos. Então, se a soja sair antes da planta daninha, ela terá vantagem nessa competição. A importância de um bom herbicida pré-emergente é garantir o controle das plantas daninhas de maneira eficaz, evitando assim a matocompetição, garantindo a semeadura no limpo”, comenta.
Xtendicam no Brasil
A Bayer lançou no mercado brasileiro para a safra 2021/2022 a plataforma INTACTA2 XTEND®, terceira geração de biotecnologia de soja no Brasil. Entre os produtos integrantes da plataforma, o Xtendicam traz em sua bula as recomendações de aplicação de forma detalhada. As orientações auxiliam no uso eficaz e seguro do herbicida, tanto agronomicamente quanto para o meio ambiente, e que o usuário deve seguir de forma criteriosa.
Durante o Congresso Brasileiro da Ciência das Plantas Daninhas, o líder de Manejo de Resistência de Plantas Daninhas da Bayer, Ramiro Ovejero, falará sobre essa nova ferramenta, indicada para uso antes do plantio da soja e que pode ser aplicada junto com o glifosato no controle de diversas espécies de plantas daninhas. Além desse efeito nas plantas emergidas, o Xtendicam possui um efeito de solo que pode diminuir a emergência de algumas espécies de invasoras em até 14 dias após a aplicação.
“Uma das principais vantagens do Xtendicam é que não há relatos de plantas daninhas resistentes a essa molécula atualmente. As recomendações indicadas pela Bayer para a aplicação do dicamba nas lavouras de soja seguem as boas práticas de aplicação já conhecidas pelo produtor rural, uma vez que são compatíveis com o uso de outros herbicidas amplamente utilizados”, diz Ovejero.
A Bayer consolidou as recomendações para o uso do produto no Brasil após diversos estudos agronômicos, ambientais e toxicológicos. Acadêmicos das principais instituições do país adequaram e validaram cientificamente os resultados levando em conta as particularidades da agricultura brasileira. A implementação do manejo correto com o uso do herbicida prevê os passos abaixo:
- Treinamento de operadores;
- Tamanho da planta daninha;
- Escolha adequada de formulações e pontas de pulverização;
- Volume de calda;
- Velocidade de aplicação e altura da barra;
- Condições meteorológicas;
- Distanciamento mínimo de culturas sensíveis;
- Limpeza de pulverizador.
Nas áreas teste de INTACTA2 XTEND®, os estudos mostraram ainda que o uso do Xtendicam no pré-plantio ou até no dia do plantio oferece controle efetivo das principais espécies de folhas largas. O plantio em áreas livres de plantas daninhas reduz a matocompetição e protege a produtividade. Assim, a Bayer não recomenda o uso do produto na pós-emergência da soja.
“O conhecimento construído com consultores e produtores vem sendo compartilhado em treinamentos presenciais e em plataformas online, e disponibilizado para todos que tiverem interesse em se capacitar sobre essas boas práticas. Um bom exemplo são as parcerias com o Senar, por meio do Programa “I2X Acerte – Boas Práticas de Aplicação”, que leva cursos de atualização aos profissionais do setor por meio de instrutores nos treinamentos ofertados pela entidade. A Bayer entende que, quando seguidas todas as recomendações, o agricultor poderá extrair o máximo potencial da utilização do herbicida”, afirma Matheus Palhano, gerente técnico de Soja da Bayer.
A Plataforma INTACTA2 XTEND® é a mais avançada biotecnologia disponível no mercado brasileiro que poderá ajudar o sojicultor a alcançar um novo patamar de produtividade. Nos últimos três anos, sojicultores de todo o Brasil tiveram a chance de experimentar a tecnologia em sua propriedade por meio do programa Eleitos i2x – contando com o atendimento exclusivo de representantes da Bayer. Estes mesmos representantes acompanharam a jornada de agricultores em sua experiência com toda a Plataforma nesta primeira safra comercial com a nova biotecnologia.
Sobre a Bayer
A Bayer é uma empresa global com competências essenciais nas ciências da vida nos setores de agronegócios e saúde. Seus produtos e serviços são projetados para ajudar as pessoas e o planeta a prosperar, apoiando os esforços para superar os principais desafios apresentados por uma população global em crescimento e envelhecimento. A Bayer está comprometida em impulsionar o desenvolvimento sustentável e gerar um impacto positivo em seus negócios. Ao mesmo tempo, o Grupo pretende aumentar o seu poder de ganho e criar valor através da inovação e do crescimento. A marca Bayer representa confiança, confiabilidade e qualidade. O Brasil é a terceira maior operação da companhia no mundo.