

Crédito Edison Gaion Rojais

Crédito Elaine Piffer
Erivaldo José Scaloppi Junior
Doutor em Produção Vegetal e pesquisador científico – Instituto Agronômico (IAC), Centro de Seringueira e Sistemas Agroflorestais
erivaldo.junior@sp.gov.br
São Paulo tem os seringais mais produtivos do mundo graças ao protagonismo do Instituto Agronômico (IAC), que desde meados do século XX endossou a seringueira como potencial para cultivo em “áreas de escape” e introduziu clones superiores, o que permitiu a liderança da produção paulista e a posterior expansão da cultura para o Brasil (Figura 1).
A base da heveicultura
Aumento de produtividade e qualidade são determinantes para a sustentabilidade das culturas. Nesse sentido, o melhoramento genético, por meio da obtenção de novas variedades, é a linha de pesquisa prioritária para almejar o sucesso.
Figura 1. Cronologia da seringueira no Instituto Agronômico (IAC)
Com o avanço do Programa de Melhoramento, o IAC tem desenvolvido vários clones com alto potencial produtivo, vigor e resistência às moléstias.
A experimentação em melhoramento de seringueira no IAC é desenvolvida no Centro de Seringueira e Sistemas Agroflorestais (CSSAF) em Votuporanga (SP).
Inovações
Dentre os mais recentes produtos tecnológicos em seringueira estão os clones da Série IAC 500. O potencial produtivo desses materiais pode ser visualizado na Figura 2. O clone IAC 502 (Figura 3) produziu 74% a mais do que o clone tradicional RRIM 600 na média de 11 anos de produção.
Além de mais produtivos, os clones de seringueira da Série IAC 500 são vigorosos e permitem a entrada em produção aos cinco anos, sendo que, na média, os seringais começam a produzir somente aos sete anos de idade (Figuras 4 e 5).
Assim, esses materiais permitem o retorno do investimento mais rápido aos heveicultores.
Figura 2. Potencial produtivo de borracha seca de clones de seringueira da Série IAC 500 em relação ao tradicional clone RRIM 600 no IAC CSSAF em Votuporanga (SP)
Figura 3. Seringueira clone IAC 502 no IAC CSSAF em Votuporanga (SP)
Figura 4. Case de sucesso. Clone de seringueira IAC 502 apto para a sangria com pouco mais de quatro anos de plantio em Cardoso (SP). Proprietário: Sr. Januário Gorga Filho.
Figura 5. Case de sucesso. Clone de seringueira IAC 502 já em sangria aos cinco anos de plantio em Cardoso (SP). Proprietário: Sr. Januário Gorga Filho.
Alta performance
Outros clones que vêm apresentando excelente performance é a Série IAC 400 (Figura 6). Entre os clones elites com grande destaque tem-se o IAC 418 (Figura 7), com potencial produtivo superior a 70%, na média de seis safras, em relação aos clones tradicionais.
Figura 6. Potencial produtivo de borracha seca de clones de seringueira da Série IAC 400 em relação ao tradicional clone RRIM 600 no IAC CSSAF em Votuporanga (SP)
Figura 7. Seringueira clone IAC 418 no IAC CSSAF em Votuporanga (SP)
Tecnologias
O IAC é o atual mantenedor de 37 clones de seringueira junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), no Registro Nacional de Cultivares (RNC).
A difusão de tecnologia é realizada pela ativa transferência de clones elite na forma de material propagativo (borbulhas), certificado de plantas matrizes junto aos produtores de mudas credenciados (Figura 8).
Figura 8. Processo de Transferência de Tecnologia em clones elites de Seringueira no Instituto Agronômico (IAC)
A ativa transferência de tecnologia institucional tem permitido o acesso aos produtos tecnológicos IAC pelo setor heveícola (Figura 9), que experimenta, na atualidade, mudança de paradigma em produtividade e qualidade.
A estimativa atual é que 80% dos novos plantios de seringueira são constituídos por clones IAC, especialmente com os clones IAC 502 e IAC 418.
Figura 9. Case de sucesso. Adoção de Tecnologia IAC em clones de seringueira. Viveiro de mudas Geromel em Valentim Gentil (SP). Jardim clonal de seringueira clone IAC 418
O futuro logo ali
Clones elite e material propagativo IAC certificado são determinantes para o sucesso do negócio. Neste cenário próspero, a perenização da pesquisa e difusão de tecnologia no IAC permitirá a constante evolução em produtos e processos, que contribuirá para a sustentabilidade da heveicultura paulista e nacional.
Novos experimentos vêm sendo conduzidos e novos clones IAC têm apresentado grande potencial produtivo para inserção futura no sistema de produção paulista e brasileiro, através do IAC CSSAF na gestão de material propagativo.
É o Instituto Agronômico – IAC trabalhando em prol da heveicultura!
Conheça o portfólio de tecnologias IAC:
Plataforma IAC Bluein: https://bluein.iac.sp.gov.br/portfolio-iac/