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Informação e comunicação são fundamentais para manter a competitividade da pecuária brasileira

Pecuária – Crédito: Internet

A preocupação crescente de investidores e consumidores a respeito dos impactos socioambientais da atividade agropecuária tem trazido transformações no setor. Com isso, a cadeia da carne tem buscado soluções para uma produção com qualidade e produtividade, aliada à proteção ambiental e às comunidades locais. Mas, além de agir, é preciso informar e comunicar o mercado sobre todo o progresso realizado. Isso porque a irregularidade de poucos tem prejudicado a pecuária brasileira no mundo.

Francisco Beduschi Neto – Engenheiro agrônomo especialista em agricultura sustentável da NWF-National Wildlife Federation – Crédito foto: Divulgação

Quando se trata especificamente de fornecedores indiretos, por exemplo, apenas de 3% a 4% apresentam irregulares. “Esse número é muito pequeno, mas ele fere a imagem de toda a cadeia”, afirmou o engenheiro agrônomo Francisco Beduschi Neto, executivo da National Wildlife Federation (NWF) no Brasil, durante evento online. “Assim, precisamos nivelar as informações. O comprador não exige perfeição do produtor brasileiro, mas ele quer ver progresso, comunicação e processos transparentes. Isso significa mostrar o que o país já faz de bom e também aquilo que está buscando melhorar”.

A NWF desenvolveu um trabalho, em parceria com diversos atores do mercado, da academia, grupos multissetoriais e outras ONGs, a fim de ser um elo de ligação entre o mercado (investidores, países e compradores) e os atores da cadeia produtivo (varejo, frigoríficos, pecuaristas, fornecedores diretos e indiretos). Atualmente, sua atuação permeia toda a área da Amazônia Legal, em especial nos estados do Mato Grosso e do Pará, devido a representatividade dos rebanhos.

Beduschi contou que ao iniciar o trabalho com os frigoríficos, foram feitas reuniões com os fornecedores, com o intuito de explicar a necessidade de olhar para toda cadeia de fornecimento, porque mesmo com a excelente qualidade fornecida pela fazenda, questões socioambientais impactam a exportação. Esse processo ajudou os produtores em suas dúvidas e para superar eventuais obstáculos, contribuindo para se adequarem nesse novo cenário do mercado. “Estamos construindo uma nova realidade, por meio da disseminação de informação assertiva e qualificada, que está resultando em entendimento, transparência e progresso”, complementou.

Um dos pontos centrais do trabalho da NWF são os fornecedores indiretos. Neste sentido, junto com a ONG brasileira “Amigos da Terra – Amazônia Brasileira”, ajudou a organizar um fórum para os atores da cadeia interessados em discutir possíveis soluções para o tema, o Grupo de Trabalho dos Fornecedores Indiretos – GTFI. “Ao trazer esses atores para junto do debate sobre as conformidades socioambientais é possível conhecer os obstáculos que precisam ser superados”, afirmou Beduschi. Como resultado, segundo Beduschi, há o atendimento das demandas de consumidores e investidores, o cumprimento da legislação vigente e, ao mesmo tempo, o aprimoramento de toda a cadeia da carne.

Além disso, uma das principais contribuições da organização é o desenvolvimento de uma ferramenta, o Visipec, para analisar a conformidade das propriedades e mostrar o progresso e resultado de forma a conseguir manter o fluxo da cadeia. Por ser uma novidade, algo inédito no mercado, ainda estão sendo feitos análises e calibragem da ferramenta.

Ao final de sua participação na live, Beduschi voltou a reforçar sobre a importância de melhorar a comunicação para poder contar a história verdadeira do produtor rural brasileiro. “Também precisamos aprimorar nossa informação, para que tenhamos dados em nível de propriedade para comunicar melhor nossas conquistas e progresso”, finalizou.

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