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Máquina de plantar florestas: Esperança ante dados sobre desmatamento

Crédito Shutterstock

O desmatamento anual na Amazônia, medido entre 1º de agosto de 2018 e 31 de julho de 2019, foi de 9.762 km², considerado o maior para o período em um intervalo de dez anos, e 29,5% acima do registrado no mesmo período anterior, de 7.536 km². Os dados são do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e foram apresentados no dia 18 de novembro, na presença dos ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Marcos Pontes (Ciência) e do diretor interino no instituto, Darcton Damião.

Com o objetivo de acelerar o reflorestamento nessas áreas devastadas, a empresa brasileira Mahogany Roraima, quarta maior produtora de mogno africano do mundo, criou uma máquina 100% automática, com capacidade para plantar mudas de espécies diversas numa velocidade de 13 km/h – ou 20 hectares a cada 3,5 horas.

E essa velocidade ainda pode melhorar. “Estamos trabalhando para melhorar a sua performance”, informa Marcello Guimarães, presidente do Conselho Administrativo da empresa.

Detalhes

Segundo ele, graças à máquina, a Mahogany tem condições de plantar 16 mil árvores em apenas 3,5 horas, com apenas três operadores. “Com 10 máquinas poderíamos plantar 200 hectares de floresta a cada 3,5 horas. Em um ciclo de 24 horas, poderíamos plantar 1.200 hectares por dia ou 438.000 hectares por ano usando apenas 10 máquinas”, calcula Guimarães.

Com 100 máquinas, então, em apenas 14 anos seria possível plantar 1 trilhão de árvores, que, segundo cientistas, seriam suficientes para conter o problema de emissão de gases que causam o efeito estufa no planeta. “Atualmente, as maiores plantações de floresta do mundo somam uma média de plantio de 42 milhões de árvores por ano. Neste ritmo, demorariam 23 mil anos para atingir o número de plantios necessários”, exemplifica o empresário.

De acordo com ele, a única dificuldade de um plantio em massa – a produção de mudas em larga escala – poderia ser solucionada com a instalação de viveiros em diversos estados ao mesmo tempo, mesclando a produção em 50% de espécies nativas e 50% de exóticas. “Ajudaria a resolver o problema de corte de árvores nativas no futuro, porque estaríamos plantando espécies que podem ser cortadas também. As nativas permaneceriam no local formando as novas florestas, e as exóticas, anos após o plantio, poderiam ser cortadas para a indústria madeireira. Resolveríamos, assim, dois problemas: o ambiental, que requer urgência em plantar florestas, e o de extração ilegal de madeira”, avalia.

Parcerias

A Mahogany já tem capacidade para oferecer parcerias para reflorestamento em larga escala a proprietários de áreas devastadas que precisam regularizar seu passivo ambiental. Neste modelo, a empresa compromete-se a reflorestar a área do parceiro em troca de, no futuro, dividir com ele a exploração de parte da madeira (o percentual permitido por lei).

Uma vez identificadas as áreas devastadas, através do CAR (Cadastro Ambiental Rural), a empresa poderá entrar com pedido de financiamento dos projetos de reflorestamento no Fundo Amazônia, que arrecada, junto a países desenvolvidos, recursos financeiros para preservar a maior floresta tropical do mundo e, assim, ajudar no combate às mudanças climáticas.

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